Fazer saltar as pedras na água

Este é um artigo que faria mais sentido no Verão, mas acabadinho de ser divulgado, não resisti a partilhar com quem não sabe. É sobre a arte/ciência de fazer saltar as pedras na água, algo para o qual nunca tive jeito! Parece ser igualmente um desporto para o qual parece existir até um campeonato mundial!

Ontem descobri a notícia referente à melhor técnica para atirar a pedra na água. Como de costume, nos Media não se descobre a fonte original, mas com alguma pequena investigação, rapidamente se chega ao artigo. Intitulado Water-skipping stones and spheres, Truscott et al. começam por descrever que o melhor objecto para atirar é uma esfera elástica altamente deformável. Uma pedra não se encaixa por isso nesta definição…

Para pedras, o ángulo a que se deve atirar a pedra é de 20º. A velocidade é importante mas não é o essencial. E há mais ângulos envolvidos, como se pode ver na imagem abaixo. Mas para dominarem a ciência, têm que ler o artigo todo… Artigo esse provavelmente candidato a um dos próximos prémios Ig Nobel

ângulos que actuam para um ricochete perfeito...

ângulos que actuam para um ricochete perfeito…

Depois de dominada a técnica, podem-se tornar em autênticos campeões mundiais, como o que podem ver no vídeo seguinte:

Espirros no avião

Há dias apareceu um bocado por todo o lado a notícia de quais os lugares mais seguros de um avião para não ficar contaminado com uma doença aero-transportada… Já falamos no passado sobre os lugares mais seguros num avião em caso de acidente, e genericamente os melhores lugares para se viajar.

Agora, num contexto de doenças que nos inspiram medo, seja ébola ou legionella, há mais um factor a ter em conta: os germes que circulam dentro de um avião. A investigação é de Charles Gerba, da Universidade do Arizona e é baseada num voo do distante ano de 2008. O autor tem todavia uma larga experiência neste domínio, mas é talvez o vídeo que tem acompanhado a notícia que é porventura o mais interessante. Podem ver abaixo, para ver em termos de simulação como os bicharocos se transmitem rapidamente dentro de um avião:

Poupança em papel higiénico

Depois da descoberta de que a maioria das pessoas preferem que o papel higiénico seja dispensado “por cima”, tal como preferimos cá em casa, e de ter encontrado uma referência a que esse era o processo mais económico, fui confirmar se era mesmo assim!

Encontrei muitas referências a artigos que já não existem na Internet, e mesmo algumas referências a apontamentos em livros e sites, mas sem uma base científica clara…

O melhor artigo que encontrei até agora reside no site Current Configuration. No artigo eles explicam porque o consumo de papel higiénico tende a ser maior quando é dispensado “por baixo”. Tudo se resume à perspectiva de quem utiliza o papel higiénico, como se pode ver na imagem abaixo:

perspectiva de corte de papel higiénico

perspectiva de corte de papel higiénico

O resultado, que na perspectiva do artigo, é o de rasgar o papel higénico com apenas uma mão, é o seguinte:

resultado do rasgo de papel higiénico

resultado do rasgo de papel higiénico

Ainda assim, não fico totalmente convencido. Eu rasgo o papel higiénico com as duas mãos, por exemplo. Fico com ideia que a altura também pode ter impacto no resultado. As centenas de comentários do artigo também dão que pensar…

Orientação de papel higiénico

Já muitas vezes me havia questionado sobre se a orientação do papel higiénico que usava era a melhor, a mais consensual, ou nada disso? Resolvi fazer alguma investigação sobre a questão, mas passados poucos minutos deparei-me com um artigo absolutamente completo sobre a temática no Wikipedia.

A questão que se coloca é se a melhor orientação é “por cima” ou “por baixo”:

por cima

por cima

por baixo

por baixo

Eu pessoalmente prefiro a opção “por cima”. Algumas das ideias por trás desta preferência são:

  • Mais fácil o acesso, pois percebe-se imediatamente onde está a ponta solta
  • Não é necessário pois procurar a ponta solta do lado da parede, normalmente através de “apalpanço”.
  • Fica-me a impressão que gasto menos papel higiénico quando está “por cima”.

