Portátil Magalhães
Isto de jogar Minecraft está a tornar-se um vicio sério. Agora descobrimos cá em casa que a versão dos tablets que andávamos a jogar não dava tantas possibilidades para a aventura como a versão do computador.
Não faltou muito para que as crianças me enchessem o juízo até terem todas as possibilidades que os bloquinhos lhes podiam dar. A versão de computador permite ligarem-se a servidores com modificações ao jogo original. Essas modificações estão para além de meras mudanças cosméticas. Minijogos, jogador contra jogador, aventuras do tipo fuga da prisão ou ilhas mágicas no ar são algumas das possibilidades que as modificações do Minecraft dão aos seus jogadores.
A possibilidade de jogarem os dois miúdos aqui em casa estava por isso resumida aos computadores cá de casa, que não são propriamente conhecidos por serem o mais recente que o mercado tem para oferecer. Em contrapartida, o mais velho foi agraciado em tempos com um portátil Magalhães.
Só que este jogo, embora tenha o que aparentam ser um conjunto de gráficos com renderização de baixo custo para o processamento, é na realidade um problema. O jogo corre em Java, já de si um ambiente exigente e sem sinais de melhoras, mas o seu código não é propriamente conhecido por estar otimizado.
O computador Magalhães vem de origem com apenas um gigabyte de memória e por isso o primeiro passo foi substituir-lhe a memória por uma de 2 gigabytes. Em termos de processador, a capacidade do Magalhães 2 está hoje ao nível de um tablet com um processador Atom a 1,6 Mhz e a placa gráfica aparentemente não cumpre a norma Open GL 2.0, o que só virá a complicar isto tudo dentro de algum tempo. Até lá, tinha de conseguir por o Minecraft a funcionar no Magalhães.
Uma pesquisa rápida no Google apontou-me para uma solução que, embora tenha resolvido o problema em parte, ainda não permite jogar com uma animação fluída. A solução encontrada foi instalar o Optifine, uma modificação aos ecrãs de configuração do Minecraft que permite desligar uma série de pequenos nadas que só tornam o jogo mais lento.
O Optifine, entre outras coisas, apresenta opções de configuração explicadas para remover a animação da água, as partículas como chuva ou nevoeiro e isso permitiu que o jogo pudesse ser jogado no Magalhães. A animação é gerada com poucas imagens por segundo, mas funciona. Aparentemente em casa do A.Sousa também há pequenos viciados e o A.Sousa já experimentou outras soluções que terão agora também de ser exploradas no portátil Magalhães.
Segundo o A.Sousa, um dos problemas do Minecraft é estar sempre a ler e escrever para o mesmo ficheiro em disco, uma operação tipicamente lenta nos discos rígidos derivado da sua velocidade de leitura e escrita, mas também porque nem todos temos dinheiro para os substituir por discos SSD. Havendo memória disponível, seria muito mais inteligente o jogo carregar o tal ficheiro para a memória e guardá-lo em disco rígido só no final.
A solução em Windows para esta situação passa por utilizar um gestor de ram disk ou ram drive. Vamos experimentar. Sempre deve ser mais barato que substituir o disco rígido por um disco SSD.