Porque nos enganam na energia?

cabeca na areiaUm amigo enviou-me ontem um link, com referência a uma intervenção de Henrique Gomes, ex Secretário de Estado do presente Governo, sobre o tema da energia. Já havíamos referido Henrique Gomes neste artigo, mas as afirmações desta vez parecem ser mais contundentes.

Das várias referências que lhe estão atribuídas, há uma que salta à vista. Algo que já havíamos abordado neste artigo:

  • “Se a EDP Renováveis vende a energia eólica a 60 euros mw/h em Espanha, nos Estados Unidos a cerca de 50 euros, porque em Portugal a vende a 100?”

Ao ex-secretário de Estado atribuem-se mais algumas afirmações que devem-nos deixar bastante preocupados:

  • o Governo falhou no compromisso de não haver aumentos reais da energia superiores a 1%
  • os contratos de produção de energia foram feitos na perspectiva de protecção dos produtores e não dos consumidores

Outro especialista em energia, Clemente Pedro Nunes, que também já havíamos referenciado neste artigo, também não foi parco em palavras:

  • A energia eólica é ruinosa para o país por causa da sua intermitência
  • Este é um sistema que só existe em Portugal e em Espanha, e a própria Espanha já arrepiou caminho
  • esta é a razão de ser de uma catástrofe no sistema eléctrico nacional, em que existe um lóbi que controla as rendas excessivas e que controla 95% da comunicação social

E neste última aspecto, tem toda a razão! As múltiplas notícias sobre o tema, especialmente no último mês, continuam a criar nos Portugueses uma grande ilusão! Por isso, estamos todos com a cabeça enterrada na areia! E o problema da falha do actual Governo, não esconde quando tudo isto começou, nomeadamente como se percebe pelas estrofes iniciais deste hino

Adeus Sitemeter!

Quase imediatamente depois da criação do Poupar Melhor, começamos a utilizar o Sitemeter. O Sitemeter era uma ferramenta interessante, porque permitia gerir as estatísticas de acesso a um site. Particularmente útil era o facto de que essa informação ficava disponível a quem a quisesse consultar, e não só aos responsáveis dos sites.

O Sitemeter é o sistema utilizado no Blogómetro, um serviço público prestado pelo Aventar. Ontem, com as últimas estatísticas, o nosso posicionamento era no 76º lugar, mesmo atrás do Abrupto:

Posicionamento no Blogómetro em 2015-03-26

Posicionamento no Blogómetro em 2015-03-26

Há dois dias notamos que algo de estranho se passava quando se carregava em links do Poupar Melhor. Talvez isso tenha acontecido também aos nossos leitores. Pela investigação forense que conduzimos, era algo que já se evidenciava porventura há cerca de uma semana e meia.

Quando se clicava num link, ou mesmo apenas com o botão direito do rato na página, existiam acessos HTTP efectuados a sites debaixo do domínio vindicosuite.com. Depois de alguma investigação própria, detectamos que esses links estavam a ser introduzidas pelas scripts do Sitemeter.

Depois de confirmar que isso estava a acontecer a outros (exemplo1, exemplo2, exemplo3), foram retiradas ontem ao início da madrugada as referências ao Sitemeter. É uma pena que isto aconteça, mas reforça as preocupações que temos que ter sempre que se utilizam nos nossos sites/blogs, elementos de terceiros. Dá também para sentir como alguns problemas da Internet podem passar bastante despercebidos…

Este problema está a afetar todos os sites/blogs que conheço, incluindo o Aventar, e que utilizam o Sitemeter. Fui ainda ver os 6 primeiros do Blogometro, e todos estão igualmente afetados. Se é responsável por um site/blog, tenha este alerta em consideração. Se é apenas utilizador, relate-nos aqui eventualmente as suas experiências neste domínio, e proteja-se (eu utilizo NoScript)…

A durabilidade dos SSD

A utilização de SSDs introduz grandes vantagens sobre os discos tradicionais, na vertente específica de desempenho. São todavia ainda bem mais caros, e com uma menor capacidade de armazenamento. Estas duas razões têm sido aquelas que ainda me mantêm afastado da utilização desta tecnologia. Mas há outro domínio onde esta nova tecnologia levanta algumas questões: a sua durabilidade.

Uma das experiências mais interessantes envolvendo a durabilidade dos SSDs foi feita pelo The Tech Record. No Verão de 2013 começaram a torturar um conjunto de 6 drives SSD no que eles designaram por “SSD Endurance Experiment”. Prometeram apenas parar quando os SSDs “morressem”.  A experiência acabou no início deste mês, com a “morte” dos últimos dois SSDs. Como se pode ver na imagem abaixo, a velocidade de escrita até se manteve constante ao longo da vida dos vários discos, mas a pior parte foi que a morte de alguns não foi propriamente antecipada pela electrónica. O surprendente para mim foi os dois SSDs mais “velhos” terem ultrapassado os 2 petabytes!

Resultados do SSD Endurance Test

Resultados do SSD Endurance Test

Vários outros estudos existem sobre a fiabilidade dos SSDs. Neste estudo da Universide de Ohio verificou-se a susceptibilidade dos SSDs a falhas de corrente. Neste artigo do Tom’s Hardware, faz-se uma enumeração de múltiplas estatísticas envolvendo os SSDs. Ou então comparam-se tecnologias SSD distintas. Ainda assim, a importância dos backups é fundamental, pois problemas destes acontecem a todos

A ineficácia da homeopatia

Nunca dei credibilidade à homeopatia, ao contrário de algumas terapias associadas a medicinas alternativas. Durante muito tempo não fiz a menor ideia do que era, mas por causa deste episódio, investiguei um pouco o tema há uns anos atrás. Fiquei super-convencido da ineficácia da homeopatia.

Há uns dias, num artigo do Expresso, relativo a um extenso estudo realizado na Austrália sobre a eficácia da homeopatia, confirmei o óbvio. O estudo realça a ineficácia da homeopatia no tratamento de qualquer condição médica, e mesmo o facto de poder ser perigosa, na medida em que o paciente troque a medicina convencional pelo tratamento homeopática.

O estudo referenciado está enquadrado neste link. As publicações associadas estão disponíveis neste outro link. Está tudo muito detalhado, mas as conclusões são aquelas que eu já tinha assimilado: se está numa onda homeopática, beba um copo de água, que isso passa-lhe…

Limpar ficheiros duplicados

Detectar e eliminar ficheiros duplicados não é propriamente simples, e pode não ser eficiente. É todavia um problema que ocorre cada vez mais frequentemente, e para o qual convém ter algumas ferramentas disponíveis.

Como utilizo Windows e Linux, procurei ter uma solução que fosse utilizável nos dois ambientes. O software que utilizo é o dupeGuru, mas há muitos outros com funcionalidades para todos os gostos.

Para funcionar, o dupeGuru só precisa que lhe indiquemos uma ou mais directorias onde queremos que ele detecte ficheiros repetidos. Depois, é só esperar pelos resultados para obter uma lista com os ficheiros repetidos. Nos resultados pode ordenar por várias colunas (por ex., a dimensão, para limpar rapidamente repetidos de grandes dimensões), pode seleccionar determinados ficheiros e executar sobre eles determinadas opções (eg. remover ou mover para outro local).

O dupeGuru oferece ainda versões específicas para tratar músicas e fotos. Nestes casos, parece detectar duplicados próximos (eg. fotos invertidas), mas a verdade é que nunca tendo experimentado, fica aqui apenas a referência…

Ecrã do dupeGuru

Ecrã do dupeGuru

Classificação das Atividades Económicas

O CAE é a designação abreviada para a Classificação Portuguesa de Atividades Económicas. Já me tinha deparado com esta sigla várias vezes, quer em termos pessoais, quer profissionais. Foi no entanto quando me deparei com o problema das facturas no IRS que procurei um pouco mais sobre o tema.

O INE disponibiliza no seu site uma enumeração completa dos CAEs existentes. É possível consultá-los de várias formas, sendo mesmo possível pesquisar filtrando por código ou designação. É importante saber que esta categorização está harmonizada em termos estruturais e conceptuais com a Nomenclatura das Atividades Económicas da União Europeia (CAE-Rev.3) e com a Classificação das Atividades das Nações Unidas (CITA-Rev.4).

Outra ferramenta útil é o SICAE. É possível consultar os CAEs das empresas, procurando pela sua designação ou número de contribuinte. Podem-se tirar rapidamente dúvidas como aquelas que surgiram nas confusões do IRS, mas também no contexto da obtenção de informações sobre empresas… O SICAE, na zona das perguntas frequentes diz-nos ainda para que servem os CAEs. Ao nível da análise estatística, o código CAE permite:

  • Classificar e agrupar as unidades estatísticas produtores de bens e serviços (com ou sem fins lucrativos), segundo a atividade económica;
  • Organizar de forma coordenada e coerente, a informação estatística económico-social, por ramo de atividade económica, em diversos domínios (produção, emprego, energia, investimentos, etc.);
  • Comparar estatísticas a nível nacional, comunitário e mundial.

Ao nível das atividades económicas, o código CAE permite:

  • Registar as empresas e entidades equiparadas no ato de sua constituição;
  • Promover o licenciamento das atividades económicas;
  • Apoiar as políticas do Governo de incentivos às atividades económicas.