Dose de Referência

Este Verão, nas férias, distraí-me… Ganhei uns quilitos. Por isso, agora ando a perdê-los… Uma das razões para o ganho de peso foi o abuso em Colas. Foi muito açúcar ingerido!

Não deixei de bebê-las, mas agora bebo em quantidades muito inferiores. Uma das razões pelas quais engordei está visível no rótulo, relativo às Doses de Referência. Os valores de referência são relativos à dose recomendada de energia para uma mulher moderadamente ativa:

  • Energia: 8 400kj/2 000kcal
  • Lípidos totais: 70g
  • Ácidos gordos saturados: 20g
  • Hidratos de carbono: 260g
  • Açúcares: 90g
  • Proteínas: 50g
  • Sal: 6g

O facto de estes valores serem para uma mulher comum, sem requisitos de dieta específicos, e com um nível de actividade física médio, não deixou de me surpreender… A razão prende-se aparentemente com o facto de os valores para uma mulher reflectirem mais adequadamente as necessidades da maioria da população…

Ainda assim, são valores que convém ter em consideração! Como podem ver pela imagem das duas Colas abaixo, basta uma garrafa/lata de 33 cl, para termos cerca de 40% dos açucáres do dia ingeridos:

Doses de Referência para duas Colas conhecidas

Doses de Referência para duas Colas conhecidas

Dados sobre a Segurança Social

Por estes dias, próximo das eleições, muito se tem falado sobre a Segurança Social. Todavia, na minha óptica, muito pouco se tem falado sobre o que realmente vai acontecer na Segurança Social, especialmente na vertente das pensões. Há boas razões para isso, e eu somaria mais uma que não tem sido divulgada nos Media: os reformados serão bem mais de 40% dos potenciais eleitores!

A nossa função aqui não é todavia política. Vamos apenas neste artigo apontar para documentos e dados (supostamente) independentes, e que poderão servir para conhecermos melhor este domínio da Segurança Social, e das pensões de reforma em particular.

Para começar, vamos recordar um artigo que aqui elaboramos sobre o Orçamento de Estado de 2013. Aí podemos ver que as despesas com prestações sociais são quase metade das despesas do Orçamento do Estado. E olhando para o arranjo gráfico que fizemos na altura, a maior parte dessa grande fatia é de pensões de reforma:

Pie-Chart de Prestações Sociais no Orçamento de Estado de 2013

Pie-Chart de Prestações Sociais no Orçamento de Estado de 2013

Outro documento obrigatório é o da Avaliação Actuarial do Sistema Previdencial da Segurança Social. Também tem imensa informação, sendo que um dos gráficos mais interessantes é o do Perfil Salarial por Idade, Género e Grupo de Contribuintes:

Perfil de Contribuintes da Segurança Social

Perfil de Contribuintes da Segurança Social (siglas não aparecem no documento, mas devem ser Trabalhadores por Conta de Outrém, Trabalhadores Independentes, Membros de Órgãos Estatutários, Serviço Doméstico, Seguro Social Voluntário)

Há mais estatísticas muito interessantes no site da Segurança Social. Nas suas publicações podem-se também descobrir documentos muito interessantes, como este, do qual extraí o gráfico abaixo, e que nos mostra a origem das receitas e transferências da Segurança Social em 2013:

Receitas Segurança Social

Receitas e Transferências Correntes da Segurança Social em 2013

Em termos de comparação e benchmarking fora das nossas fronteiras, especialmente na Europa, a referência é o “The 2015 Ageing Report“, que referenciamos neste artigo. O documento é mesmo muito interessante, compara em detalhe os sistemas de pensões dos vários países, e tem gráficos absolutamente horríveis para nós Portugueses! Podia pôr aqui vários, mas o relacionado com a fertilidade parece-me adequado, até porque serão os nossos filhos a sustentar as nossas reformas, e porque é outro tema que tem estado arredado da discussão política:

Taxas Fertilidade

Taxas Fertilidade na Europa

Poluição na China

Quando se fala de poluição, hoje em dia, a situação na China é incontornável! Quando se fala de reduzir as emissões no Planeta, a única coisa a fazer é ajudar e convencer a China que tem que reduzir as emissões nesse país. Tal é evidente, conforme já evidenciamos neste artigo e neste outro. Qualquer outra estratégia é supérflua e não leva a resultados nenhuns!

Eles estão absolutamente consciente do problema, conforme inúmeras evidências, e da qual demos apenas um exemplo neste artigo. Foi por isso que li com muito interesse este artigo da CNN, que fala em como os céus de Pequim se tornaram de repente limpos, duas semanas antes do feriado de 3 de Setembro, que marcou 70 anos sobre a vitória sobre o Japão e o fim da segunda Guerra Mundial.

