Impostos e Taxas

Todos nós nos queixamos que pagamos demasiados impostos e taxas. Não conheço ninguém que assuma que adora pagar impostos, e que gostasse de pagar ainda mais. Por outro lado, todos queremos receber mais e mais do Estado. São muito poucas as pessoas que conheço que estão disponíveis para que o Estado lhes dê menos!

Para isso, o Estado, directa e indirectamente cobra Impostos e Taxas. Alguns são bem conhecidos, mas outros nem tantos. Alguns são justificáveis, mas outros são escandalosos.

Para nos ajudar a conhecer melhor esses impostos e taxas, para que servem, como podem ser evitados (legalmente), vamos criar uma página dedicada ao efeito: Impostos & Taxas. O nosso objectivo vai ser criar uma referência neste domínio, embora tenhamos a certeza que estará certamente incompleta! Na verdade, vamos começar pelos Impostos & Taxas que afectam os particulares, porque no mundo das Empresas e outros, as situações são ainda mais vergonhosas!

Para que possamos construir esta página de referência, dê-nos o seu contributo. Diga-nos onde estão aqueles Impostos, e sobretudo as taxas, mais extravagantes, para que possamos somar à nossa lista!

Sinal vermelho para especialistas

Sou um grande crítico da forma como é gerido o trânsito na atualidade. E quanto mais assisto, mais deprimente é o espectáculo. O problema é que não é só por cá, é por todo o lado!

O problema a seguir tem a ver com semáforos. Montes de semáforos! Eu tenho uma ideia que isto dos semáforos tradicionais é uma coisa estúpida, que já devia ter passado de moda! É por causa dos semáforos que levamos com montes de poluição pela goela abaixo!

Mas, se houvesse dúvidas, chegou-nos mais um exemplo hilariante do Reino Unido. Em Beverley, East Yorkshire, há um cruzamento um pouco complexo. Uma amostra é dada pela seguinte imagem, retirada daqui:

montes de semáforos

montes de semáforos

Mas, são muitos mais! 42 ao todo, como se pode ver na imagem aérea abaixo. Na verdade, esta aberração resultou de uma substituição de uma rotunda, num plano mais alargado, em que se estoiraram 22 milhões de libras. Razão tinha uma televisão alemã para ir filmar esta maluqueira:

42 semáforos!!!

42 semáforos!!!

Há uns dias, os semáforos deixaram de funcionar. Os “especialistas” de tráfego não conseguem explicar porque é que agora desapareceram os congestionamentos e o tráfego flui mais depressa! Não houve um único acidente desde então. Na verdade, o artigo do Daily Mail dá conta de mais exemplos em que o desaparecimento de semáforos deu conta de filas monumentais!

Preço antes e durante o desconto

Já todos ficamos desconfiados quando vamos ver as super, hiper, e mais não sei quantas, promoções. Há para todos os gostos, incluindo desconto em percentagem, desconto directo, desconto do IVA, e não sei quantas mais variantes.

Eu fico sempre com a sensação que os preços antes e durante o desconto são variáveis. Nada surpreendente, como este documentário em Inglaterra evidenciou de forma clara. Mas, de vez em quando, tropeçamos na evidência.

Tal foi o caso no início do mês, numa das promoções de uma das cadeias mais importantes do País. Entre outras promoções, estava esta das calculadoras, em destaque no topo de um corredor:

Calculadora com desconto

Calculadora com desconto

No local original das calculadoras, à mesma hora, estava exactamente o mesmo produto exposto:

Calculadora sem desconto

Calculadora sem desconto

A calculadora é exactamente a mesma, conforme pude confirmar pelo código de barras, que infelizmente não se vê muito bem na primeira imagem. Tirando isso, a outra única diferença é um campo “W1”, que no primeiro caso diz 28/09/15 e no segundo 24/09/15, que alegadamente estará associado ao dia em que a etiqueta terá sido produzida?

Enfim, sobe-se o preço para dar um desconto maior! Ainda assim, compensa um bocadinho, mas dá para topar o esquema…

A estupidez da taxa dos sacos plásticos

Temos dado muitas referências aqui à taxa sobre os sacos de plástico. Enumeramos as alternativas. Propusemos uma alternativa ainda melhor! Obviamente, os Portugueses não são burros, e fintamos colectivamente o Ministro do fundamentalismo ambiental. Enfim, a alta dos outros sacos de plástico era mais que esperada, porque ainda há quem tenha memória neste País.

Sem surpresas, o Público publicou ontem uma notícia que confirma o desastre da taxa dos sacos de plástico. O que diz é confrangedor, até porque não foi a pensar no Ambiente que se fez a taxa, como manifestamente se verifica pela última citação abaixo. Vendeu-se uma coisa “verde”, mas que na verdade dá origem a mais plástico, de “melhor” qualidade, ie. que se degrada menos, menos empregos, e até aposto que menos receita para o Estado (IVAs, IRSs, gastos em desemprego dos despedidos, etc.). Cúmulo do cúmulo, gasta-se mais água, detergente e coisas que tal a lavar os “lixiviados”! Mas não é preciso contextualizar. É só ler as frases do artigo para constatar a verdade nua e crua:

