Plano Energia3

Logo do Plano Energia3

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A GALP e o Continente lançaram um novo tarifário de electricidade e gás, designado Energia3. Já tinha visto há uns dias notícias sobre o seu lançamento, mas esperei pelos detalhes para confirmar a minha opinião!

Os descontos, comparativamente com o Mercado Regulado, dizem respeito apenas ao Termo Fixo. O desconto é de 50% para a tarifa simples, mas de apenas 30% para o bi-horário. Olhando para as tarifas que vão vigorar em 2015, facilmente se percebe que se podem poupar uns eurozitos por mês, tanto maior quanto maior for a potência contratada.

O plano tarifário permite ainda aumentar os descontos dos talões de abastecimento na GALP, de 10 cêntimos por litro, para 12 cêntimos por litro. Como o preço dos combustíveis está a baixar, este aumento pode parecer pequeno, mas não deixa de ser relevante! Os descontos máximos obrigam à definição do débito directo e factura electrónica.

O site do Energia3 tem disponível um simulador, mas infelizmente as minhas contas não batem exactamente certo com as deles… E tenham em atenção que eles pressupõe que ainda não beneficia dos talões de combustíveis, o que inflaciona em muito o valor da poupança! Para quem já utiliza o esquema, como eu, as vantagens são muito inferiores!

Para não variar, esta proposta comercial continua a praticar preços de electricidade, na componente variável, a respeitante ao consumo de kWh, exactamente igual ao do Mercado Regulado. O que evidencia a tristeza em que continua a liberalização deste sector…

Percebe-se que o Continente continue a querer incrementar a utilização do seu cartão. Chama-se fidelização de clientes, e pode ser uma estratégia muito interessante. Mas não isenta de riscos…

No meu caso, a mudança para este novo tarifário pode permitir poupar umas dezenas de euros por ano. Mas, vou comparar com as outras ofertas existentes, antes de mudar…

Gestores Financeiros

Há uns dias, tropecei no infográfico abaixo, original do site BusinessProfiles. Evidencia-nos como os gestores profissionais de Fundos muitas vezes não conseguem acompanhar sequer os Mercados.

Tal contraria a intuição que temos de que os profissionais conseguem gerir melhor o dinheiro que nós. Embora tal possa ocorrer em períodos curtos, no médio/longo prazo normalmente não conseguem superar a evolução dos Mercados, seja de acções ou de outros títulos.

E nós por cá não somos diferentes. Tivemos a nossa Dona Branca. Os casos do BPN, BPP e BES têm inúmeros casos de pessoas que publicamente admitiram terem confiado o seu dinheiro a gestores, que depois o investiram em “buracos negros”. Mais recentemente, as estratégias de um dos “gurus” online da Bolsa Portuguesa, Ulisses Pereira, foi exposta pelo Observador.

Para contrariar esta tendência, temos que todos elevar a nossa cultura financeira. Sempre argumentei que era um tema urgente a ser incorporado na nossa escolaridade obrigatória, e até parece existir, mas não faço a menor ideia se está a avançar, ou não. De qualquer forma, compete-nos a todos contribuir para incrementar o conhecimento neste domínio.

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Performance dos gestores financeiros nos EUA

Electrodomésticos no comércio tradicional

Quando se fala de comeŕcio tradicional, várias ideias vem-me rapidamente à cabeça. O leitor provavelmente também terá umas ideias preconcebidas… Quando há umas semanas fui incumbido de comprar uns electrodomésticos, nem hesitei! Dirigi-me a uma grande superfície comercial, e fui fazer a minha pesquisa in-loco. Depois passei por outra, e mais outra. Os preços não eram assim muito distintos uns dos outros… No fim, fiquei à espera de um desconto habitual neste final de ano numa dessas grandes lojas: 20% em cupão, que sabemos não serem bem 20%

Por uma descarga de consciência fiz uma pequena pesquisa na Internet. Meti o modelo no Google, e saiu-me logo um link para o KuantoKusta. Fiquei chocado quando vi um preço cerca de 30% inferior ao das grandes lojas! Nem queria acreditar…

O passo seguinte foi enviar uma série de emails para as lojas da região de Lisboa. Não esperava grandes respostas, mas mais uma vez, os meus preconceitos estavam errados! Passados uns minutos, começava a receber respostas… E não eram respostas à toa, eram propostas concretas, que confirmavam os preços que observara.

Troquei uns emails com duas lojas que se mostraram bastante receptivas à comunicação electrónica. Novamente, não conseguia acompanhar! Estavam a propor-me entregar o equipamento mediante pagamento no local, após instalação… Senti-me na obrigação de contactá-los telefonicamente, mas eu parecia mais preocupado que eles!

