Segurança de Android em 2015

A segurança dos telemóveis Android é um tema que temos abordado várias vezes. Foi também a principal razão que me levou  a escolher o meu novo telemóvel.

A Google disponibilizou esta semana um documento completo sobre a segurança do Android em 2015. A análise do documento revela alguns dados particularmente interessantes, desde já a existência de mais de mil milhões de dispositivos…

A maior ameaça da instalação de aplicações potencialmente perigosas, que danificam o dispositivo e/ou comprometem os dados dos utilizadores. Em média, o Google anuncia que menos de 0.5% dos dispositivos foram afectados por este problema em 2015, mas isso significa que aí uns 5 milhões de dispositivos terão tido um problema desse género… O Google refere o advento de técnicas mais seguras no Android 6, mas neste momento a sua adopção é ainda reduzida. Na verdade, ainda parece ter uma quota inferior a 5%

Como disse, o documento está cheio de dados muito interessantes, embora bastante técnicos. Tem também alguns gráficos muito interessantes, dos quais destacarei um, visível abaixo, e que refere a percentagem de instalação de aplicações potencialmente perigosas, por país. E embora a Google diga que não teve nada a ver com o Stagefright, a verdade é que aconteceu logo depois. A Google refere que esteve relacionado com o Ghost Push, e afectou sobretudo países como a Índia (parece que a legenda do gráfico está mal, retirado do texto do relatório, e daqui) e Indonésia:

Aplicações

Aplicações potencialmente perigosas em Android, por país

Recolha de baterias de portáteis Toshiba

Li uma notícia há dias, sobre a recolha de baterias de portáteis Toshiba, que me deixou simultaneamente preocupado, mas também a querer que essa recolha recaísse sobre o meu equipamento.

Segundo a notícia, há quase 40 modelos afectados, nomeadamente os Portege, Satellite e Tecra. Pelas contas da CSPC (Consumer Product Safety Commission), serão cerca de 100 mil os portáteis afectados nos Estados Unidos e Canadá, não sendo referenciados valores para o resto do Mundo. A CSPC recebeu 4 relatos da ocorrência de sobre-aquecimento e derretimento dessas baterias, mas sem quaisquer ferimentos.

O modelo do meu portátil era um dos referenciados no site da Toshiba dedicado ao tema. mas não está afetado. Por um lado ainda bem, mas como vou ter que substituir a bateria nas próximas semanas, não usufruo da troca grátis…

Ainda assim, se têm um portátil Toshiba dos últimos 6 anos, não deixem de dar uma vista de olhos no site. Podem primeiro procurar por modelo, e se esse estiver na lista, vão ter que dar uma vista de olhos mais de perto à bateria. Porque a segurança é definitivamente muito importante!

Os alertas do tempo

Ainda na sequência do artigo sobre o tempo publicado ante-ontem, não resisto a republicar aqui um artigo que li na semana passada no Correio da Manhã. Descreve perfeitamente o que sinto, especialmente quando alguém fala em possibilidade de mau tempo em Lisboa. Quando chove, é sempre uma pequena amostra do que chove a Norte, mas cá descrevem essas situações quase sempre como o fim do Mundo. E eu farto-me de rir… Enfim, o mensageiro não é dos meus preferidos, mas aqui o que interessa é mesmo a mensagem:

A evolução do Mundo tem trazido de facto muitas novidades. Umas mais fascinantes, outras mais delirantes. Entre ambas, está a evolução na comunicação das previsões meteorológicas. De repente, desde há uns anos, passámos a ter quase todos os dias alertas. Amarelos, laranjas, ou, graças a Deus, mais raramente, encarnados.

Uma primeira nota serve para sublinhar que estamos a falar de temas muito sérios, porque, naturalmente, o clima, a meteorologia, o tempo que faz no dia a dia é essencial para a nossa vida. Ora, como é evidente, as comunicações em torno das realidades muito sérias devem merecer todo o cuidado.

Mas o que se tem constatado nos últimos anos? De vez em quando há alertas que o devem ser porque se justificam. Quando estamos perante condições meteorológicas particularmente adversas, com risco para a integridade física das pessoas, aí justifica-se que se use a palavra alerta.

Agora, quando a realidade meteorológica é algo mais ou menos comum, dentro de um tempo normal de chuva ou frio e até de vento, e é feito um alerta amarelo, sinceramente, penso que se entra muitas vezes no campo do exagero. É que a palavra alerta em si mesma indicia alguma perigosidade e queda de aguaceiros que não sejam fortes ou vento de 30 ou 40 km por hora, não penso que justifiquem qualquer tipo de alerta.

Para além do exagero na utilização da palavra alerta, existe outra questão a que temos assistido nos últimos tempos e que, provavelmente, se prenderá com as alterações climáticas. Ainda nas semanas mais recentes se pôde observar que eram feitas previsões de mau tempo, vento forte, trovada, granizo, mas depois, durante o dia, em várias regiões onde se esperavam essas condições adversas, havia céu azul.

Tenho amigos que vivem do turismo, um deles do turismo equestre, e que ficam destroçados e revoltados com essas previsões, que lhes afastam a clientela e prejudicam o negócio. E, hoje em dia, chegam a publicar fotografias no Facebook com legendas a dizer chuva, vento forte ou trovada e com uma imagem de céu azul e tempo calmo.

É que, para além das questões económicas de quem é prejudicado, há também o sossego na cabeça das pessoas. As pessoas só têm más notícias quando ligam as televisões, depois ouvem as previsões meteorológicas e quase sempre há alertas de cor variável. Se houver razões para alertar para tempo perigoso, sim senhor, isso deve ser feito, mas o que se espera de serviços como estes é que tenham contenção, não queiram estar sempre a falar com o público e que sejam moderados.

