Upgrade para executiva

Quem não gosta de voar assim?

Quem não gosta de voar assim?

Quando viajamos de avião, especialmente em longo curso, ir em classe executiva (já para não falar em primeira classe) é algo que não está ao alcance de todos… Mas, de vez em quando, as companhias aéreas promovem alguns passageiros de classe económica para uma classe superior! Isso já me aconteceu uma vez, num voo de 11 horas, e podem acreditar que há uma enorme diferença. Na altura não percebi muito bem o mecanismo, mas agora que li o artigo do MoneySavingExpert que explica algumas dicas de como conseguir um upgrade gratuito, percebo perfeitamente o que aconteceu…

As dicas não são obviamente infalíveis, mas das várias que são referidas, algumas das mais convincentes parecem ser:

  • Ter um cartão de passageiro frequente: no pior dos casos, ao fim de muitos voos, talvez consiga algo em troca…
  • Só vale realmente a pena em viagens de longo curso
  • Ir bem vestido
  • Ir sozinho
  • Ser dos primeiros a fazer check-in

Multas e coimas

Quando levamos com uma multa ou uma coima, sobretudo quando nos consideramos cidadãos respeitadores das regras, o primeiro sentimento é quase sempre de injustiça. Aconteceu comigo há uns meses, depois de seguramente mais de uma década sem qualquer multa. Estacionei num local em Lisboa, tirei o ticket da EMEL, fui à minha vida e voltei. Para grande azar meu, tinha estacionado num lugar da Polícia! A sinalização vertical não estava visível porque estava uma carrinha enorme a obstruí-la, e a sinalização do chão estava coberto de folhas (foi no Outono passado). Ainda fui falar com a Polícia (era mesmo em frente a uma esquadra), mas a resposta foi seca…

Quando recebemos muitos meses depois a notificação, nem sabemos muito bem o que fazer. Mas no processo de investigação que fiz na Internet, descobri vários sites.

O Multas e Coimas é um desses exemplos. Segundo as suas próprias palavras, o “Multas e Coimas é um site informativo que presta informação e esclarecimentos ao público em geral, sobre a aplicação de coimas e multas a pessoas singulares e empresas“.

O multas.PT é outro site com informação interessante, mas está um pouco desactualizado. Ainda assim, procure no mapa do site, pois alguma da informação não está directamente acessível da primeira página.

O site da ANSR é igualmente uma referência de consulta obrigatória. Se precisar, a página de FAQ explica muitas coisas, e a página de formulários têm vários documentos prontos a ser impressos (infelizmente, neste caso só em PDF, pelo que não editáveis electronicamente).

Quando receber uma notificação, o site Multas e Coimas sugere que seja sempre apresentada uma defesa ou exposição, de forma a que o processo seja tratado com intervenção humana, e não de forma automática. Mas como bem diz, não dispensa nunca a consulta da legislação em vigor ou eventual consulta de advogado…

A colectivização do Zé Povinho

Mais um roubo?

Mais um roubo?

Portugal é um país de atrasados, porque somos de facto atrasados. Eu, ainda estou por cá, e por cá penso continuar. Mas as esperanças de que o País dê a volta estão esfumadas.

A mais recente prova está relacionada com a taxa da Cópia Privada, que já referenciamos em vários artigos. Vai aparentemente ser aprovada hoje (o leitor ainda pode fazer alguma coisa!). Num país de velhos do restelo, já nada me admira, especialmente depois de ter visto o Prós e Contras da passada segunda-feira e ouvido parte do Fórum TSF de quarta-feira.

Há muitos argumentos contra esta taxa anacrónica e estupidificante, mas quem a apoia deve meditar profundamente nos exemplos abaixo. O ridículo mistura-se com a realidade, e quem está a favor de um exemplo não pode estar contra os restantes:

  • A taxa da cópia privada é como a taxa da televisão: não interessa se tem TV em casa, ou se nunca vê a RTP: paga à mesma!
  • Em França, em 1845, Frédéric Bastiat advogava uma petição pelos fabricantes de velas, produtores de sebo, e coisas que tal, para que se taxasse a luz solar, que tanto prejudicava esses fabricantes;
  • Nos EUA, no ano passado, alguém propôs taxar o correio electrónico para salvar os CTT lá do sítio. Tipo um centésimo de um cêntimo por email
  • Num comunicado da  Sociedade de Autores de Culinária e Afins, os Chefs indignam-se com a cópia privada que se faz na Internet das receitas culinárias. Eles também querem uma taxa…
  • Pedro Veiga, no Prós e Contras da passada segunda feira, referiu as taxas que os ferreiros requereram quando surgiram as primeiras rodas de automóveis. Mais felizes ficaram quando perceberam que também podiam sacar dos pneus utilizados nos aviões, apesar de ainda não haver cavalos voadores… Infelizmente não encontrei um link para esta, mas é só ver o Prós e Contras.
  • Por falar em cavalos, em meados do século XIX, em Inglaterra, os autocarros a vapor, foram forçados a andar mais devagar para não prejudicar o negócio dos transportes a cavalo. A partir de 1861, a velocidade de tais avanços tecnológicos foram reduzidas a 8 Km/h, e quatro anos depois a apenas 3 Km/h, sendo adicionalmente obrigatório que um homem caminhasse à frente do autocarro a abanar uma bandeira vermelha…
  • A taxa/imposto da cópia privada é uma medida colectivista de um governo dito liberal. O PCP é que não podia ficar fora da convergência de extremos políticos e apresentou uma alternativa:o mecanismo CCCCCCCCCCCCCP (Compensação Constitucional pela Colectivização Capitalista dos Criativos Criadores Culturais sobre os Computadores e Comunicações dos Cidadãos Consumidores de Conteúdos e suas Cópias Privadas).
  • O ex-Presidente Francês Sarkozy propôs, em 2008, taxar a Internet e os telemóveis com uma “taxa infinitésima”, para compensar a Televisão Pública francesa pela perda de espectadores para as outras televisões.