Na data da entrega, apareceram antes da hora. Fizeram toda a instalação, explicando-me vários pormenores. No final, apenas tive que digitar o código PIN  do Multibanco…

Neste ponto, o leitor pensará que eu estou a tentar vender uma ideia ou uma qualquer loja. Não é o caso, nem vou fazer publicidade. Vou é dar um exemplo simples, totalmente aleatório, como dos vários que já tentei. Agora mesmo, numa loja online de uma grande cadeia, abro a secção de máquinas de lavar roupa:

Compra

Compra

Pego no primeiro exemplo, e pequiso “FMD923XR” no Google. O próprio Google dá logo a indicação dos preços:

Compra

Compra

Finalmente, no site do KuantoKusta vemos 20 ofertas, cada uma delas bem inferior à da grande cadeia:

Compra

Compra

É preciso ter atenção aos portes e às condições de cada loja, bem como da sua área de actuação. Neste caso simples, a poupança é muito próxima de 20%, mas vi exemplos até 30%, e alguns naturalmente menores. Por isso, da próxima vez que forem comprar equipamentos deste calibre, lembrem-se que podem poupar porventura algumas centenas de euros, fazendo a escolha mais económica…

Dióxido de Carbono onde menos se espera?

Nos últimos anos temos ouvido falar muito do dióxido de carbono. O mau da fita do Aquecimento Global… Por causa dele, temos tido muitas confusões e muitas implicações económicas. Uma das mais notórias diz respeito à energia eólica, cuja existência tem sido o principal factor para o aumento da electricidade em Portugal…

Ontem, na BBC descobri uma notícia particularmente interessante! Aparentemente, há um satélite aí por cima de nós a detectar as emissões de dióxido de carbono! E quando se esperava que iria encontrar o CO2 por cima dos sítios onde supostamente mais se polui, descobriu-se que afinal as emissões estão sobretudo por cima das queimadas do Brasil, África e Indonésia! Na China, não foi propriamente uma novidade:

Locais onde há mais CO2

Locais onde há mais CO2

Por cá, andamos numa de fiscalidade verde. Como é fácil de perceber, andamos a ser enganados! Mas como o satélite revela uma verdade inconveniente, ou vai deixar de funcionar, ou deixar de mandar dados cá para baixo…

Redução do preço do petróleo

A queda do preço do petróleo teve algumas consequência importantes nas últimas semanas. Para quem ainda não viu o gráfico no nosso dashboard, vejam como tem sido bombástica a descida de preços:

Lá por fora, os países produtores ficaram a arder, sobretudo países grandes produtores, como a Rússia e a Arábia Saudita. Mas, em termos geopolíticos tudo é muito mais complexo, sendo este pequeno artigo do Economist bastante sucinto.

Um infográfico do Expresso traduz igualmente bem quem ganha e perde em termos internacionais, pois isso tem sobretudo tradução na Balança Comercial:

Quem importa e exporta petróleo?

Quem importa e exporta petróleo?

Em termos dos consumidores, não há grandes dúvidas de que esta descida é uma benção! Sobretudo para nós Portugueses, que ainda não produzimos nenhum! Anda por aí muita malta  a assustar com esta tendência, mas o susto é para outros! Há também o papão da deflação, mas esse é um problema que nós consumidores suportamos bem! Preços mais baixos do petróleo significam menos custos de produção e transportes de bens, baixa que pode e deve chegar rapidamente aos consumidores, embora nem sempre assim possa acontecer. Quem fala por isso do papão provavelmente estará a pensar mais nas acções em queda livre ou nos resultados menos gigantescos das empresas do sector…

No meu entender, grande parte da justificação para esta baixa do preço do petróleo está num aumento da eficiência de quem consome! Todo o Mundo está a interiorizar as vantagens de poupar, de poupar melhor, e isso tem uma tradução extremamente positiva! Para que isto funcione ainda melhor, é preciso que continuemos a não desbaratar combustíveis, a aproveitá-los da forma mais eficiente possível, como temos referenciado aqui, para que esta pressão para uma baixa de preços seja cada vez maior!

Monóxido de dihidrogénio

Monóxio de dihidrogénio

Monóxio de dihidrogénio

No outro dia, para exemplificar como muitas vezes somos demasiado crentes naquilo que nos é transmitido, dei o exemplo do monóxido de dihidrogénio.

O monóxido de dihidrogénio pode ser uma coisa muito má! Como podem ver nesta página, é um composto químico sem cor e cheiro, que é encontrado em vários compostos caústicos, venenosos e explosivos. Apesar de não ser classificado como uma substância tóxica ou cancerígena, em determinadas circunstâncias pode causar a morte quando inalada, mesmo em pequenas quantidades. Na natureza, sabe-se que é a parte mais importantes das chuvas ácidas, e causa erosão dos solos. Sabe-se igualmente que são um factor importante nas consequências associadas aos furacões e cheias.

Podíamos continuar quase indefinidamente a falar dos malefícios do monóxido de dihidrogénio. Mas o importante aqui é perceber-se como podemos ser enganados de forma muito simples, quando se muda apenas a designação de algo tão comum como a água! O problema na vida real é que somos muitas vezes inundados com desinformação, mas que parece real, pela forma como é maquilhada.

Se o leitor caiu na confusão, não está sozinho! Da primeira vez, também fiquei surpreendido. Na página do Wikipedia sobre o assunto, podemos ver que muita gente já brincou com o tema. A minha preferida é do Penn & Teller, no vídeo seguinte, com mais umas consequências assombrosas: