Horas de sol

Não falta muito para o horário de Verão se instalar. Já sentimos também na semana passada mais umas horas de Sol, o que depois de tantas semanas de nuvens e chuva, me pareceu uma mudança muito substancial na duração do dia.

No outro dia deparei-me com o site gaisma.com, o qual nos dá uma representação muito interessante da duração dos dias ao longo do ano. Como podem ver na imagem abaixo, que foi anotada para facilitar a leitura, a mudança da hora “alisa” o nascer do Sol ao longo do ano, à custa do prolongamento da tarde pela noite, no Verão.

O gráfico é para Lisboa, com o resto do País a registar uma evolução semelhante. Muito interessante é olhar no site como outras zonas do globo têm comportamentos muito distintos, consoante a maior proximidade do Equador ou dos Polos…

Horas de Sol em Lisboa

Horas de Sol em Lisboa

Testes numéricos

cerebroJá vi muitos testes de inteligência na Internet, a prometer revelar o QI, e outras coisas que tal. Já me senti tentado a responder a uns quantos, mas sempre fiquei ciente que o objectivo de tais sites era no mínimo duvidoso. E nunca me fascinaram verdadeiramente, porque não representam necessariamente o conhecimento prático que deveria ser testado.

No outro dia, tropecei nesta notícia sobre os maus resultados dos Ingleses na matemática. O problema, como imaginam, não é um exclusivo deles. Mas eles referem que essa incapacidade para a Matemática está a custar à economia inglesa um valor de 20 biliões de libras anuais!

Depois de verificar que as perguntas eram concebidas para testar a utilização da matemática no nosso dia a dia, resolvi investir 20 minutos do meu tempo no questionário. Exige o conhecimento de Inglês, mas o questionário é muito bom! Faz-nos perguntas sobre receitas, sobre compras, transportes, e até bricolage!

O teste não é particularmente difícil, e eu fiquei muito contente com os meus resultados. Para quem se despistar, e orientado naturalmente para os Ingleses, há uma possibilidade de aprendizagem, podendo-se depois repetir o teste. Que bom seria fazer-se isto também em Portugal!

Se o leitor quiser, deixe-nos os seus resultados e comentários abaixo. E, já agora, sites similares?

Mexidas no preço da electricidade

Para onde vai, afinal?

Para onde vai, afinal?

A ERSE tem que trimestralmente definir quais os preços da electricidade no Mercado Regulado. Como vimos neste artigo, normalmente aplica um fator de agravamente, que muitas vezes é confundida com o conceito de “multa”. Na verdade o que tem acontecido é a ERSE aumentar as tarifas do mercado regulado, as quais são automaticamente repercutidas no mercado liberalizado

Nos próximos dias a ERSE vai estipular o que vai acontecer a seguir. O Governo já deu o mote, com um Secretário de Estado a dizer mesmo que o “aumento de preço da electricidade pode ser benéfico“. Mais recentemente o Ministro Moreira da Silva foi mais longe ao dizer que o preço da electricidade não desce até 2020… Para que é preciso um órgão regulador autónomo, quando a mensagem é tão clara?

O problema é que a ERSE arranja uns argumentos para justificar a subida que se estão a deixar de aplicar! Já havíamos referenciado que as contas de diminuição de consumo, o segundo factor mais importante da ERSE a justificar a subida de preços, estavam erradas. Tais conclusões são ainda mais reforçadas com o comportamente de consumo de Janeiro e Fevereiro. O factor número um, os custos de produção de energia elétrica, que a ERSE associa aos preços da energia primária nos mercados internacionais, também tem estado bem abaixo nos últimos quatro meses. E outros factores que contribuem para a subida, como a da quebra no preço do mercado das licenças de emissão de CO2, até já viu o seu problema de parêntsis corrigido!

Tendo por base a própria argumentação passada da ERSE, seria evidente que a ERSE determinasse uma diminuição no preço da electricidade. Uma regulação isenta certamente tomaria essa decisão. Mas não vai certamente acontecer…

Micro-ondas em segurança

Muitas vezes equacionamos a segurança dum micro-ondas, sobretudo daquilo que lá devemos colocar, e quanto tempo devemos aquecer a comida.