  • O consumo de sacos de lixo em Portugal aumentou mais de 40% desde que entrou em vigor a taxa sobre os sacos de plástico dos supermercados, em Fevereiro.
  • Oito meses após a introdução da taxa de dez cêntimos, o Ministério do Ambiente ainda não tem números sobre a sua aplicação.
  • há efeitos colaterais – incluindo quebra de receitas e despedimentos na indústria.
  • “Verifica-se uma grande redução dos sacos de plástico dos supermercados. O que aparece agora são sacos de maior volume, pretos”, afirma Susana Ramalho, directora executiva da Resialentejo
  • Os cidadãos que antes utilizavam os recipientes gratuitos dos supermercados para levar garrafas, papéis e embalagens para o ecoponto agora compram sacos novos para este fim.
  • O mesmo está a acontecer no contentor do lixo normal: os sacos tradicionalmente pretos estão a ocupar o lugar dos de supermercado.
  • os cidadãos estão a despejar o lixo directamente para o contentor, sem saco nenhum, aumentando o problema das escorrências. “Há muito lixiviado. As próprias viaturas de recolha ficam mais sujas”, afirma Cristiana Santos, coordenadora da área técnica da Tratolixo
  • “As entidades [que fazem a recolha] reportam um agravamento nos custos com as lavagens”, completa.
  • Mas a consequente redução do consumo de petróleo – de que os plásticos são feitos – será minorada pela maior utilização de sacos de lixo.
  • Há outros efeitos colaterais da taxa. Apenas os sacos de supermercado têm o “ponto verde”, ou seja, a sua reciclagem é financiada pela indústria. Os sacos de lixo não o têm, porque são considerados um produto, e não uma embalagem.
  • Os efeitos benéficos da taxa sobre os sacos leves serão provavelmente diluídos pelo aumento da produção de lixo em Portugal.
  • A Comissão para a Reforma da Fiscalidade Verde, que propôs a taxa, não se preocupou com a questão dos sacos de lixo. “É uma análise ambiental, nós fizemos a análise económica”, diz Jorge Vasconcelos, que presidiu à comissão.

Uma máquina virtual Linux minificada

Sou um utilizador de máquinas virtuais há mais de 10 anos. Utilizo-as no meu trabalho profissional, e também pessoal. O Poupar Melhor é feito também numa máquina virtual, e o podcast é também aí gravado. Nos últimos meses, tenho vindo a tentar arranjar tempo para substituir as minhas máquinas virtuais Linux. As que utilizava deixaram de ser suportadas, e por isso tenho que as actualizar.

A estratégia que utilizo é primeiro criar uma máquina virtual o mais simples possível. Poderia fazer a coisa de forma diferente, mas começo por instalar uma versão standard, e depois vou limpando… O objectivo é chegar a uma versão tão pequenina, que depois possa ser copiada várias vezes. Porque algumas cópias de uma máquina virtual não optimizada podem dar uma contribuição significativa para a taxa da cópia privada.

A distribuição de Linux que decidi aplicar nas máquinas virtuais que vou passar a utilizar é o Linux Mint, versão 17.2. Baseado em Debian e Ubuntu, é claramente a distribuição mais popular do momento. E promete ser suportada durante os próximos cinco anos, o que quer essencialmente dizer que o trabalho que estou a ter agora provavelmente não terá que ser repetido nesse período.

O meu objectivo, e que vou relatar aqui, é conseguir enfiar o sistema operativo, mais as partes essenciais (browser, processador de texto, e mais umas pequenas coisas), em menos de 2 GB. Ao todo, quero um ficheiro virtual do disco com menos de 2.5 GB. É ainda um exagero, mas considerando que o Linux Mint chega a exigir 9.5 GB de disco neste momento, é uma redução ainda significativa.

Vou ir aqui relatando o processo até tentar chegar lá. Vou utilizar a versão com o desktop Cinnamon, embora o Xfce seja uma implementação mais “leve”. Vou utilizar a versão 32 bits, provavelmente um risco, até porque os 64 bits é o que está a dar. Todavia, garante uma ocupação de disco bem inferior e um footprint de memória também inferior. Duas características importantíssimas, quando existe uma proliferação de uso de máquinas virtuais…

Privatização do estacionamento público em Lisboa

A EMEL é uma empresa pública que tem esticado todos os limites razoáveis da sua intervenção! Este artigo descreve uma das formas dessa intervenção.

Ontem, tive que deslocar-me para os lados da Quinta da Luz. Estacionei numa praceta onde havia montes de lugares vagos. Mal saí do carro, um idoso interpelou-me e avisou-me que não podia estacionar ali! Perguntei-lhe se era pago, percebendo rapidamente que não havia parquímetros por perto!

Riu-se para mim, dizendo que aquele parque era só para os residentes! Nem queria acreditar! Lá tive que ir confirmar na entrada da praceta, a placa que me escapara:

Esta praceta enorme passou a ser um espaço privativo dos condóminos?

Esta praceta enorme passou a ser um espaço privativo dos condóminos?

Na verdade, o que a EMEL fez foi privatizar o espaço público a favor dos moradores! Mesmo que o espaço esteja completamente vazio, não podemos lá estacionar! Mesmo que queiramos pagar parque, não podemos lá estacionar! Deixou de ser um espaço público, para passar a pertencer aos condóminos, com dístico… Quem serão?