Optimizando os aviões

Quando nos preocupamos com a eficiência das coisas, é sempre muito interessante verificar como outros conseguem optimizar as suas coisas…

Aqui há uns tempos li maravilhado este artigo do The Economist, que nos fala sobre como as companhias aéreas estão a optimizar a experiência de voar. Para algumas companhias, essa optimização passa por enfiar mais passageiros dentro de um avião. Para outras, é mesmo um maior conforto que interessa! Noutra dimensão, outras companhias tornam o interior dos aviões mais leves, optimizando o consumo de combustível, reduzindo assim os custos de operação.

O artigo é absolutamente delicioso, porque aborda muitos outros aspectos. Alguns com conceitos radicalmente diferentes dos actuais, como o que se evidencia na imagem abaixo. Por isso, para os curiosos nestas coisas, vale a pena ler!

Exemplo de assentos num avião futurista?

Exemplo de assentos num avião futurista?

Adultos em casa dos pais

Nas condições económicas em que vivemos, não é pouco comum jovens adultos viverem em casa dos pais. Tinha essa noção, mas não conhecia a realidade doutros países…

Neste artigo do ZeroHedge, são referenciados dois infográficos, um sobre a Europa e outro sobre os Estados Unidos. Não vamos aqui teorizar sobre se as questões são económicas, culturais, sociológicas, ou quaisquer outras. Ficam apenas os dados, para que cada um de nós possa tirar as suas conclusões:

Jovens Europa

Jovens entre 25 e 34 anos que vivem em casa dos pais na Europa

ffff

Jovens de 25 anos que vivem em casa dos pais nos Estados Unidos

Transferências de fundos na União Europeia

Muito se tem falado nos últimos tempos sobre a Europa. No meio de muitas notícias, descobrem-se por vezes apontadores interessantes. Neste link descobri quanto é que cada país paga e recebe, na União Europeia.

No caso de Portugal, os dados do infográfico estão disponíveis abaixo. De onde vem o dinheiro e para onde ele vai. No nosso caso, do que recebemos 72% é gasto no contexto dos fundos estruturais e fundos de coesão, e cerca de um quarto na agricultura. De volta para a Europa, damos o equivalente a 27% do que recebemos, pelo que o fluxo é naturalmente positivo. Não deixem porventura de seguir o link acima e espreitar outros países… As surpresas são grandes!

Budget

Fluxos financeiros de e para a Europa

Ar condicionado e recirculação

Símbolo de recirculação

Símbolo de recirculação

Agora que o Verão chegou definitivamente, o arrefecimento dos nossos automóveis é uma benção! Mas, para que o consumo de combustível seja mais baixo, até porque as temperaturas que se atingem são muito elevadas, um dos primeiros truques é planear deixar o carro à sombra, considerando a altura em que se voltar para o carro. Circular ou não com as janelas abertas é um dos dilemas seguintes. Outro factor a ter em conta é o da recirculação, que já referimos neste artigo, mas que vamos expandir de seguida.

De uma forma simples, a recirculação de ar dentro de um automóvel pode ser feita mesmo sem ar condicionado. Pode e deve ser utilizada em circunstâncias em que não queremos que o ar exterior entre no veículo. Tal é o caso quando circulamos em ambientes extremamente poluídos (eg. atrás de muitos veículos numa subida) ou então de maus cheiros (eg. junto a empresas de celulose, de tratamento de resíduos, etc.).

Quando utilizada em conjunto com o ar condicionado, seja para produzir frio no Verão ou calor no Inverno, a recirculação tende a ter vantagens de eficiência. Mas tal não acontece tipicamente quando entramos no carro, com ele muito quente. Como a temperatura do interior do carro pode até ser bastante superior à exterior, numa primeira fase a estratégia mais interessante consiste em extrair rapidamente esse calor do interior do automóvel. Sempre que possível, abro as portas e janelas para que esse calor saia.