Compreendemos que com as alterações climáticas seja mais difícil acertar, mas não de um dia para o outro, ou, às vezes, no próprio dia. Posso estar a ser injusto, mas é isso que eu e muitas pessoas com quem falo sentimos nesta nova realidade dos alertas. Isto hoje em dia é muito sensível falar seja do que for ou fazer seja o que for, mas que diabo, ao fim e ao cabo, vivemos em democracia, temos direito a dizer o que pensamos e sentimos.

Que tempo é este?

O tempo que faz por estas últimas semanas tem deixado muitos Portugueses surpreendidos. Não é normal que a Primavera tenha chegado há quase um mês, e que ainda não tenhamos dado por ela.

Para perceber se isto era efectivamente normal ou não, procurei na Internet algumas respostas. E a resposta formal veio do IPMA, no seu Boletim Climatológico de Março.

Resumindo, o mês de Março de 2016 foi o mais frio dos últimos 31 anos! Foi naturalmente classificado como um mês muito frio, com uma temperatura média inferior em 1.43 ºC ao valor normal. Curiosamente, em termos de precipitação foi apenas ligeiramente superior ao normal, mas esta realidade esconde uma coisa muito importante: é que a precipitação a norte foi muito superior ao normal, enquanto a Sul foi bastante inferior.

Pela forma como Abril decorre, parece que vamos continuar pelo menos mais uns dias a experimentar o tempo dos nossos avós. Mas pelas previsões, pelo menos para Lisboa, parece que o Sol voltará em força no final desta semana…

Mudar de Android sem cloud

A minha mudança para o Nexus 6 tem tido episódios que não esperava que acontecessem. O passo seguinte da mudança, aquele que se me afigurava potencialmente mais difícil, acabou por não o ser…

A dificuldade que eu esperava da mudança dos contactos, SMSs e demais informação, estava relacionada com a estratégia de mudança que eu queria: não envolver a cloud. Ou dito de outra forma, não queria que o Google ficasse com essa informação. Não que eu tenha muito a esconder, mas é uma questão de princípio: a informação é minha! Para garantir que assim fosse, a estratégia foi garantida com um truque simples: todo o processo de mudaça foi efectuado desligado da Internet, sem dados ou wifi.

A primeira parte do processo envolveu a mudança de contactos. A forma mais simples poderia ter sido conseguida quando mudei de SIM. Foi assim que tinha efectuado da última vez que mudei de telemóvel. O que acabei por fazer foi bastante simples. No telemóvel antigo exportei os meus contactos, carregando na lista de contactos das chamadas telefónicas, carregando “Import/export” no menu, depois “Export to .vcf file”, e confirmar o nome do ficheiro onde queremos que sejam colocados os nossos contactos. O ficheiro gerado foi passado para o novo telemóvel por Bluetooth, pois neste ainda não tenho ligação a PC, por causa do USB-C. No novo telemóvel, foi só importar os dados, seleccionando outra vez a lista de contactos, carregando “Import/export” no menu, seleccionando a opção “Import from .vcf file”, et voilá!

Passar os SMSs foi até mais simples do que pensava, dado ser notoriamente difícil a sua exportação/importação. Neste caso recorri à app SMS Backup & Restore, que torna todo o processo muito simples. Depois de instalada nos dois telemóveis, segui a descrição destes procedimentos, copiei novamente os ficheiros por Bluetooth, e de uma forma muito rápida, tinha todos os meus SMSs no novo telemóvel.

Estes dois métodos são ainda interessantes em termos de garantirmos um backup local da nossa informação. Mesmo que façam a sincronização através do Google, não se esqueçam que podem perder o acesso à V/ conta, e os V/ dados serem eventualmente perdidos para sempre…

Congestionamento de Petroleiros

De vez em quando vemos notícias que são absolutamente impensáveis. Esta foi retirada do ZeroHedge, e fala-nos sobre as filas congestionadas envolvendo petroleiros, nalguns mares do Planeta.

O mais surreal desta notícia, é que o congestionamento dos petroleiros não está só relacionado com um consumo excessivo de combustíveis fósseis em qualquer parte do Planeta, mas sim com jogadas económicas envolvendo o ouro negro.

Na notícia há uma primeira referência a esta notícia da Reuters, onde se dá conta do congestionamento de petroleiros à espera de ser abastecidos. Na verdade, esta é para mim uma notícia “normal”, mas é sempre interessante ver a imagem de cima:

Petroleiros grandes a fazer fila

Petroleiros grandes a fazer fila

Se isto parece normal, o que se segue é mais surreal. Seguindo os links providenciados, chega-se a um outro artigo, onde se dá conta que, depois de carregados, os petroleiros ficam semanas à espera de comprador! A fazer o quê? A congestionar o trânsito! O petroleiro em causa, o Distya Akula, tem todavia uma história mais interessante. Seguindo os links do Google, percebe-se que foi dos primeiros petroleiros a carregar petróleo do Irão depois do levantamento de sanções. Mas, pelos vistos, terá ficado parado várias semanas no estreito de Suez, à procura porventura de comprador?

Mas, há dias, a Reuters saiu-se com uma notícia ainda maior. A notícia volta a falar de petroleiros cheios de petróleo, sem saber muito bem o que fazer com ele. Petroleiros com 7.5 mil milhões de petróleo a preços correntes, que alinhados se estenderiam por quase 40 quilómetros. Fala-se de marinheiros atarefados a combater o tédio. A Reuters ilustra a notícia com uma foto muito interessante, embora datada:

São mais que muitos…

No meio disto tudo, há notícias com palavrões como contango. Tentar perceber o que significa dá direito a uma dor de cabeça. Tentar outra vez de forma mais simples só nos confunde ainda mais… Mas, que é giro ler estas notícias, é!