“Ah e tal, para pintar um capacete é fácil. É só lixar aqui e pintar ali…” Pois… é tudo facilidades. Mas a realidade é bastante diferente. Se alguém vos vier contar o conto com um final feliz, desconfiem.
Quando me propus pintar um capacete modular que tinha aqui em casa já sabia que me estava a meter em trabalhos. Tirar a tinta de borracha foi metade do trabalho.
Primeiro há que desmontar o capacete. Lembrem-se de onde tiraram as peças. Não façam como eu… Atirei tudo para uma caixa e depois foi como fazer um puzzle, mas na versão irritante.
O capacete para além de antigo, estava coberto de uma tinta borrachosa. Foram horas a esfregar para remover a cobertura.
Depois deste trabalho todo, há que pintar.
Para pintar, a solução foi criar uma espécie de estúdio de pintura móvel. Nas grandes superfícies de bricolage é possível comprar caixotes de cartão de tamanhos avantajados. Comprei o tamanho maior que tinham disponível e levei-o para a varanda de casa.
Não é propriamente um ambiente livre de poeiras, mas serviu para a experiência.
No caixote coloquei, através do cartão, um gancho improvisado com o arame que recuperei aqui em tempos. Este gancho serviu para ir pendurando as peças, com a capacidade de as rodar pelo lado de fora da caixa sem lhes tocar.
Depois de pintar várias camadas de tinta base, havia que colocar os autocolantes. Tenho uma Honda, por isso, fui até uma loja de equipamentos para motas e comprei uma folha de autocolantes da marca.
Depois de colocados os autocolantes, são aplicadas várias camadas de verniz.
Supostamente, no final, teria um capacete como novo.
A minha fraca memória é que me fez esquecer da barulheira que este capacete fazia quando andava com ele. A quantidade de molas e peças móveis aumenta a dificuldade em insonorizá-lo e por isso, sim, tenho um capacete com uma pintura personalizada, mas garanto-vos que não vou passear com ele a mais de 50 Km/hora.
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