Não se riam, porque isto é muito sério. Mas se arranjarem mais alguns exemplos, deixem-os nos comentários abaixo.

NOTA: Este artigo foi alterado para incluir mais um exemplo. Outros poderão seguir-se.

USB 2 vs. USB 3

USB 3 a azul

USB 3, à esquerda, a azul

Referenciamos há dias como a velocidade de um disco duro (não SSD) varia entre a sua parte externa e interna. Na altura fiquei ciente de que nunca tinha efectuado um teste aos meus discos externos, e em concreto as diferenças quando os ligo em computadores com USB 2 e USB 3.

Naturalmente, o USB 2 é uma versão mais antiga que o USB 3. Este último só está disponível em determinados equipamentos, de uma gama normalmente mais elevada, e é caracterizado por normalmente ter nas conexões a cor azul, como se pode ver na imagem acima.

A experiência que fiz versou um disco de 2 TB, ligado a uma docking station, por sua vez ligado ao computador através de um cabo USB 3. Na primeira experiência, liguei o disco duro externo a um conector USB 2, e fiz as medições com o HD Tune. Como se pode ver na imagem abaixo, a velocidade de leitura manteve-se constante ao longo da extensão do disco, sempre ligeiramente abaixo dos 30 MB/segundo. Este valor está ligeiramente abaixo dos melhores valores que observei em USB 2, e cujo limite prático anda pelos 36 MB/segundo:

Velocidade do disco ligado através de USB 2

Velocidade do disco ligado através de USB 2

Quando voltei a fazer exactamente a mesma experiência, mas desta vez ligado ao conector USB 3 do computador, o resultado foi o seguinte:

Velocidade em USB 3

Velocidade em USB 3

Como se pode ver, quando se acede à parte externa do disco através de USB 3, a velocidade chega a ser mais de quatro vezes superior à velocidade em USB 2. Mesmo na parte mais lenta do disco, a velocidade é pelo menos duas vezes superior. Os tempos de acesso mantêm-se todavia muito semelhantes.

A importância do USB 3 será ainda mais importante quando se utilizam discos SSD externos. Não tenho nenhum à mão, mas a velocidade deverá ser bem superior. Esta experiência demonstra também a importância de termos USB 3 quando compramos um disco externo que vamos utilizar com regularidade…

Poupando com fontes

Já havíamos falado no passado como poupar na utilização da impressora. Relatamos diversas formas, entre imprimir em forma rascunho, utilizar os dois lados da folha, ou simplesmente desligá-las, pois estão sempre a consumir electricidade.

Há muito tempo tinha referenciado outra forma subtil de poupar na impressora. Não é algo que me suscitasse muito interesse, até porque raramente imprimo o que quer que seja, pelo que o truque seguinte não se aplica no meu caso.

O consumo de tinta, seja toner ou tinteiro, está relacionado com a fonte que se utiliza. Todos facilmente percebemos que se imprimirmos em bold, então mais tinta será gasta. Mas mesmo em modo normal, há fontes que gastam mais tinta que outras simplesmente porque são, digamos, mais “gordinhas”. Uma experiência interessante foi feita por Matt Robinson, que pegou em canetas normais e mediu quanta tinta gastava cada tipo de fonte. É uma experiância analógica, mas com muito significado:

Uma outra experiência revelou que a utilização da fonte “Century Gothic” permite poupar 31% de tinta quando comparada com uma fonte mais utilizada, o Arial. Segundo os dados da análise, alguém que imprima 25 páginas por semana poderia poupar 20 dólares por ano se utilizasse a fonte “Centruy Gothic” para todos os seus documentos! A utilização desta técnica em empresas ou entidades com muitas impressões permite poupanças muito maiores…

Há outras propostas igualmente giras. Uma delas é a da Ecofont, que permite poupanças inserindo buracos nas fontes, evitando assim o consumo de tinta. É um conceito giro, não fosse exigir a instalação de software proprietário, que ainda por cima não funciona com os ambientes com os quais normalmente trabalho. Mas é uma ideia interessante, como podem ver pelo exemplo abaixo:

Ecofont

Ecofont

Velocidade do disco

Ainda sou daqueles que tem um disco duro dos antigos, daqueles que ainda rodam mecanicamente. Por isso ainda não experimentei muito os discos SSD, mas a tendência parece claramente apontar para que sejam o futuro.

Enquanto ainda tenho os discos duros que rodam a grande velocidade, vou optimizando-os. Um disco duro tem a sua zona de maior performance na parte exterior do disco, e tal pode ser claramente visualizado com recurso a um software de testes, como o HD Tune. A imagem abaixo é respeitante ao meu disco duro:

Velocidade do meu disco

Velocidade do meu disco

A parte à esquerda representa a parte externa do disco, a qual tem uma velocidade de transferência que é quase cerca do dobro da parte mais interior do disco. Como se pode ver neste documento, é aí que devem residir os dados que mais utilizamos:

Localização ideal no disco

Localização ideal no disco