Para conseguir este resultado, centenas de fábricas foram fechadas e metade dos carros de Pequim foram proibidos de circular. As duas fotos abaixo evidenciam como o problema é dramático, e como os residentes da Capital passaram o feriado com outro ar, mas que no dia seguinte voltou à poluição habitual:

Pequim sem e com poluição

Pequim sem e com poluição

O homem sem dinheiro

homem sem dinheiro

Capa de “O Homem sem Dinheiro”

Acabei estas férias de ler o livro O Homem sem Dinheiro, que me havia sido oferecido há algum tempo. Acabei porque já tinha começado, mas parado. E desta vez, as últimas folhas foram mesmo assim apenas folheadas…

O livro é da autoria de Mark Boyle, que resolveu há uns anos viver um ano inteiro sem dinheiro. Mesmo sem dinheiro!

Para viver sem dinheiro, Mark passou a cultivar a comida que comia. Não consomiu electricidade que não fosse gerada por um painel fotovoltaico, que comprou por £360, antes de iniciar a experiência. Tem um telemóvel, mas só para receber chamadas. Como consegue navegar na Internet sem pagar dinheiro é que não percebi muito bem…

Para pasta de dentes arranjou uma mistela qualquer. Em vez do iPod, ouve os passarinhos. Lava a roupa com uma mistela diferente. Lava-se com outra coisa qualquer…

Enfim, esta experiência não me diz nada! Não apreendi nada com o livro, apenas aquilo que espero nunca ter que experimentar. Porque o nosso moto é simples: “fazer o que habitualmente fazemos, mas com menos…“. Mas sem qualquer dinheiro, isso não é possível… A menos que voltemos à Idade Média Idade da Pedra!

Lavar roupa em água fria?

detergentes quimica

Detergente a funcionar…

A temperatura a que se lava a roupa tem algumas consequências. Em primeiro, devemos verificar qual a temperatura adequada para a lavagem de determinados tecidos. A própria utilização do detergente pode determinar a temperatura a que lavamos. Obviamente, quanto mais quente é a temperatura a que lavamos, maior é o consumo de electricidade para a aquecer.

Neste último aspecto, cerca de três quartos da energia consumida pelas máquinas de lavar roupa no planeta derivam do aquecimento da água.

Já existem detergentes especificamente destinados a lavagem a frio. Dizem que nos permitem poupar muito, mas quanto custam? Os especialistas dizem-nos que poupamos por um lado, mas pagamos mais por outro… E depois, há quem olhe com atenção para os dois tipos de detergentes, e verifique que afinal parecem ser a mesma coisa… Apesar disso, a tecnologia por detrás dos detergentes não é pequena!

Pessoalmente, cá em casa, continuamos a aquecer um pouco a água. A verdade é que preferimos a roupa mais limpa e fresca, à custa de uns cêntimos gastos a aquecer a água…

Até quando armazenar combustível?

Eu não armazeno combustível, mas esta era uma dúvida que tinha: durante quanto tempo posso armazenar combustível, isto é, gasóleo e gasolina?

Armazenar combustível não faz muito sentido como método de poupança. A menos que se tenha a capacidade de prever a evolução futura, é quase como que um jogo na Bolsa. Faz mais sentido em actividades industriais e produtivas, mas normalmente o armazenamento é também de curta duração.

Onde encontrei mais informação sobre este tema foi na comunidade de preppers. Para esses, armazenar combustível é uma necessidade no contexto, por exemplo, de poder ser necessário para a utilização em geradores eléctricos. Foi aí que cheguei a este documento mais genérico, e a este mais específico sobre gasóleo, ambos elaborados pela BP.

Em primeiro lugar, os documentos alertam sobre um facto óbvio. Armazenar combustível é perigoso! Quando é feito, deve ser feito atendendo a um conjunto de regras de segurança.

No caso da gasolina, se deixada num recipiente aberto, ao longo do tempo evapora. Mesmo fechada, começa a evaporar e expande-se notavelmente, ao ponto de requerer a utilização de recipientes específicos. À medida que evapora, as características da gasolina líquida vão-se alterando. Segundo o documento da BP, pode-se armazenar gasolina durante seis meses quando a temperatura de armazenamento é de 20ºC, mas de apenas três meses quando armazenada a 30ºC.

O gasóleo não é um combustível volátil, pelo que não se evapora como a gasolina. O principal problema com o armazenamento de gasóleo reside na formação de sedimentos, os quais podem bloquear os filtros. Tal está associado ao escurecimento que se verifica quando é armazenado. Normalmente, quando armazenado em recipientes fechados, a 20ºC, pode ser utilizado até um ano, mas pode durar ainda mais. A 30ºC pode durar apenas seis meses.