Os balcões virtuais, sites, atendimentos eletrónicos e outras modernices tecnológicas trouxeram-nos todo um novo modo de relacionamento com quem temos contratos ou pretendemos adquirir produtos ou serviços.
A partir do momento em que nos relacionamos pelos meios eletrónicos, damos às empresas todo um novo manancial de ferramentas para nos facilitarem as interações, mas, infelizmente, também para nos destratarem.
Há todo um mundo novo do desequilíbrio entre o cidadão individual e as pessoas coletivas.
Acredito que o respeito deve ser baseado na reciprocidade. Se alguém não nos respeita, trata-nos de maneira distinta da que espera ser tratado. Isto desequilibra substancialmente as relações quando, para além do trato social, são também dados direitos sem que tal se justifique. Mas isto é conversa para aquele outro blog.
Decidi por isso fazer uma pequena lista destas formas de tratamento que as empresas passaram a deitar mão, mas que não estão facilmente acessíveis aos cidadãos individualmente:
- Enviar SMS ao qual não é possível responder de volta.
- Gravar as interações com os clientes e recusar serviço se não o autorizarmos, enviando-nos para “as vias alternativas”.
- Apenas aceitar resposta por carta, mesmo quando todos os contactos iniciados pela empresa nos chegam por todos os outros meios.
- Por um robô a atender-nos.
- Entrar na nossa rede doméstica através do router que lhes alugámos, alterar configuração e não deixar qualquer registo consultável desse acesso no equipamento ou noutro lado qualquer.
- Solicitar o nosso número de contribuinte ou outro tipo de identificação para iniciar um contacto telefónico.
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