122º rolo: o do lado da folha no rolo de papel higiénico e da melhoria da rede de dados doméstica

Podcast do Poupar Melhor

Esta semana o A.Sousa descobriu quem se preocupasse com o lado de que deve ficar a folha solta do papel higiénico quando se coloca o rolo no suporte, uma daquelas coisas que preocupam a humanidade e arredores.

Terminámos a falar sobre como podemos melhorar a rede de dados doméstica, mas com a notícia que possivelmente não temos autorização para mudar a nossa própria rede por não sermos técnicos.

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Wearables, iCoisas e outras coisas que nos podem fazer perder muito tempo e abdicar de alguns direitos

Wearable computer evolution

Wearable computer evolution

Já tinha dito ali no outro site o que achava pessoalmente dos Wearables, relógios e coisos. Muitos destes equipamentos dependem de delegarmos a responsabilidade da guarda da informação que recolhem em sistemas na chamada Cloud. Os Wearables não são apenas relógios e óculos. São eletrónica enfiada na nossa roupa, chaveiros, mesmo debaixo da nossa pele ou num cartão com um chip identificador por rádio frequência.

A não ser que sejam um maluquinho da tecnologia, um Geek, como eu, tenho pena do vosso amigo que percebe de computadores quando comprarem um destes gadgets. Vai passar muitas horas a explicar-vos porque é que o Facebook e o Google ficaram a saber que vocês tinham dormido menos esta semana.

Sabem aquele problema no vosso computador quando estão a tentar enviar aquele email que fica encravado no Outbox? Sabem aquela aplicação de video que encrava tudo e o computador fica congelado? E aqueles dados que pensavam ter guardado, mas que desapareceram sem deixar rasto? Conhecem estes problemas? Vão passar a andar com eles agarrados ao corpo porque se estão a pensar comprar uma coisa destas, um computador é o que vão agarrar ao corpo.

Vamos por um momento ignorar que esta Cloud é na realidade um computador a correr num sitio qualquer com uma legislação que pode nem ser compatível com a nossa em paradigmas de sociedade que nem compreendemos. Esta ação redunda sempre numa transferência de poder do utilizador para o prestador desequilibrando a balança para o lado de quem ainda hoje presta mau serviço com a desculpa que as regras de quem compra são muito complexas.

Vamos por um momento esquecer que os nossos telemóveis já fazem hoje muito mais do que gostaríamos que fizesse sem muitas vezes termos forma de nos vermos livres disso sem ficarmos sem telemóvel.

Vamos por um momento ignorar que as nossas televisões também já fazem uso de informação que nem nos apercebemos que fazia. Que permitirmos aos fabricantes aceder a essa informação para “melhorarem o produto”. Que o produto nunca irá mudar por ser fisico. Que as “funcionalidades para melhorar a experiência” que nos oferecem podem colocar-nos numa situação mesmo muito difícil com as autoridades porque os nossos equipamentos podem ser utilizados para lançar um ataque informático que não irá deixar qualquer rasto para nos defendermos. Que estas coisas só acontecem porque se fosse garantido que teríamos registo para nos ilibar, também teríamos um para provar o que os fabricantes fazem com os nossos equipamentos que não estão muito interessados que saibamos.

Vamos por um momento esquecer que se não aceitarmos as condições de uso que nos são apresentadas apenas após a compra do produto, o produto deixa de funcionar. Que a publicidade ao produto nada indica sobre quais as funcionalidades que deixam de funcionar se não aceitarmos o End Users Licence Agreement”.

Vamos apenas pensar na questão do esforço contra o resultado. Muitos destes gadgets definham do mesmo mal: Consumo de energia. Todos os estes equipamentos necessitam de muita energia para funcionar. Esta energia tem de lá ser metida de alguma forma. Vamos ter de delegar no equipamento alguma função ou poderá ser apenas um algo redundante. Vamos ter de configurar e gerir os vários softwares que existem no equipamento. O equipamento é extremamente dependente do funcionamento deste software.

Google Contributor

Google Contributor

Google Contributor

Google volta a inovar naquilo que é a tentativa de manter os nossos sites preferidos online sem publicidade: O Google Contributor.

Já tínhamos ganho bastante com os resultados de pesquisa do Google que não dependem da nossa capacidade de pagar, mas do qualidade dos nossos conteúdos, conforme classificação recolhida dos links para esses conteúdos. Já tínhamos aqui no Poupar Melhor juntado o Ad Sense para sustentar os custos do nosso site. Agora podemos vir a ter uma forma de receber o dinheiro como um pagamento mensal. Os interessados podem escolher pagar um valor fixo mensal, que pode ser entre 1€ e 3€ e depois esse dinheiro é partilhado pela Google com o site da nossa escolha.

Isto parece-me um bom começo para termos mais conteúdo de qualidade durante mais tempo. A informação ainda é pouca, mas se for mesmo como dizem, podemos vir a aderir e assim abdicar dos anúncios que colocámos no nosso site.

121º táxi: o do truque para apanhar táxi nas partidas e da volta das chegadas à saída do aeroporto de Lisboa

Podcast do Poupar Melhor

Esta semana divertimos-nos com um segredo que sempre soubemos e nunca nos tínhamos lembrado de publicar. Discutimos também a forma como o Aeroporto tinha mudado os cais de desembarque dos autocarros de transporte de passageiros no que parece ser uma manobra para alterar a percepção destes passageiros em relação ao tempo de espera pelas bagagens.

