Temperatura das paredes

Antes do verdadeiro regresso da Primavera, havia tido a oportunidade de registar as temperaturas em três paredes distintas cá de casa. Para isso utilizei um termómetro a infravermelhos, sendo que os resultados não me surpreenderam…

Medi a temperatura em três paredes: a parede interior da sala, a parede do corredor interno e uma parede externa no quarto mais frio…

Parede exterior

Parede exterior

Na parede externa do quarto mais frio foi observada a temperatura mais baixa, como é visível à esquerda. A temperatura de 15.3 ºC é uma temperatura fria, e por isso é necessário ligar-se por vezes o aquecimento.

Tal não quer todavia dizer que a temperatura do ar ambiente seja de 15.3 ºC, até porque as temperaturas das paredes internas são maiores. A temperatura da habitação tenderá assim para o equilíbrio das várias paredes.

Por sua vez, estas são influenciadas pelas temperaturas exteriores a essas, e como o quarto tem duas paredes exteriores, durante o Inverno tenderão a arrefecer mais depressa.

Neste contexto, a importância do isolamento e das pontes térmicas adquire uma importância significativa!

Corredor interno

Corredor interno

No corredor e hall interno, a temperatura encontrada nas paredes é muito estável. A imagem ao lado mostra-nos uma temperatura dois graus Celsius maior que a observada na parede exterior.

Da diferença de temperatura entre este espaço e os quartos já havíamos falado neste artigo. Já na altura havíamos observado uma diferença de cerca de dois graus, tal como neste exemplo.

Como referimos nesse artigo, fechando as respectivas divisões, contribuiu-se para manter o núcleo da casa mais quente no Inverno, e naturalmente mais fresco no Verão… Obviamente, neste caso as divisões fora desse núcleo sofrem um diferencial de temperaturas maior…

Parede sala

Parede sala

Finalmente, na parede da sala, a temperatura registada é ainda mais elevada. Tal acontece porque a sala é a divisão mais quente da casa. Como se pode observar à esquerda, a temperatura é quase um grau celsius superior ao do hall.

No Inverno, já relatamos aqui como o Sol faz maravilhas. Infelizmente, tal não foi o caso neste Inverno! Por isso, o aquecimento esteve mais tempo ligado. Felizmente, uma boa utilização de várias barreiras térmicas contribuiu para a minimização desse aquecimento…

O “fenómeno” Telexfree

Ontem ouvi falar pela primeira vez no Telexfree. Nem queria acreditar no que lia, neste caso no Correio da Manhã: que havia pânico para os lados da Madeira, por causa de um “esquema em pirâmide” segundo o jornal. No artigo referia-se que haveria cerca de 40000 contas apenas na Madeira, e que a dimensão do “fenómeno” preocupava as autoridades devido à sua dimensão. E segundo o site telexfree.pt, recolhido ontem, na Madeira estarão a ser movimentados 55 milhões de euros:

Site telexfree.pt em 2014-04-16

Site telexfree.pt em 2014-04-16

Fui procurar um pouco mais sobre o “fenómeno”, e uma das primeiras coisas que descobri foi que o Telexfree deve ir ainda este ano a julgamento no Brasil. O Telexfree parecia anunciar um serviço de VoIP, conforme se pode ver pela sua página na Internet, guardada no arquivo da Internet. O site verdadeiro, desconfio que nunca mais voltará a funcionar…

Mas como há muita gente que pensa que se pode enriquecer facilmente, parece que ele durou uns inacreditáveis dois anos e dois meses. Aliás, este site Tenho Dívidas está cheio de informação sobre o Telexfree, e vários outros sistemas semelhantes…

Esta semana, a empresa que geria o Telexfree ficou em apuros. O que se passa exactamente não parece ser muito claro…

Mas o que se passa na Madeira é verdadeiramente preocupante. Basta ler algumas notícias para perceber a dimensão do problema. Ler as centenas de comentários é ainda mais educativo. O “fenómeno” parece ser tão expressivo, que até há artigos sobre a “sociedade multinivel”, o qual referencia até Alberto João Jardim, que há dias referia que “A agricultura constituiu, permitam-me a comparação, uma espécie de Telexfree neste tempo de crise”…

Enfim, andam por aí muitas coisas deste género. Umas mais escandalosas de que outras. Promessas de dinheiro fácil, algo que todos deveríamos saber que não é bem assim!

Velocímetro vs. GPS vs. OBD-II

Uma das primeiras experiências que fiz logo que consegui o meu adaptador para OBD-II foi comparar as diferentes velocidades a que um carro circula. Já sabia que o velocímetro do carro mentia no bom sentido, mas não sabia se o carro sabia.

No vídeo abaixo, é possível visualizar a diferença de velocidades entre o velocímetro, o GPS e o computador de bordo, com estas duas últimas dadas pela app Torque. Note-se como a velocidade do velocímetro é constantemente superior à real. Na verdade, a velocidade dada pelo velocímetro, neste caso, é cerca de 4% superior à dada pelo GPS, medida desde os 80 Km/h até aos 140 Km/h. A velocidade dada pelo computador de bordo, através do interface OBD-II, é normalmente um pouco inferior à do sistema GPS, sendo a velocidade real até 6% superior.

