Na sequência de um comentário de um nosso leitor, elaboramos um artigo sobre o plástico-bolha. Entretanto, como até descobri algum, acabei por fazer umas experiências simples.
Numa das janelas do sótão, coloquei plástico bolha. Nunca tinha experimentado, e a solução não é muito atractiva. Valha-nos que ninguém olha e/ou utiliza a janela. Na outra janela idêntica do sótão, não coloquei nada. Um dos termómetros que detenho, nos gráficos abaixo a vermelho, foi colocado junto da janela onde seria colocado o plástico bolha, enquanto o termómetro a azul foi colocado na janela sem plástico bolha.
Para começar a experiência, comecei por monitorizar a temperatura sem o plástico bolha. Note-se a diferença de temperaturas, que está associada a um dos termómetros, e que me tem impedido de os utilizar de forma comparativa em termos recentes (para todos os efeitos, o termómetro azul representa sempre valores inferiores ao vermelho, mesmo quando colocados lado a lado).
Depois de colocado o plástico bolha, voltei a fazer medições durante vários dias. No gráfico abaixo, que tem uma mesma escala vertical, embora com valores de temperatura inferiores, verifica-se que a distância entre os dois termómetros baixou em termos dos valores mínimos, sendo que o termómetro a azul (o que não tem plástico bolha) chegou mesmo a registar temperaturas mais elevadas durante o dia!
Para forçar o resultado, que parece até contrariar a hipótese inicial, coloquei um isolamento com cartão adicional na janela do plástico bolha. O resultado foi o gráfico baixo, que confirma que a janela sem o plástico bolha registou as temperaturas mais elevadas durante o dia, mas as mais baixas durante a noite:
O que ocorre efectivamente é que a janela com o plástico bolha (mais o cartão) tem efectivamente um maior isolamento, sendo que isola do frio mas também das temperaturas mais amenas. Também por isso, não fiquei propriamente impressionado com o isolamento do plástico bolha…
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