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Compilar o Servidor Minecraft MCServer no Raspberry Pi

MCserver

MCserver

Cá em casa o Raspberry Pi (RPi) está sempre ligado para servir os seus vários propósitos. Isso levou-me a pensar numa forma de usar o RPi para manter um servidor de Minecraft. A ideia já não era nova. Já tinha pensado nela quando jogávamos Minecraft PE.

Encontrei na internet quem já se tivesse entretido com isto, e melhor. Alguém tinha preparado um servidor Minecraft totalmente em C++. A diferença entre o C++ e o Java é essencialmente que enquanto o primeiro foi feito para ser escrito uma vez e compilado em qualquer plataforma, o segundo foi feito para ser altamente portátil e poder correr em qualquer máquina. A grande vantagem de compilarmos na máquina em que vamos executar é que podemos obter ganhos de performance uma vez que o código é otimizado.

Tendo a performance como objetivo, pareceu-me que a opção de compilar o meu executável do C++ no RPi poderia valer a pena.

As instruções de compilação do MCserver no site são simples:

  1. Abrir um terminal para o vosso RPi (ssh ip-do-rpi);
  2. Autenticarem-se;
  3. Instalar as ferramentas de obtenção e compilação do código: sudo apt-get install clang git cmake build-essential;
  4. Obter o código da última versão:
    1. git clone https://github.com/mc-server/MCServer.git
      git submodule init
      git submodule update
  5. Preparar os ficheiros e compilar o servidor:
    1. cmake . -DCMAKE_BUILD_TYPE=RELEASE
      make .

No site as instruções dizem-nos para gerar os compilados com a opção -j 2 ao make, mas na minha experiência não acontecia nada com este argumento. O argumento j indica quantas tarefas podem ser feitas de cada vez, o que no caso do RPi parece ser apenas 1, tornando o argumento desnecessário.

No site do MCserver avisa que o processo de compilação no RPi vai demorar muito tempo, o que é verdade. No meu caso o RPi demorou mais de meia hora para atingir os 50% do processo de compilação. Passadas 2 horas e 51 minutos havia um executável pronto a testar no diretório MCserver.

O sistema aparenta funcionar como um servidor normal. Depois de arrancar cria as pastas que não encontrou e inicia um mundo com uma configuração por defeito. A documentação sobre a configuração pode ser encontrada numa Wiki e há também um forum para quem desenvolve.

Depois de lançar o servidor é disponibilizada uma página para administração no port :8080 do endereço do servidor. Aqui vão poder configurar as permissões dos visitantes ou iniciar modificações ao jogo, tal como fariam com um mod/plugin de Minecraft.

Para juntar os camaradas de aventura só têm de lhes dar o endereço do servidor, mas até que tenha sido feita uma verificação de segurança, não aconselho a disponibilizarem o servidor na Internet, isto é, a outras pessoas que estejam fora da vossa rede doméstica.

Minecraft server no Raspberry Pi

MC-Server - Servidor Minecraft em C++

MC-Server – Servidor Minecraft em C++

Isto vai de mal a pior. Já não jogo ao Minecraft com os miúdos, mas dedico-me a ler como fazer para lhes manter um servidor sempre ligado onde possam ter as suas aventuras e talvez um dia me juntarei, como fazia com o Minecraft PE.

O A.Sousa já me tinha contado como o Minecraft usava os recursos de forma pouco inteligente. Partindo do principio que esses recursos eram em parte consumidos para gerir o mundo onde as aventuras aconteciam, retirar o peso ao computador de gerir esse mundo seria a uma das formas de partilhar uma parte da carga com outra máquina.

O Raspberry Pi tem uma versão reduzida de Minecraft. Infelizmente esta versão não é compatível com as versões que correm nos computadores das crianças.

Procurando na internet, foi possível descobrir como correr o jogo como servidor. No How to geek podem ver como montar um RPi dedicado para o Minecraft, mas implica colocar o RPi em overclock, uma técnica que permite acelerar a velocidade de processamento, mas pode levar a que o sistema danifique o cartão de dados onde correm o sistema operativo.

De acordo com as instruções, vão ter de instalar o Java no RPi. Se como têm o vosso RPi a fazer de centro multimédia, servidor de ficheiros e TimeCapsule, a perspetiva de ter de fazer overclocking e ainda por cima juntar-lhe o Java não é nada animadora.

Encontrei uma solução que passa por instalar o MCServe, uma versão do servidor de minecraft em C++. A grande diferença entre ser Java ou C++ é que o Java pode ser corrido em qualquer máquina ou configuração, o que não pode ser tão otimizado, enquanto o C++ é suposto depois de escrever para uma máquina poder ser compilado em qualquer outra máquina, com algumas restrições. Também é dito que, compilando o C++ na própria máquina, o resultado pode chegar a otimizações de quase o dobro da eficiência, logo, mais rápido.

O MCServer é fácil de instalar, mas exige alguns conhecimentos de instalação e configuração de sistemas Linux. A minha tentativa foi feita obtendo a versão mais recente e compilando-a. Neste momento ainda corre no RPi ao lado do XBMC, da partilha de ficheiros e do TimeCapsule, mas as crianças reportam que há vezes que caem para o fundo do mundo e morrem e outras em que têm dificuldade em colocar blocos na construção se não moverem o boneco.