Se não sabem o que é o C3Priv, eu explico. A “Pen C3Priv” pretendia ser:
Deixem-me recordar-vos da pompa e circunstância com que em 2014 se apresentou a iniciativa conjunta da Comissão Nacional de Proteção de dados (CNPD) com a Universidade do Porto que pretendia “devolver a privacidade ao cidadão“:
- Como usar o Kit português anti-espionagem da CNPD?
- Devolver ao utilizador o controlo da privacidade
- Kit português de aplicações contra espionagem disponível a partir de hoje
- Ferramentas para navegar na Internet de forma mais segura disponíveis para download
- Comissão de Protecção de Dados disponibiliza aplicação para proteger computadores
- CNPD oferece ferramentas de controlo de privacidade
- …
Acontece é que o software para a Pen C3Priv, depois da fanfarra e fotos de inauguração, foi deixada ao abandono. Como todo o software que não é mantido, o ideal é não o usarmos. Por não ser mantido, o que acontece é que defeitos detetados podem ser usados para atacar os computadores de quem os utiliza.
Era mais uma iniciativa cheia de boas intenções. Já sabemos que, como nos ditados populares, de boas intenções estamos todos cheios. De coisas que se sustentem é que é já é diferente. A coisa foi anunciada em fevereiro de 2014 para chamar a atenção sobre a mudança positiva de liderança na CNPD, mas sustentar a sério que é bom, tá quieto. De março de 2014 até hoje o pacote oferecido pela CNPD não sofreu quaisquer alterações, deixando assim os utilizadores que escolherem usar mais vulneráveis.
Infelizmente são as instituições que temos. Alguns sabem cada vez menos sobre os meios em que operam e, em lugar de ajudar, ainda nos expõem.
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