Por estes dias, próximo das eleições, muito se tem falado sobre a Segurança Social. Todavia, na minha óptica, muito pouco se tem falado sobre o que realmente vai acontecer na Segurança Social, especialmente na vertente das pensões. Há boas razões para isso, e eu somaria mais uma que não tem sido divulgada nos Media: os reformados serão bem mais de 40% dos potenciais eleitores!
A nossa função aqui não é todavia política. Vamos apenas neste artigo apontar para documentos e dados (supostamente) independentes, e que poderão servir para conhecermos melhor este domínio da Segurança Social, e das pensões de reforma em particular.
Para começar, vamos recordar um artigo que aqui elaboramos sobre o Orçamento de Estado de 2013. Aí podemos ver que as despesas com prestações sociais são quase metade das despesas do Orçamento do Estado. E olhando para o arranjo gráfico que fizemos na altura, a maior parte dessa grande fatia é de pensões de reforma:
Outro documento obrigatório é o da Avaliação Actuarial do Sistema Previdencial da Segurança Social. Também tem imensa informação, sendo que um dos gráficos mais interessantes é o do Perfil Salarial por Idade, Género e Grupo de Contribuintes:
Há mais estatísticas muito interessantes no site da Segurança Social. Nas suas publicações podem-se também descobrir documentos muito interessantes, como este, do qual extraí o gráfico abaixo, e que nos mostra a origem das receitas e transferências da Segurança Social em 2013:
Em termos de comparação e benchmarking fora das nossas fronteiras, especialmente na Europa, a referência é o “The 2015 Ageing Report“, que referenciamos neste artigo. O documento é mesmo muito interessante, compara em detalhe os sistemas de pensões dos vários países, e tem gráficos absolutamente horríveis para nós Portugueses! Podia pôr aqui vários, mas o relacionado com a fertilidade parece-me adequado, até porque serão os nossos filhos a sustentar as nossas reformas, e porque é outro tema que tem estado arredado da discussão política:
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