O efeito da música em nós, é algo que já abordamos aqui, relativamente ao impacto na condução. Hoje iremos abordar o impacto que a música tem quando vamos às compras. Provavelmente já terão reparado na música que passa nos centros comerciais, e mesmo nos hipermercados, ou talvez não…
Smith e Curnow, em 1966, elaboraram um estudo onde concluíram que em mercados com música alta, as pessoas passavam lá menos tempo, quando compararado com mercados com música mais suave. Todavia, em termos de vendas e de satisfação de cliente, não notaram diferenças…
Um artigo de Milliman, de 1982, notou que a manipulação do tempo da música ambiente alterava significativamente o ritmo do fluxo dos clientes e também o volume de vendas. Um tempo mais lento (menos de 73 batidas por minuto) reduzia o ritmo do fluxo, mas aumentava o volume de vendas, quando comparado com música com mais de 93 batidas por minuto, que tinha um efeito contrário…
Há muitas mais experiências documentadas em literatura especializada (eg. http://www.evolvedsound.com.au/The_Power_of_Music_in_Retail.pdf). Há até um album de Jean-Michel Jarre, apropriadamente chamado “Musique pour Supermarché”, um álbum único (literalmente!), e cuja capa ilustra este artigo.
Por isso, quando vamos às compras, podem ter a certeza que o “DJ” que passa a música tem um objectivo. Esses objectivos são diferentes de manhã, quando a loja está cheia, ou quando faltam 10 minutos para fechar. Para combater este controlo remoto, não sugiro que levem fones nos ouvidos, mas que levem uma lista de compras, e que a sigam a preceito…
Olá!
Por acaso já tinha lido umas coisas sobre este tema e há um local, pelo menos os que frequentei, onde se nota perfeitamente isto.
Deixo a experiência:
Vão a um restaurante MacDonalds;
Se estiver cheio e com muita gente para ser atendida, a música tem muito mais “batida” ahahah
Olhem para quem estiver ao lado e sincronizem a mordidela no hambúrguer com a batida da música :D.
Nota-se mais em pessoas que estejam sozinhas…
Cumps e boas experiências ;)
David,
Boa observação. Quase todos nós não nos damos conta como somos controlados em muitos aspectos. Um dos meus preferidos nisto da música é o de uma experiência envolvendo música francesa e alemã, numa loja de vinhos franceses e alemães. Os resultados são surpreendentes:
http://psycnet.apa.org/index.cfm?fa=main.doiLanding&uid=1999-13895-010