Flower Power uns meses depois

Há cerca de três meses ofereceram-me um Parrot Flower Power. Como referi no artigo da Internet das Flores, é um aparelho interessante, e permite-me acompanhar o crescimento da minha roseira…

Passados estes três meses, tenho gráficos mais completos, como se pode ver abaixo. No primeiro, relativo à temperatura, podemos observar uma subida sistemática das temperaturas. Note-se que os valores muito elevados resultam da exposição do sensor directamente à luz solar. Note-se igualmente a subida das temperaturas mínimas, por duas ocasiões, nas últimas semanas:

Temperatura nos últimos três meses

Temperatura nos últimos três meses na minha roseira

Em termos de humidade, a mesma tem-se mantido estável. À custa de uma rega praticamente diária. Naqueles dias em que me esqueço, os valores descem rapidamente… Ainda assim, tenho conseguido manter níveis de humidade particularmente estáveis ao longo das últimas semanas:

Humidade no solo da minha roseira

Humidade no solo da minha roseira

Ar Condicionado a diferentes temperaturas

Já todos ouvimos referências às diferenças de consumos quando programamos um ar condicionado a diferentes temperaturas. Tive oportunidade de constatar isso com bastante clareza este fim de semana.

Para que a comparação seja justa, é preciso dizer que quer no Sábado, quer no Domingo, a temperatura máxima foi de 35ºC. No Sábado a mínima foi de 19ºC, enquanto no Domingo a mínima foi de uns estonteantes 25ºC.

No Sábado, a temperatura do espaço a condicionar foi de 24ºC. O gráfico de consumo de electricidade no Sábado é o visível abaixo, e como se pode constatar, o ar condicionado esteve a consumir electricidade durante praticamente todo o período em que esteve activo, consumindo sistematicamente mais de 1 kWh:

Electr

Electricidade consumida para arrefecer espaço a 24ºC

No Domingo, a temperatura do espaço foi programada para 26ºC, e como se pode ver pelo gráfico abaixo, o ar condicionado teve muitos períodos em que o seu consumo de electricidade foi nulo. Os valores de pico foram bastante semelhantes, ou até marginalmente mais elevados. A diferença de consumo entre os dois dias foi de cerca de 6 kWh, mas como no Domingo arrefeceu cerca de uma hora menos, então a diferença de consumo terá sido de cerca de 5 kWh, um custo adicional de cerca de um euro, no Sábado, para arrefecer mais 2ºC…

Diferença que fazem 2ºC

Diferença que fazem 2ºC…

Mapa de Radares de Portugal

Há uns dias, referimos aqui o aparecimento dos novos radares. Nele referenciamos um mapa com a localização desses radares.

Entretanto, descobri um mapa ainda melhor. Tem radares fixos e móveis, bem como os sítios dos pontos negros e os novos radares SINCRO. Está disponível no site Radares de Portugal, site que também tem notícias interessantes relacionados com o tema. Assim, antes de partirem de férias, deêm uma vista de olhos:

Multitasking e esforço cerebral

Já não falava aqui há algum tempo sobre multitasking. Para mim, o segredo é paralelizar diversas tarefas ao longo do tempo, sem cair no perigo da procrastinação.

A leitura de um artigo que associa o multitasking ao cansaço não me surpreendeu. O esforço cerebral aumenta naturalmente com o multitasking, e portanto não nos devemos admirar que isso drene as nossas reservas. O artigo refere quão dependente às vezes estamos da cafeína, e no meu caso tento evitar esse consumo.

O artigo refere como o multitasking consome glucose oxigenada do cérebro, e como isso pode contribuir para um sentimento de exaustão. Tal como muitos processadores, o nosso cérebro não é muito bom a fazer várias coisas ao mesmo tempo, pelo que tem que rapidamente comutar entre as eventuais tarefas a que nos estamos a dedicar…

Os autores chamam a atenção para o efeito cafeína, e como isso não resolve todos os problemas. Pode ser bom para pôr o nosso cérebro em overclock, mas na verdade o que ele precisa de vez em quando é de uma boa pausa! E essa pausa não é sinónimo de vaguear pelo Facebook, pois isso continua a exigir um grande (ou enorme) processamento cerebral.

