Agrodok – documentos sobre aspectos agrícolas

De vez em quando descobrimos autênticas preciosidades. Ontem foi o caso com os documentos Agrodok, uma coleção muito significativa de documentação sobre questões agrícolas.

Ainda não tive muito tempo para digerir os documentos, na verdade só tendo lido dois deles. Mas foi o suficiente para perceber que a informação que transmitem é muito interessante!

É verdade que podem estar um pouco desactualizados, e estando essencialmente associados à agricultura em África, podem não ter muita aplicabilidade. Tem ainda aquele aspecto mais antigo, pelo facto das primeiras edições terem sido escritas há décadas atrás.

As publicações são editadas pela Fundação Agromisa, cujo site tem ainda informação adicional. Abaixo listo os Agrodok que consegui encontrar traduzidos em Português, mas não são todos. Os que for encontrando, vou colocando. Se não encontrar, porei a lista dos que faltam em inglês.

Agrodok
Criação de porcos nas regiões tropicais
Maneio da fertilidade do solo
Conservação de frutos e legumes
Criação de galinhas em pequena escala
A fruticultura nas regiões tropicais
Levantamentos topográficos simples aplicados às áreas rurais
Criação de cabras nas regiões tropicais
Preparação e utilização de composto
A horta de quintal nas regiões tropicais
A cultura de soja e de outras leguminosas
Luta contra a erosão nas regiões tropicais
Conservação de peixe e carne
Criação de gado leiteiro
Piscicultura de água doce em pequena escala
Agrossilvicultura
A cultura do tomate
Protecção dos grãos de cereais e de leguminosas
Propagação e plantio de árvores
Criação de coelhos em quintais, nas regiões tropicais
A piscicultura dentro de um sistema de produção integrado
Produção de alimentos de desmame em pequena escala
Culturas protegidas
Agricultura urbana
Comercialização destinada a pequenos produtores
Criação e maneio de pontos de água para o gado da aldeia
Identificação de danos nas culturas
Pesticidas – compostos, usos e perigos
Protecção não química das culturas
Armazenamento de produtos agrícolas
A apicultura nas regiões tropicais
Criação de patos nas regiões tropicais
Melhoria da incubação de ovos e criação de pintos
A utilização de burros para transporte e lavoura
A preparação dos lacticínios
Produção de sementes em pequena escala
Iniciar uma cooperativa
Produtos florestais não-madeireiros
O cultivo de cogumelosem pequena escala
O cultivo de cogumelos em pequena escala – 2
Produtos apícolas
Recolha de água da chuva para uso doméstico
Medicina etnoveterinária
Mitigação dos efeitos do VIH/SIDA na agricultura de pequena escala
Zoonoses
A cultura de caracóis
A exportação de produtos orgânicos
Panorama das Finanças
Acondicionamento de produtos agrícolas

 

Agrodok (Inglês)
Granaries
Water harvesting and soil moisture retention

Funcionários públicos mais bem pagos dos EUA?

De vez em quando tropeçamos em dados/gráficos que nos deixam a pensar. E este é bastante sui-generis! Diz-nos quais são as profissões correspondentes aos funcionários públicos mais bem pagos dos EUA.

Se o leitor ainda não espreitou o gráfico abaixo, tente ainda advinhar quais são as profissões mais bem pagas, entre os funcionários públicos dos Estados Unidos?

Provavelmente vai ficar tão surpreendido como eu! É que na larga maioria dos Estados, foram os treinadores de desporto os mais bem pagos em 2013. O infográfico foi retirado deste artigo, onde se refere algumas razões para os valores tão elevados alcançados pelos treinadores. E para 2014, os valores actualizados estão disponíveis neste artigo.

Funcionários Públicos mais bem pagos dos EUA

Funcionários Públicos mais bem pagos dos EUA

debtree

No exercício de criar uma máquina virtual de Linux o mais pequena possível, um dos principais estratagemas é remover o maior conjunto de pacotes de aplicações possível. Tal não é particularmente fácil, pelo conjunto de dependências existente.

Um pequeno utilitário que serve para estas ocasiões é o debtree. Dá-nos uma representação gráfica dessas dependências. No exemplo abaixo está referenciado o pacote do firefox do Linux Mint Rafaela, que é a versão que estou a procurar minificar (a imagem é muito grande, tem que se clicar para ver melhor). Vejam como o conjunto de dependências é muito significativo:

firefox no debtree

firefox no debtree

Oops?

Uma forma de fazer ciência...

Uma forma de fazer ciência?

A ciência assusta-nos com percentagens! 95% para cá, 97% para lá, certeza absoluta noutros casos!

