Taxas em aeroportos

Na nossa página de Impostos & Taxas, uma das taxas que referenciamos recentemente é a relativa às taxas de Aeroporto. Na verdade, há várias taxas, incluindo as pagas pelas companhias de aviação, mas também as taxas associadas ao acesso à infraestrutura aeroportuária, que tanto deram que falar recentemente.

E é claro que devem estar a chegar novas taxas. Na verdade, olhando para outros países, o cenário é ainda pior. Muitos países obrigam os passageiros a pagar uma taxa ao sair do País nos respectivos aeroportos. Se repararem, a maioria são países sub-desenvolvidos, mas há lá países como o Reino Unido e a Alemanha. É claro que estas taxas não são simpáticas para os passageiros. Há mesmo algumas dicas que supostamente nos permitem minimizar essas taxas, mas obviamente tem que se conjugar com os preços dos respectivos bilhetes.

Num estudo europeu, já um pouco datado de 2009, as conclusões sobre o peso das taxas nas viagens de avião era absolutamente aterrador. Cerca de 40% do valor do bilhete era entregue pelas companhias de aviação aos aeroportos ou governos:

Peso das taxas nos bilhetes de avião

Peso das taxas nos bilhetes de avião

A distribuição das taxas por tipo é visível no gráfico abaixo. Como se observa, nem sequer conseguiram descriminar três quartos dessas taxas:

Tipo de taxas em bilhetes de avião

Tipo de taxas em bilhetes de avião

Pessoalmente, acho que estas taxas deviam ser todas muito detalhadas aos passageiros. Para que todos nós pudessemos efectivamente saber quem fica com o dinheiro das nossas passagens aéreas… E a nível do País, é importante que experiências doutros países aqui ao lado sejam tidas em conta!

Licenciados a mais?

Esta pergunta é normalmente muito confusa, para muita gente! Sempre que surge a questão, a grande maioria insurge-se contra ela, começa a disparar em todas as direcções, e depois acalmam quando confrontados com a realidade.

Porque querem todos ser licenciados? Porque, infelizmente, sobretudo em países como o nosso, não é normalmente a meritocracia que conta, mas sim o canudo. E há a perceção que quem mais títulos académicos tem, mais ganha. E, para quem pensa assim, é uma afronta pensar que o licenciado tem que fazer outro trabalho qualquer…

Vem este artigo a propósito de mais uma análise internacional sobre o tema. Saiu uma referência no Slashdot no início desta semana, a apontar para um estudo das Estatísticas Canadianas (INE de lá) a apontar para uma sobrequalificação dos licenciados Canadianos recentes. Aí se evidencia que 40% dos licenciados com idades entre os 25 e 34 anos tinham qualificações a mais para o trabalho que desenvolviam. A maioria dos licenciados com qualificações a mais eram das Humanidades, Ciências Sociais, Direito e Gestão.

Atrevo-me a dizer que o problema não é um exclusivo obviamente do Canadá. Há muitos a considerar que há uma bolha na Educação. Segundo um artigo do Wall Street Journal, mais de 15% dos taxistas Americanos têm uma licenciatura, contra 1% de há quatro décadas atrás. O problema nos Estados Unidos, e também noutros países, está fortemente relacionado com os custos/empréstimos do Ensino Superior. Mas, por cá, o problema é semelhante, e quando alguém alerta para o problema, não faltam entrincheirados prontos a responder

É claro que este provincialismo e apego ao canudo se vai pagar no futuro. As empresas estão mais viradas para resolver problemas concretos, e aspiram a quem resolva problemas, e não a quem tem simplesmente um canudo. Se tiverem um canudo e forem bons a resolver problemas, terão saída; os outros, não.

Se chegou aqui e está indignado com o que escrevo, é possível ter uma visão sobre o que aí vem. O Google, por exemplo, contrata cada vez mais pessoas que nunca foram para uma Universidade. Isto depois de no passado ter feito perguntas demasiado inteligentes aos candidatos… Há profissões que permitem ganhar muito dinheiro sem licenciatura… Para isso, há que nos aplicarmos!

Contas à Continente

Uma das coisas que faço sempre que vou às compras é confirmar o talão das compras. Por isso, sou também visitante relativamente frequente do atendimento a cliente.

Ontem, fiz mais umas compras semanais. Como sempre, entre sair da caixa e chegar ao carro, faço uma confirmação das compras. Das quantidades, dos valores, das promoções, descontos, etc. A primeira verificação é mais global, e depois até chegar ao carro, enquanto espero no tapete rolante, faço verificações mais cuidadosas.

Algumas vezes vejo como me despistei. Outras vezes, regozijo com os bons descontos conseguidos. Este fim de semana, nem 5 metros já tinha andado, e já estava a travar para encostar nas boxes do atendimento a clientes…

Depois de ter saído da caixa às 11:06, tirei logo o ticket para ser atendido. Fui apenas atendido às 11:26. Só me despachei eram 11:32. A razão da queixa era bastante simples:

Banana ao preço de kiwi de "selecção"!

Banana ao preço de kiwi de “selecção”!

Em vez de me cobrarem banana ao preço de banana, cobraram-me ao preço de kiwi de “selecção”! Se não estivesse atento, tinha pago 4.68 € em vez de 1.55 € que acabei por pagar. Mais de 3 euros que iam ficar com o Continente…

Mas o pior foi confirmar que há outras pessoas a olhar com atenção para as compras. Quem tinha sido atendido antes de mim tinha pago 9.99 € por um pacote de massas, que pouco mais de um euro deviam ter custado. Tinham comprado no dia anterior, Sábado, e por isso tinham voltado de romaria no Domingo…

Agora, vou passar a confirmar tudo antes de sair da caixa. Nem que tenha que ficar a encravar aquilo. Mas, assim, deixo de arriscar a perder meia hora da minha vida por incompetência de outros…

O Mundo em 2505?