Os autores não defendem o multitasking. Em vez disso, defendem que devemos dedicar diferentes períodos de tempo para cada uma das actividades separadas. Mas, na prática, os seus conselhos são difíceis de aplicar, sobretudo num contexto profissional, quando defendem por exemplo que só devemos ver o email ao início da manhã, e só depois ao meio-dia…

Consumos de um ar condicionado

Nos últimos dias o calor tem sido substancial. Aproveitei por isso para fazer um gráfico de consumo de um ar condicionado num espaço em que ele teve que se esforçar um pouco. O resultado é a imagem abaixo, que evidencia uma evolução específica de consumo.

Numa primeira fase, pelas 7:30 da manhã, verificou-se o arranque do sistema. Após um pico de consumo de alguns minutos, baixou ligeiramente, seguindo a partir daí uma tendência de aumento de consumo, até pouco depois do meio dia. Durante esse período, a temperatura foi descendo, até se aproximar da temperatura programada no ar condicionado. A partir daí, começaram a ser observados momentos alternados de consumo de energia, com outros de ausência de consumo (apenas o consumo marginal). Esses períodos de ausência de consumo foram-se tornando cada vez mais frequentes, tendo também diminuído os picos ao longo da tarde.

Consumo de um ar condicionado

Consumo de um ar condicionado

Uma análise ao período do início da tarde, em que se iniciaram os períodos de alternância de consumo, evidencia que os períodos de ausência de consumo foram mais ou menos semelhantes, com esses períodos de ausência de consumo a se tornarem mais frequentes à medida que a temperatura estabiliza:

Detalhe do período do meio dia

Detalhe do período do meio dia

Esta evolução é interessante porque alimenta a discussão se se deve manter os equipamentos ligados, mantendo estável a temperatura, ou se porventura se devem desligar sob pena do consumo ser maior quando se liga, conforme a primeira imagem…

Carros e condução autónoma: Tesla e Google

A evolução tecnológica é uma coisa fabulosa. Tem permitido algumas coisas impensáveis nas últimas décadas, mas, mesmo assim, constata-se que para alguns avanços se verificam muitos recuos… Hoje vou falar só um bocadinho sobre os carros que se conduzem autonomamente. É um sonho antigo, mas que tem tido nos últimos tempos dois actores principais. Por um lado, a Google, e por outro lado, a Tesla.

Começando pela Tesla, só me dei conta de que já tinham mecanismos de condução automática, por causa do seu primeiro acidente com um morto, Joshua Brown, e que ocorreu no passado dia 7 de Maio. O relato mais detalhado que encontrei na net foi este. Como o sistema automático está em beta, e como ele parece ser uma versão mais avançada do comum cruise control, a Tesla aparentemente avisa que os condutores devem manter as mãos no volante. Depois deste primeiro acidente, houve pelo menos um segundo e um terceiro, tendo todos alegadamente ocorrido com o modo automático de condução ligado.

A Google, por outro lado, tem investido numa enorme fase de testes do seu carro autónomo. Prefiro esta abordagem, porque esta tecnologia tem que ser provada primeiro, em vez de se ir provando. Todos os meses sai um relatório, e no último podemos observar que os veículos já percorreram autonomamente cerca de 2.7 milhões de quilómetros, tendo sido registados dois acidentes durante o mês de Junho. Muitos vídeos sobre estes automóveis estão disponíveis neste canal Youtube.

Obviamente, há muitas mais vertentes que serão dissecadas à medida que o tempo passa. Algumas já são visíveis na web, equacionando por exemplo se serão boas para o Ambiente. Mas, haverá outras grandes vantagens. Como a do vídeo abaixo, onde um cego, é conduzido pelo Google Chauffeur: