A cogeração era para mim um termo desconhecido, até ter começado a investigar um pouco mais sobre a composição dos preços da electricidade no nosso País.
A cogeração, à partida, é uma coisa boa. Para além do calor que é necessário produzir para determinadas actividades, produz-se igualmente electricidade. Ou seja, o dois em um.
Nalguns casos, parece que é mesmo possível o três em um. Como neste caso, em que para além do aproveitamento da electricidade e do calor, se aproveita também o dióxido de carbono para acelerar a fotossíntese!
Todavia, como a cogeração é um dos argumentos da ERSE para a subida dos preços da electricidade, resolvi investigar mais um pouco para saber porque é que uma coisa boa se torna numa coisa má?
Foi preciso ler muita documentação para levantar um véu do problema. E o documento mais interessante que encontrei é este da ERSE, em que se analisam os factores que contribuem para a variação do preço da electricidade. O documento é extremamente extenso, mas na página 33 diz-nos que o sobrecusto de produção de electricidade através da cogeração variou entre 51.14€/MWh e 70.88€/MWh. No total, a renda anual a pagar, a mais, por este tipo de energia foi de 434 milhões de euros!
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