Consumo do ar condicionado do carro

O ar condicionado de um carro tem um impacto considerável no consumo de combustível. Podemos minimizar esse consumo de diversas formas, escolhendo previamente por exemplo um lugar à sombra, pois em caso contrário, há um forno assegurado. Há ainda a possibilidade de abrir as janelas, mas só compensa em velocidades baixas.

O site Nergiza foi mais longe e calculou qual o consumo de combustível quando se liga o ar condicionado. Pegaram num exemplo, pois obviamente variará de carro para carro, e chegaram à conclusão que o ar condicionado poderá consumir entre 0.3 litros e 1 litro aos 100 Km. Noutros cálculos equivalentes, o funcionamento do ar condicionado retira entre aproximadamente 1.5 a 5.3 cavalos de potência do motor.

O site dá conta de mais algumas curiosidades, como o facto de muitos carros disporem de um sistema que desliga o ar condicionado quando pisamos no acelerador a fundo. Referem também que nos carros eléctricos o sistema é diferente, e que nos carros com start-stop o ar condicionado deixa de refrigerar nos semáforos, embora o ventilador possa continuar a passar ar fresco enquanto o evaporador esteja frio. Algumas outras dicas estão ainda disponíveis para contextualizar os consumos destes equipamentos.

Preparar um tremor de terra

Sismo

Sismo

Um tremor de terra, um terramoto, um sismo, é provavelmente um dos cataclismos que potencialmente teremos que suportar no futuro próximo, especialmente no sul de Portugal. Sendo impossíveis de prever, pelo menos com a tecnologia actual, podemos ao menos ter interiorizado como nos preparar para reagir no caso de tal vir a acontecer. Mas sabemos que acontecem, e quando acontecem, como foi o caso recente do sismo do Nepal, aparecem sem aviso…

Saber o que fazer num caso dum sismo é algo que vagamente sabemos. Em muitos anos de navegação pela Internet, num encontrei um site ou um documentos que me chamasse verdadeiramente a atenção. Até tropeçar neste PDF da FEMA, uma instituição dos Estados Unidos.

Obviamente, parte do documento reflecte a realidade dos Estados Unidos, mas tem condensadas muitas dicas, algumas que já sabia, outras que ainda não interiorizei, e outras uma novidade. Aqui destaco algumas das que considero mais importantes:

  • Fixar à parede, ou por outro meio, objetos que possam cair/tombar durante um tremor de terra. Dar especial atenção onde passamos muito tempo, nomeadamente sobre a cabeceira da cama. Dar igualmente atenção a objetos preciosos e/ou caros.
  • Praticar como cair, nos proteger e agarrar. Aparentemente num sismo, pode ser muito difícil nos mantermos de pé, e sermos facilmente derrubados…
  • Planear como manteremos contacto com a família. Num terramoto forte, pode contar com a sobrecarga de comunicações, ou mesmo a sua ausência…
  • Planear uma reserva de alimentos e água. Esta reserva pode ser útil noutras circunstâncias…
  • Durante o sismo, protegermo-nos contra a queda de objetos. Um bom local para nos protegermos pode ser por baixo de uma mesa. Aparentemente, debaixo de uma porta não parece ser um lugar particularmente seguro, apesar de o contrário ser frequentemente também referenciado.
  • Depois de um sismo terminar, se existir uma saída, deve procurar um local aberto e distante de possíveis derrocadas
  • No caso de estar próximo do mar, ou de um local a pouca altitude, não se esqueça que se pode seguir um tsunami

O documento têm muitos mais pontos interessantes. Todavia, aposto que alguém saberá de algum bom documento que aborde esta temática da perspectiva portuguesa? Se sim, que partilhe, porque uma perspectiva adaptada à realidade portuguesa seria também muito interessante!

Aeroporto de Lisboa e Eficiência Operacional

Num curto espaço de tempo, tive que aterrar duas vezes no Aeroporto da Portela, em Lisboa. Na primeira vez, descrevi a experiência neste artigo. Da segunda vez, decidi cronometrar ao pormenor a experiência…

Mas foi já no taxi que ouvi nas notícias a ideia da ANA melhorar a sua eficiência operacional através da colocação de cancelas nos acessos ao aeroportos portugueses. Tanga! O que eles querem é obviamente aumentar as receitas!