Infelizmente, temos feito aqui referências a outras estatísticas, como a de que 50% da Ciência que se faz é falsa! Quem o diz são os próprios cientistas…

Já aqui também referimos o exemplo do colesterol. Mas quanto mais se vai escavando na Ciência das últimas décadas, mais falcatruas se estão a descobrir! Este artigo recente do Washington Post revela-nos mais umas quantas machadadas naquelas verdades que já praticamente ninguém questionava!

O artigo é essencialmente sobre o leite gordo, mas levanta muitas outras questões, como a do consumo de sal. A verdade é que os cientistas actuais não se põem de acordo, e do meu ponto de vista, colectivamente vão perdendo a razão…

Descontos à la Iberdrola

A mudança do Mercado Regulado para o Mercado Liberalizado da Electricidade é uma grande aventura. Ontem fiz mais uma tentativa, desta vez em termos profissionais, mas outra vez gorada!

Comecei por procurar na ERSE, que tem no seu site os preços de referência praticados pelos comercializadores. Pareceu-me que a proposta “Plano Negócios Plus”, da Iberdrola, era a melhor oferta, sobretudo porque o preço por kWh era para o tarifário simples o mais baixo de todos: 0.1442€. O preço de potência é ligeiramente superior, mas tendo em conta o elevado consumo de electricidade, compensava claramente.

Depois de ver no site da ERSE, fui ao site da Iberdrola. Não encontrei em lado nenhum a oferta mencionada. Mas, como o Google é nosso amigo, descobri o panfleto da oferta. Parecia uma boa decisão, até porque logo no início se evidenciava os 10% de desconto sobre a Energia Activa:

Plano Negócios Plus

Plano Negócios Plus

Mais abaixo, confirmei o valor que estava no site da ERSE:

Valores por kWh

Valores por kWh

Depois da decisão para avançar, liguei para a Iberdrola (mais um maldito 808). Em primeiro lugar, procurei confirmar a existência da oferta, que não estava disponível no site. Confirmei todos os pormenores, os 10% de desconto durante um ano, o preço do kWh que havia observado, e o Serviço de Urgências Eléctricas. No final subscrevi telefonicamente a oferta. Ficava apenas à espera da documentação que iria ser enviada…

À tarde, a mesma pessoa que me atendera de manhã ligou-me. A oferta afinal já não existia! Mas havia uma proposta melhor para mim: uma oferta com desconto de 11%! Perguntei os detalhes do tarifário, e disseram-me que o custo do kWh era de 0.1480€. Como estava na rua não pude confirmar imediatamente o que seria melhor, mas insisti em que me fosse enviada documentação por escrito, por correio electrónico.

Quando cheguei à empresa, nem queria acreditar! A comparação entre as duas ofertas era a seguinte:

  • Plano Negócios Plus
    desconto: 10%
    preço kWh: 0.1442€
  • Plano Negócios Compromisso
    desconto: 11%
    preço kWh: 0.1480€

Quando me ligaram da Iberdrola outra vez, desdobraram-se em explicações. Sem sentido…

ERSE aumenta electricidade outra vez, porquê?

Vejam lá se não é confuso?

Já sabemos que a lógica da ERSE para o preço da electricidade é: sobe, porque tem que subir!

Há 3 anos, a ERSE anunciou a subida porque, entre outras coisas, estavamos a poupar demais.

Há 2 anos, a ERSE disse que a subida se ficava a dever a preços elevados dos combustíveis fósseis, nomeadamente do gás natural, e também novamente a um menor consumo.

No ano passado, a principal justificação da ERSE para a subida que se verificou este ano foi o serviço da dívida da PRE, bem como do aumento do consumo.

Para este ano, estava à espera de uma justificação nova. Aumentar ou diminuir o consumo, tanto faz. Como os combustíveis fósseis desceram dramaticamente, também não podia ser por aí…

Este ano, a ERSE já só tem uma justificação: o serviço da dívida! Este ano é só uma a justificação, mas a subida para a grande maioria dos consumidores será maior. Mas que dívida é esta?

Parece que as eólicas culpadas estão novamente na origem do problema! No relatório da ERSE está lá que “Este acréscimo decorre em grande parte da amortização, acrescida dos respetivos juros, do diferimento do diferencial do custo da PRE de 2015.” E as eólicas são a maior parte da PRE, e a sua culpa já a notificamos aqui em vários artigos, como este. Há realmente uma referência aos combustíveis fósseis, mas curiosamente para dizer que agora já não importa muito… Quando o preço do petróleo voltar a subir, deverá voltar a ser um factor importante!

É absolutamente vergonhoso o comportamento do Regulador. São mais 2.5% na factura da electricidade! Em vez de andar a baixar os subsídios às eólicas, faz o que é mais fácil, que é subir a electricidade a todos nós! Não têm perdão!