Já assistimos a muitos filmes que nos dão uma visão de futuro. A maioria dos que vi mostram-nos uma Raça Humana muito evoluída. Alguns, poucos, dão-nos uma visão aterradora e/ou apocalíptica.

Não estava por isso preparado para o filme que vi no passado fim de semana. Devo dizer que é politicamente incorrecto, mas tem porventura alguns ensinamentos muito importantes.

Curiosamente, o filme vai no sentido de alguma percepção que venho recolhendo nos últimos anos. A ciência evolui numa direcção assustadora. E muitas coisas estão efectivamente a regredir…

Se não acredita, vou pegar apenas num exemplo: o da exploração espacial. Os Americanos foram pela última vez à Lua em 1972. Na verdade, nesse ano de 1972 foi a última vez que Humanos ultrapassaram a órbita baixa da Terra. Nessa década, ainda conseguiram lançar várias sondas com muito sucesso. E, no início da década de 80, surgiu o Space Shuttle. Mas, a partir daí, foi sempre a descer. No início da década de 90 lançaram um telescópio com miopia, que teve que levar com uns óculos mais tarde. Uns anos mais tarde, outra nave espacial falhou porque se confundiram quilómetros com milhas. Há uns anos, o Space Shuttle deixou de voar, porque entre outras coisas, acabou o stock de processadores 8086. E depois de dois de cinco deles terem causado a morte de todos os astronautas a bordo. Nestes últimos anos, a simples ida ao espaço está dependente do taxi russo Soyuz. Há pouco mais de um ano, a falha na tentativa de privados chegarem perto do espaço resultou de um erro confrangedor. Entretanto, é cada vez mais difícil lá chegar

O filme “Terra de Idiotas” (“Idiocracy” em Inglês) é uma visão assustadora sobre o nosso futuro. Infelizmente, na minha opinião, parece ser mesmo nesse sentido que a Sociedade Moderna caminha… Se ainda não viu, pode ver o trailer abaixo, para ficar com uma ideia do que o futuro nos reserva:

ERSE não funciona

São múltiplas as razões para nos queixarmos da Entidade Reguladora ERSE. Algumas têm tido exposição pública no Poupar Melhor, porque são evidências públicas. Outras são de natureza pessoal, mas de pouco vale queixarmo-nos, porque a coleção de queixas que já fiz pura e simplesmente não são tratadas como deve ser.

Das evidências públicas, sabemos que a electricidade sobe, porque sim! Os aumentos que a grande maioria dos consumidores sofre não têm relação com o divulgado. Os próprios valores utilizados pela ERSE não reflectem a realidade. Os operadores continuam a surfar a onda da subida das tarifas transitórias. Ouviu-se por aí dizer que iriam punir os infractores, mas eu não soube mais nada depois…

A minha última história havia ocorrido com a Iberdrola. Se lerem esse artigo todo, perceberão que a proposta que escolhera há menos de um mês não existia, e que tinha que escolher outra melhor, que afinal era pior. Esta semana fiz nova tentativa para mudar para o Mercado liberalizado, e por isso comecei a construir nova folha de cálculo, com base nos dados da ERSE. Qual não foi a minha surpresa quando descobri que o “Plano Negócios Plus” afinal já existia outra vez!

Lá liguei para a Iberdrola. Várias vezes. As chamadas que fiz foram absolutamente extraordinárias, e se tivessem exposição pública, seriam um êxito instantâneo, tal a quantidade de bacoradas debitadas, que incluem sequências imperdíveis:

  • tarifário não existe
  • onde é que eu vi o tarifário?
  • afinal já existe, mas o preço é mais elevado
  • já não está em vigor
  • não pode ser subscrito por telefone

Desta sequência, só há uma interpretação a fazer! Alguém anda a enganar muitos! E como acho que a ERSE não anda a fazer isto de propósito, a culpa terá que estar noutro lado. Já seguiu mais uma queixa para a ERSE, e até cheguei a contacto telefónico com eles (depois de remarcar aí umas 50 vezes o número 808 deles!). Mas, o problema não se vai resolver, porque pura e simplesmente a ERSE não funciona…

Nota: Já depois deste artigo elaborado, recebi nova chamada da Iberdrola (210495198). No meio de mais uma chamada caricata, lá me disseram qualquer coisa do género: o tarifário “Plano Negócios Plus” não existe com a tarifa de 0.1442 €/kWh há muito tempo, e se está no site da ERSE, a culpa é deles…

Coisas cancerígenas como a carne processada

Foi há dias que nos demos conta que os burocratas do IARC (International Agency for Research on Cancer) introduziram a carne como supostamente sendo uma causa do cancro. Na verdade, apenas a carne processada foi considerada cancerígena. É que a IARC estabelece vários grupos de produtos e da sua relação com o cancro, e a carne vermelha foi colocada no grupo 2A:

  • Grupo 1: Cancerígeno para humanos
  • Grupo 2A: Provavelmente cancerígeno para humanos
  • Grupo 2B: Possivelmente cancerígeno para humanos
  • Grupo 3: Não classificado
  • Grupo 4: Provavelmente não cancerígeno para humanos

A classificação destes grupos está mais detalhada nesta página. Dessa página vamos primeiro publicar alguns dos produtos que mais nos chamaram a atenção, e que constam do Grupo 1. Atenção, que todos eles podem ser bem piores que a comida de carne processada: