CGD cobra transferências interbancárias na Internet

Sou cliente da CGD, bem como de outros bancos nacionais. Descobri ontem que a CGD resolveu começar a cobrar umas taxas por cada transferência interbancária. Lá aparece a comissão de 50 cêntimos, mais 2 cêntimos de imposto de selo! Está documentado no preçário deles.

Aqui há uns anos, incentivaram-nos a passar para a Internet, porque eles reduziam os custos nas agências, e nós fazíamos a gestão mais rapidamente. Agora, com isto, vamo-nos adaptar ao Mundo Novo, que é um regresso aos velhos tempos!

Pelo que se percebe pelas notícias de há uns dias, a CGD avança com esta medida certamente para tapar os buracos que existem neste Banco do Estado. O BCP e Santander Totta já se haviam tornado pioneiros nesta extorsão, cobrando pelo menos o dobro da CGD… Felizmente, o BPI e BES ainda não cobram, mas por quanto tempo?

Nos próximos tempos, vou fazer mais transferências pelo Multibanco, que ainda são gratuitas. Uma verdadeira regressão no tempo! Daquelas coisas que ninguém tem saudades…

E, os leitores, o que vão fazer?

Pequenos prémios do Euromilhões

Se o leitor joga frequentemente no Euromilhões, já lhe terá saído talvez um premiozinho. Mas deve ter ficado desiludido quando o recebeu.

Quando aqui há uns tempos olhava para os resultados de um sorteio em particular, ficou claro para mim, que ainda havia bastantes prémios, mas de valor muito baixo. A lembrar a táctica da raspadinha.

Depois, meti mãos à obra. Queria saber como tinha sido a evolução dos pequenos prémios ao longo dos tempos. O resutado é este gráfico abaixo, com o eixo dos yy a representar o valor do prémio em euros:

Valores dos pequenos prémios do Euromilhões nos últimos anos

Valores dos pequenos prémios do Euromilhões nos últimos anos

Da análise do gráfico percebe-se que mesmo acertando em 4 do total das 7 bolas que saem, vai ficar no máximo com umas dezenas de euros. E note que se acertar 4, só não acerta em 3! Tão perto, não?

Acertar apenas em 2 números dá direito a no máximo 5 euros. E a alteração das regras que em 2011 permitiram o começo da atribuição deste prémio foi à custa dos prémios maiores, como fica imediatamente claro no gráfico.

Por isso, considere bem quando joga. Mesmo que acerte em quatro números, o que é já de si particularmente difícil, não vai ganhar grande coisa. Ganhará um prémio certamente melhor se colocar o dinheiro num mealheiro e o abrir daqui a uns tempos!

Lâmpadas economizadoras não duram nada

Lâmpada economizadora

Lâmpada economizadora

Esta semana, num espaço de dois dias, avariaram três lâmpadas economizadoras cá em casa, que haviam sido compradas e colocadas ao mesmo tempo! O que contraria completamente as especificações da sua duração, nomeadamente com os dados que havíamos revelado neste artigo. Na melhor das hipóteses, não duraram mais de 2000 horas, ao nível daquelas lâmpadas incandescentes antigas, que entretanto foram banidas… E o facto de terem avariado tão próximas umas das outras é igualmente muito suspeito!

Em conversa com um vizinho, também esta semana, ele queixou-se que também lhe avariou recentemente uma, mas que essa apenas durou cerca de 1000 horas. É que ele, ao contrário de nós, tomou mesmo nota de quando a comprou. Como estava na casa de banho, e sabe quanto tempo lá passa, pode calcular essa duração com bastante precisão!

Nem de propósito, fui recuperar uma notícia que tinha lido há uns tempos, sobre um estudo da Which?, que confirma a sensação que todos nós consumidores temos: que as lâmpadas não duram o prometido pelos fabricantes.

O estudo versou essencialmente as lâmpadas LED, tendo sido testadas 46 tipos de lâmpadas. Mais de 25% das lâmpadas não atingiram as 15000 horas, apesar de anúncios de duração de 25000 ou mais horas. Algumas nem sequer chegaram a atingir um mínimo de 6000 horas, segundo os novos regulamentos Europeus, que entram em vigor a 1 de Março.

Segundo a Which?, as lâmpadas que se portaram pior foram as do IKEA e Technical Consumer Products (TCP). Todas elas custam uma pequena fortuna, e se eu já estava relutante em comprá-las, agora acho que vou esperar mais um bom bocado…

E, os leitores, têm tido durações menores que as prometidas?

Desaparecimento da fuga de água!

Há uns dias, havíamos detectado uma fuga de água no condomínio. Na altura, verifiquei como era possível que uma pequena fuga de água resultasse num grande volume de água. Posteriormente, verificamos como essa pequena fuga de água era susceptível de ser observada no contador da água.

Simultaneamente, começamos a medir a quantidade de água que pingava nas escadas. Algumas vezes ao dia, pegava no medidor de volumes e media a quantidade de água que pingava. E aí verificamos uma situação deveras interessante: pingava muita mais água que aquela que a fuga do contador indicava! Ou seja, aparentemente havia mais que uma fuga!

Na verdade, a fuga do vizinho era de cerca de 60 ml/dia, enquanto na altura estavamos a medir volumes superiores a 2 litros por dia!

Enquanto eu chegava a esta conclusão, o vizinho também investigava. O vizinho acabou por descobrir a fuga dentro de casa, e depois de a resolver, voltamos a investigar o contador. Agora sim, permanecia estático! A fuga das escadas nada tinha a ver com o vizinho…

Entretanto, começamos a reparar que a quantidade de água que pingava começava a diminuir. Ao princípio, aconteceu lentamente. Depois começou a acelerar. Metendo os valores na folha de cálculo, determinamos que o pingar iria acabar proximamente. E assim aconteceu, conforme podem ver na imagem abaixo, que dá uma indicação do volume de água que saía em função do tempo.

Nesta fase, as dúvidas continuam. Não tivemos que partir paredes para descobrir a fuga. Não se gastou dinheiro inútil. Mas sabemos que temos um problema, e a hipótese mais provável é que estará associada a infiltrações. Mais investigação vai ser necessária!

Registos de uma fuga de água

Registos de uma fuga de água

Vantagens da condução sem travagens

Depois de vários artigos a falar sobre a condução sem travões, este artigo faz um balanço, nomeadamente das vantagens e desvantagens deste estilo de condução.

Ao conduzirmos sem travar, não estamos a desperdiçar a energia potencial que adquirimos. Estamos a conservar o momentum adquirido com a aceleração anteriormente efectuada. Quando travamos, essa energia potencial perde-se. Em carros híbridos, essa energia é parcialmente armazenada em baterias. Ao utilizarmos este estilo de condução estamos assim a conseguir as vantagens desses automóveis híbridos, sem termos que andar a passear as suas pesadas baterias!

Ao não utilizarmos os travões, estamos também a poupá-los de um maior desgaste.

Quando conduzimos concentrados em não travar, a velocidade média tende a ser menor. Tal traduz-se naturalmente em poupanças de combustível, pois para além de se pisar menos o travão, também se pisa menos o acelerador! Naturalmente, também a redução da velocidade média aumenta a segurança.

Ao seguirmos este estilo de condução, não nos colamos tanto ao veículo da frente. Tal representa também um aumento da segurança.

Ao evitarmos as travagens, tendo a pensar que estamos também a contribuir para que o enjoo a bordo tenda a ser menor. Mas esta dou de barato, pois uma das críticas à minha condução é que é muito enjoativa…

Em termos de desvantagens, os aceleras não gostarão muito dela. É verdade que se perde algum tempo, especialmente quando se tem de abrandar e deixar maiores espaços à nossa frente. Os Portugueses adoram preencher esses espaços vazios!

É igualmente uma condução com maior exigência intelectual, e logo porventura mais cansativa. Todavia, no meu caso, tende a ser um factor de concentração.

Medindo uma fuga de água no contador

A semana passada falamos da nossa experiência da fuga de água. Tudo a propósito duma fuga de água que detectamos na parte comum do condomínio.

Em vez de partir a parede à procura da fuga, entendemos analisar melhor o problema. Sugeri que os contadores deveriam ser suficientemente precisos para poder detectar a fuga que se verificasse, isto claro se a fuga não fosse na coluna de água do prédio.

Para validar esta hipótese, coloquei uma câmara no meu contador, enquanto fazia a experiência com a fuga simulada na cozinha. E o que verifiquei, através de fotografias, era que o contador se mexia, embora tão lentamente que era impossível detectá-lo ao olho humano.

Por isso, voltei às filmagens. Como podem ver no vídeo abaixo, acelerado na parte do contador 16x, a parte central do contador mexe-se claramente, bem como o ponteiro vermelho à direita.

Depois de validar a hipótese, foi uma questão de filmar os contadores mais prováveis. Começamos pelo piso mais provável. Um dos contadores era diferente do do vídeo, mas também muito sensível. Dois dos contadores mantiveram-se imóveis, mas o outro mexeu-se lentamente! Passou, por isso, a ser o candidato à fuga. Mais uns testes vão ser efectuados, mas a perspectiva agora é partir muito menos parede!