O infográfico produzido pela StateFarm, do qual evidenciamos um pouco na imagem abaixo, dá-nos pistas interessantes sobre alguns cuidados a ter com o micro-ondas. Uma das dicas mais interessantes é de como saber, na dúvida, se um recipiente é ou não indicado para o micro-ondas:

  1. Colocar um recipiente adequado com água
  2. Colocar o recipiente a testar, juntamente com o da água, dentro do micro-ondas
  3. Aquecer no micro-ondas durante um minuto
  4. Se o recipiente a testar estiver quente, então não é apropriado para micro-ondas…

Como é óbvio, não devem testar aqueles que se sabe serem à partida inadequados para micro-ondas, nomeadamente objectos metálicos. Mas esta e outra informação está disponível no resto do infográfico.

Perigos num micro-ondas

Perigos num micro-ondas

Temperaturas e electricidade

Há um mês, li várias referências a que o mês de Janeiro passado havia sido o terceiro Janeiro mais quente desde 1931.

Fiquei perturbado com a notícia! Tenho experimentado o que para mim é um Inverno frio! Perguntei a muita gente como achavam que tinham sido as temperaturas de Janeiro? A resposta quase unânime foi a de que tinha sido um mês mais frio que o habitual. Só uma pessoa, o Álvaro, admitiu que tinha sido mais quente!

Ao explorar no outro dia o site do IPMA percebi o que se passava. As temperaturas máximas, isto é, aquelas que percepcionamos durante o dia, foram normais, ou até abaixo do normal, na zona de Lisboa. O que foi mais quente foram as temperaturas mínimas. As três imagens abaixo, retiradas daqui, da esquerda para a direita, evidenciam respectivamente as temperaturas mínimas, médias e máximas.

Mínimas Janeiro 2014

Mínimas Janeiro 2014

Média

Média Janeiro 2014

Máxima

Máximas Janeiro 2014

Mas o que tem tudo isto a ver com a poupança, dirão? É que na investigação que tenho vindo a efectuar dos preços muito elevados da electricidade em Portugal, tenho tropeçado várias vezes no factor temperatura. Basta ver por exemplo o que diz o relatório da REN do mês de Janeiro:

  • Em janeiro o consumo de energia elétrica manteve a tendência de crescimento, com uma variação homóloga positiva de 2.2%. As temperaturas relativamente elevadas não tiveram efeito significativo dado que há um ano se tinham também situado acima da média. Com correção dos efeitos de temperatura e dias úteis a evolução situa-se em +1.5%.
    Na ausência de períodos com temperaturas muito baixas, a potência máxima solicitada à rede situou-se em 8085 MW, cerca de 100 MW abaixo da verificada no mesmo mês do ano anterior..

Este tema continua confuso para mim. Mas vou investigar mais para perceber como é que os desvios das temperaturas são utilizados para categorizar os consumos de electricidade, e como depois a ERSE pega nisto tudo, e aumenta sempre o preço da electricidade!

A matemática da perda de peso

Já aqui falamos do criticismo a muitas TED talks. Mas, no exemplo do vídeo abaixo, o físico Ruben Meerman dá-nos uma visão muito interessante da matemática de perder peso.

Ruben teve um problema de peso, e resolveu-o. E mostra até um gráfico catita, com uma regressão linear e tudo! Daí, Ruben lança-nos o desafio da pergunta: para onde vai o peso perdido?

Parte da resposta já a havíamos dado no artigo em que abordamos a perda de peso durante a noite. Ruben dá-nos uma visão mais completa, envolvendo a fórmula química associada à queima das nossas gorduras:

C55H104O6 + 78 O2 -> 55 CO2 + 52 H20 + energia

A fórmula da gordura parece ser mesmo C55H104O6! Quando se combina com oxigénio, resulta dióxido de carbono e água. E também energia!