Se a ANA está efectivamente preocupada com a eficiência operacional, então deveria começar por optimizar o fluxo dos aviões e passageiros dentro do aeroporto. Para isso, é só olhar para a cronometragem da chegada de um avião, neste caso da TAP, que aterrou na pista 03 da Portela (sentido sul-norte). Assim aconteceu:

  • 00:00 Avião termina aterragem e sai da pista para o taxiway
  • 03:10 Avião estaciona na parte central do aeroporto e é desligado o sinal de cintos apertados
  • 08:10 Primeiros passageiros descem a escada
  • 08:40 Saio do avião (estava na fila 5)
  • 11:45 Autocarro arranca
  • 16:40 Autocarro passa pela porta onde anteriormente os passageiros eram deixados. Pela janela pode-se ver passageiros doutros voos a passar por lá em sentido contrário…
  • 18:30 Autocarro larga passageiros no topo norte do Terminal 1
  • 21:55 Controlo de entrada para passageiros fora do Espaço Schengen
  • 26:50 Saída para a parte pública do aeroporto

Comparativamente com a experiência anterior do terminal 2, a saída do avião foi mais lenta, mas o autocarro partiu primeiro, pois em vez de dois autocarros ao mesmo tempo no caso da Ryanair, neste caso foram dois autocarros, mas um apenas depois do outro. Perdi provavelmente cerca de um minuto a passar o controlo de espaço Schengen (foi muito rápido e eficiente!). Na verdade, o tempo total foi muito semelhante ao da primeira experiência.

Se a ANA quer realmente então aumentar a “eficiência operacional”, deve explicar porque:

  1. Porque é tão frequente as mangas do Terminal 1 estarem vazias? Será porque as taxas são demasiado elevadas? Todas as perguntas abaixo seriam desnecessárias se esta fosse equacionada!
  2. Se a ANA está verdadeiramente interessada na sustentabilidade e redução das emissões de dióxido de carbono, porque é que não incentiva a utilização das mangas, e deixa de andar a passear os passageiros pelo aeroporto de autocarro?
  3. Porque demora tanto tempo a chegar a escada ao avião?
  4. Porque não são deixados os passageiros onde eram dantes? Cada passageiro leva 5 a 6 minutos adicionais (quando em boa condição física) a passear de autocarro e a percorrer a pé o aeroporto…

Se contarmos os milhões de passageiros que passam pela Portela todos os anos, rapidamente se percebe a quantidade monstruosa de tempo que a ANA nos faz perder!

E os leitores, qual a V/ experiência? Alguém consegue cronometrar a partir deuma chegada nas mangas para vermos a diferença?

Manter a atenção

Manter a atenção, ou manter o foco, como se costuma dizer, é bastante complicado hoje em dia. Particularmente difícil nos mais novos, mas também nos mais velhos, especialmente aqueles que gostam da procrastinação.

A Microsoft divulgou esta semana os resultados de um estudo que visou averiguar como rapidamente nos distraímos, em vez de manter o foco. O estudo foi efectuado no Canadá, mas as conclusões não deverão ser muito diferentes noutros países.

As principais conclusões do estudo, algumas das quais estão no infográfico abaixo, são as seguintes:

  • Em 2000, a capacidade de nos mantermos concentrados era de 12 segundos; em 2013, passou a ser de 8 segundos
  • Para os jovens entre os 18 e 24, quando nada os ocupa, a primeira coisa que fazem é alcançar o telemóvel; apenas 10% dos maiores de 65 anos o fazem
  • Antes de irem para a cama, 73% dos jovens verificam o seu telemóvel
  • 79% dos jovens utilizam outros meios de comunicação enquanto veêm televisão
  • 44% dos Canadianos têm que se concentrar muito para se manterem focado nas suas tarefas
  • 71% dos jovens Canadianos não sabem gerir o seu tempo, pelo que acabam trabalhando até tarde e aos fins de semana
  • 54% dos Canadianos admitem que a tecnologia pode algumas vezes tornar as suas vidas pior
  • 76% dos jovens Canadianos admitem que o multitasking é a única forma de fazerem as suas coisas
Infográfico da Microsoft sobre capacidade dos Canadianos manterem o foco

Infográfico da Microsoft sobre capacidade dos Canadianos manterem o foco

Vítimas de fraude

Ainda ontem falavamos de como é difícil manter o sério quando falamos com os operadores de telecomunicações. Mas, depois de ler um artigo de Rita Carreira, em que ela explica como foi vítima de fraude, há palavrões que merecem ser ditos!

Resumidamente, alguém contratou um serviço de telecomunicações à NOS, impersonificando a Rita. A NOS, como vários operadores de telecomunicações, e não só, não exige grande coisa para contratar o serviço. Mas quando é para receber, é muito mais eficiente…

O mais chocante neste caso é a aparente conivência da Administração Pública com estes esquemas. Em vez de mandar a PJ tratar de quem impersonificou a Rita, passa via Ministério das Finanças o contacto da verdadeira Rita, para que a NOS a pudesse perseguir!

Igualmente chocante é pensar, eu ou o leitor, que as nossas identidades possam andar por aí a ser utilizadas… Sem qualquer capacidade de nos defendermos!

Cancelamento, lá e cá

Ontem, o nosso leitor V Diogo apontou-nos na direcção de um vídeo do Youtube, do humorista Fábio Porchat. Fábio é um dos humoristas mais conhecidos do Brasil, e apesar do vídeo relatar o que se passa no Brasil, para mim foi um deja-vu daquilo pelo qual passei. Como podem ver abaixo, a linguagem passa para além do bruto, mas é muitas vezes assim mesmo que nos apetece reagir…