A razão para esta diferença é bem conhecida. Os fabricantes são obrigados a introduzir, de propósito, um erro na velocidade indicada pelo velocímetro. O objectivo é que nunca seja apanhado em excesso de velocidade, por causa do velocímetro. Ou seja, ele nunca servirá de desculpa perante as autoridades…

A velocidade indicada pelo velocímetro deverá ser sempre superior à velocidade real, até um máximo de 10% a 4 Km/h. Tal quer dizer que se circular a uma velocidade verdadeira de 100Km/h, o seu velocímetro indicará entre 100 Km/h e 114 Km/h. Como podem ver, o meu está bem dentro desse limite…

Vídeos do Torque + Track Recorder

Na semana passada referenciava como ainda não havia conseguido retirar os vídeos feitos no meu telemóvel com o Torque e o Track Recorder. Entretanto, resolvi o problema, que fica relatado nesta página, em inglês, para que muitos outros que se queixam, possam ultrapassar o problema.

O vídeo visível abaixo foi registado na A8, no regresso a Lisboa, pouco antes da estação de serviço próxima de Montachique. O vídeo evidencia o comportamento de alguns dos parâmetros do automóvel durante a descida, neste caso com o motor engatado.

Como havíamos descrito no artigo do engatado vs. ponto morto, o consumo numa descida com o motor engatado é nulo. Mas vai-se perdendo gradualmente velocidade, sendo que volto a acelerar quando a velocidade desce dos 100 Km/h…

Esta é uma primeira experiência, mas mais se seguirão. Para testar várias teorias… Procurarei melhorar também a qualidade do vídeo…

O computador tem sempre razão?

Conforme referi neste artigo, o Continente não me aceitou um dos talões que me havia dado, há umas semanas. Perante a minha queixa, a máxima de que “o cliente tem sempre razão”, transformou-se numa de “o computador é que tem razão”, quer na caixa, quer no Atendimento ao Cliente!

Quando uma semana depois voltei ao Atendimento ao Cliente, com as provas que havia apresentado no artigo anterior, manteve-se a máxima de que “o computador é que tem razão”. Mesmo quando a pessoa que me atendeu ligou a alguém, a máxima anterior manteve-se!

Quiseram-me ficar com o talão, para tentarem resolver o problema. Mas eu não larguei as minhas preciosas provas! Lá fizeram então uma fotocópia…

A semana passada recebi o SMS seguinte:

SMS que recebi do Continente

SMS que recebi do Continente

Afinal, o computador nem sempre tem razão, pelo menos o do Continente. Como é fácil de perceber, a questão nem sequer são os 96 cêntimos que recuperei, até porque perdi muito tempo com isto. Talvez sirva para o Continente afinar os seus sistemas informáticos, até porque verifiquei várias queixas semelhantes no Facebook. E serve igualmente para outras situações em que nos dizem que o computador tem sempre razão, como a que agora estou envolvida com a GALP, por causa de um talão emitido no mesmo dia… Vamos lá ver como corre este!

Bilhetes mais baratos de avião

bilhetes ryanairPor esta altura, Claudio Piga deve estar a iniciar uma comunicação sobre a forma como as companhias aéreas, mais concretamente a Ryanair, gerem os preços dos bilhetes ao longo do tempo.

A referência a esta apresentação vi-a inicialmente neste artigo, onde se explicam algumas das dicas para comprar bilhetes mais baratos na Ryanair:

  • Reservar 10 dias antes de voar
  • Quem reserva sete semanas antes de voar, paga mais
  • Tarifas sobem entre 50% e 75% nos últimos dias antes da partida
  • Last-minute não funciona nas low-cost
  • Cada vez que é vendido um lugar, os preços sobem em média 3%

É claro que a Ryanair vai negar isto tudo, e alterar a fórmula de cálculo só para baralhar. É normal que o façam. Até acredito que a partir de agora, os preços vão ser mais caros exactamente 10 dias antes do voo, só para contrariar.

Riga tem antecedentes de estudo desta matéria. Mas há mais estudos recentes neste domínio!

Segundo um estudo do site CheapAir, a melhor altura para comprar um bilhete é 54 dias, sete semanas e meia, antes de voar. Segundo o gráfico que eles publicam, e que reproduzimos abaixo, baseado na análise a mais de 4 milhões de voos nos Estados Unidos em 2013, os preços começam a cair cerca de sete meses e meio antes da viagem, para depois subirem significativamente nos últimos dias:

Evolução preços segundo CheapAir

Evolução preços segundo CheapAir

O site do Reino Unido, Skyscanner, chegou à conclusão que a melhor altura para comprar um bilhete lowcost é cinco semanas antes do voo, mas de seis semanas para outras companhias. Também referem que Janeiro é o mês mais barato para voar, mais especificamente na terceira semana do mês, com voos 13% mais baratos ainda! Avançam ainda com a altura exacta para marcar voos para determinados destinos. Portugal, e sobretudo a Grécia, não precisam de ser marcados com muita antecedência. Oferecem também um gráfico para a evolução dos preços ao longo do tempo:

ehicer

Gráfico do Skyscanner