Depois, ligo o ar condicionado, mas sem a recirculação. Quando o interior do carro começa a arrefecer, ligo a recirculação. O ar que entra no ar condicionado passa assim a ser o ar do interior do automóvel, o qual vai ficando cada vez mais fresco, num efeito de bola de neve…

Contudo, não é desejável manter permanentemente a recirculação a funcionar. O ar vai ficando estagnado, com cada vez mais dióxido de carbono. Chega a ter níveis de concentração problemáticos, e noutro estudo verificou-se que se pode atingir concentrações de 4500 PPM de CO2 após apenas 10 minutos de recirculação, com três passageiros! Há que também ter em conta níveis mais elevados de vapor de água, que no Verão não é tipicamente problemático, ao contrário de quando utilizamos a recirculação no Inverno. Para mim, um dos primeiros sinais de que a coisa não está bem, é quando começo a bocejar…

A gestão que faço da recirculação é a de desactivar periodicamente a recirculação, dando assim hipótese à entrada de ar fresco vindo do exterior. Por uma questão de eficiência, faço-o quando o motor vai menos sobrecarregado, como por exemplo em longas descidas. Quando não existem descidas e é tudo plano, abrando tipicamente a velocidade durante alguns minutos, para entrar mais ar fresco, sem sobrecarregar o motor. Não o faço quando tenho que levar com escapes. O controlo da temperatura exterior também pode ser utilizado, pois é frequente ver-se alguma variação dessa temperatura exterior durante longos percursos.

Insustentável Energia3

Há uns meses, depois de analisar a proposta Energia3, acabei por concluir que era a melhor oferta para um contador que temos, e em que o consumo é muito reduzido. A proposta de reduzir 50% dos custos fixos (potência contratada) era claramente muito interessante, num contexto em que os custos são praticamente apenas os custos fixos.

Acontece que só no mês passado me lembrei que era preciso deslocar-me ao Continente para eles creditarem o valor desse desconto. Como passo lá quase todas as semanas para fazer compras, peguei no telemóvel e tirei uma foto ao código de barras. Mas, quando cheguei lá, disseram-me, para grande espanto meu, que só aceitavam o código impresso em papel!!!

Eu sou todo a favor de preservar o Ambiente, mas estas coisas tiram-me do sério. Ainda por cima, na página de perguntas frequentes, podemos perceber como esta lenga-lenga do Ambiente é só para nos fazer pecar a todos:

Eles poupan no Ambiente, e nós temos que pecar de propósito!

Eles poupam no Ambiente, e nós temos que pecar de propósito!

Na verdade, eles muito simplesmente poderiam creditar o valor do desconto no cartão… Mas, não! Os objectivos são bastante claros:

  • Temos que ser nós a imprimir a factura, para sermos nós a ter os custos da impressão;
  • Temos que levar esse desconto ao Continente, para já que estamos lá, fazer umas comprinhas;
  • Quem não cometer o pecado anterior, que inclui derrubar uma parte de uma árvore, não leva descontinho!

Esta conversa descarada do Ambiente, para ser levada a sério, devia incluir a retirada dos prémios que estas empresas recebem por terem alegadamente um desempenho exigente nas práticas ambientais. Se são das 100 empresas mais sustentáveis do Mundo, então é porque alguém não deve estar a contar estes pequenos grandes pormenores!

Aliás, lendo a página de sustentabilidade da GALP, rapidamente se percebe que é “olha para o que eu dido, não para o que eu faço”! E se os links anteriores são da GALP, olhando para os relatórios de sustentabilidade da SONAE, chega-se rapidamente à mesma conclusão…

As empresas do petróleo

A evolução do preço do petróleo tem implicações muito significativas no nosso nível de vida. Embora seja considerada por muitos como o mau da fita nas alterações climáticas, e já tenha sido prognosticado o seu fim, a verdade é que o nosso estilo de vida, sobretudo no último século, não teria sido possível sem o ouro negro…

Também é verdade que a evolução dos preços tem sido condicionada por muitos factores obscuros. Todavia, a descida nos últimos tempos tem sido muito favorável para grande parte do planeta, seja dos países mais desenvolvidos, seja dos mais pobres. Dos que perdem, não há grandes problemas, pois tratam-se marioritariamente de países dictatoriais, ou de empresas “gordas”.

Para conhecer melhor estas últimas, o infográfico elaborado pela empresa Stedas é bastante útil. Como podemos ver abaixo, as maiores empresas do ramo estão distribuídas um pouco por todo o planeta. Umas são mais conhecidas, como a Shell e BP, outras nem por isso, como a russa Rosneft. Uns países têm mais petróleo que outros, sendo surpreendente a segunda posição da Venezuela. Dos cinco países com mais petróleo resulta uma curiosidade imediata: não gostaria de viver em nenhum deles! Fica igualmente claro que não nos livraremos tão cedo dos combustíveis fósseis…

Dados de petróleo e gás

Dados de petróleo e gás