A leitura do artigo do Wikipedia dá algumas ideias sobre factores de preferência pelo opção “por baixo”:

  • Aspecto mais arrumado, dada que a ponta solta está mais escondida.
  • Menores possibilidade de uma criança ou animal doméstico puxar pelo papel

O artigo enumera ainda muitas mais vantagens de uma ou outra orientação, como o ideal para hoteis, a melhor forma de transmitir o logotipo do papel, etc. etc. Dá ideia que há uma ciência dedicada à orientação do papel higiénico!

E, depois há as estatísticas. De uma forma geral, cerca de dois terços das pessoas preferem a opção “por cima”. Metade das pessoas tendem a reparar na orientação do papel higiénico, e cerca de 20% muda mesmo a sua orientação, se não for a sua preferida. 20% das pessoas fica mesmo chateada se estiver na orientação que não a sua preferida!

O mais estranho é que me identifico com estas percentagens… E, o leitor?

IC16: Pontinha – Benfica

A notícia da inauguração do troço de 700 metros do IC16 que faltava concluir é uma notícia particularmente importante para mim. Só a descobri há dois dias, mas passa a ser uma importante alternativa para mim. E para muitos outros!

A via serve de acesso da CRIL à zona de Benfica, ligando o nó da Pontinha à nova rotunda de Benfica. Para quem vem do lado do Dolce Vita e da CRIL, o acesso à zona da Pontinha e do Colombo passa a ser possível por esta nova via, em alternativa à segunda circular. Naturalmente, o mesmo se passa em sentido contrário. Nos períodos de maior trânsito, a rotunda de Benfica promete estrangular, quer de manhã, quer ao final do dia. Esperemos apenas que consigam afinar os semáforos…

A via passa igualmente a servir como alternativa a diversas vias, incluindo a segunda circular, a CRIL, e mesmo a calçada de Carriche. É uma alternativa que todos aqueles que costumam circular por estes locais de Lisboa devem conhecer, pois constituirá uma alternativa a ter em conta!

Imagem do troco

Imagem do troco (retirada daqui)

Dormir nu

dormir nuaAndam por aí umas notícias nos Media sobre as vantagens de dormir nu. Alegadamente são as conclusões da National Sleep Foundation, mas uma pesquisa no seu site não revelou ainda tal estudo…

Segundo as notícias que vi, dormir nu pode reduzir risco de diabetes e ainda ajudar a queimar calorias. Esta última parte os leitores já sabem, pois basta estar a respirar para estarmos a perder peso.

Mas lendo as notícias com mais atenção, reparamos nalgumas pérolas, como a de que “ao dormir sem roupa, o corpo tem maior facilidade em arrefecer e manter a temperatura ideal para uma noite reparadora“. Eu diria também que ao arrefecer se podem ganhar umas constipações…

Na ânsia de compreender mais esta questão, cheguei a este artigo do Daily Mail. Embora referenciando outras opiniões, é interessante perceber que o corpo arrefece durante a noite, atingindo os valores mais frios na fase do sono mais do final da madrugada. Na perspectiva de Chris Idzikowski, um investigador nesta área, os pijamas ou outros meios que impeçam a temperatura de baixar causam confusão no cérebro, que acordará para verificar o que se passa…

Na perspectiva de outro investigador, Russell Foster, a utilização de roupa na cama tornará a regulação de temperatura mais difícil. Para além de menos sono, pode sobretudo significar menos sono pesado, aquele que é mais restaurador.

O artigo tem muitas mais considerações que continuaremos a avaliar aqui. Na senda de artigos passados, sobre a quantidade de sono, a monitorização da sua qualidade, com o objectivo essencial de dormir melhor, vou experimentar para ver se funciona comigo!