Soluções simples

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Todos os dias nos deparamos com pequenos problemas que nos roubam muito tempo. O mundo não é prefeito… A vida é difícil para todos… Mas nem todos nos deixamos derrotar pelas pequenas irritações do dia a dia.

Na imagem o que vêem é a colher do molho numa churrasqueira. A colher é colocada dentro da couvet com o molho, mas escorrega, tornando-se mais difícil pegar sem tocar no molho ou na couvet.

As pessoas que trabalham nesta churrasqueira pegaram numa cinta de plástico e resolveram o problema delas. Agora a colher não escorrega para dentro da couvet e o molho não escorre para lá da cinta de plástico.

Aposto que no vosso dia a dia também resolveram algumas das pequenas coisas que vos roubavam um bocadinho da paciência, um bocadinho de cada vez. Uma solução simples e barata como é esta deve ser partilhada para inspirar outros a procurar soluções para os seus pequenos problemas.

Fracking: o debate


Queremos que participem comigo e com o A.Sousa no que pode ser ou não uma solução para o problema da energia fóssil para a todos nós. Portugal tem um problema de recursos fosseis, isso nem está a discussão. A possibilidade de obter no nosso próprio combustível fóssil no nosso próprio território seria melhor que haver petróleo no Beato.

Já não seria a primeira vez que se faria uma relação entre as coisas que são boas na sociedade, como seja o emprego e a natalidade, e o consumo de energia. Aqui queremos apenas que pensem como poderíamos ter acesso ao nosso próprio combustível fóssil e com isso fazer um manguito aos países que nos têm estrangulado durante estes anos todos após o 25 de abril com as birras, invasões e cartéis do petróleo.

Por outro lado, a ameaça de um sapateiro feito geólogo lixar os recursos naturais de todos em torno dos buracos que alguém faça no chão, fazendo ruir o chão por baixo da nossa casa ou soltando gases que não previu, é uma ameaça constante. Mexer nos solos, fraturando a rocha por baixo do terreno onde pisamos parece algo arriscado de fazer sem as devidas cautelas.

A discussão já envolveu artistas de Hollywood, políticos e populações, mas parece não ter fim. Chegou a altura de conhecermos os dois argumentos de cada lado da barricada para que quando tivermos de decidir o possamos fazer, não de acordo com o que nos queiram impingir, mas de posse da informação que entendermos ter sido justamente apresentada.

Os vídeos abaixo apresentam os argumentos contra e a favor da técnica e podem servir de base a um debate mais informado. Vale a pena verem ambos os filmes para perceberem as discussões que possam vir a assistir no futuro, mas atenção: o que não falta por aí é desinformação de ambos os lados.

Cada um dos lados irá fazer desfilar uma palete de especialistas. Estes especialistas irão desde jornalistas, a professores universitários. Até há todo um conjunto de TEDx com apresentações sobre fracking, mas não encontrei nenhum TED oficial. Os TEDx, para quem não sabe, são organizados por pessoas que não têm qualquer ligação ao TED. Deixem-me repetir: Os TEDx são organizados por pessoas que não têm qualquer ligação ao TED.

A discussão será sobre quem têm a energia mais limpa. Asseguro-vos que, mesmo que conseguíssemos juntar todos os dados necessários para avaliar qual das duas é a mais limpa, os meios à disposição de cada uma das partes seriam esgotados para negar os dados negativos que a outra apresentasse sobre a outra. E mesmo que no fim conseguíssemos juntar apenas alguns factos possíveis de usar num cálculo de custo versus benefício, a discussão passaria para os termos de comparação.

No fim irá sempre ser sobre o dinheiro. De um lado as pessoas que sem terem tido acesso ao contrato de exploração do combustível irão dizer que foi a prospeção que danificou os recursos naturais à sua volta, mas à espera que lhes paguem direitos de passagem para aquedutos de substituição da água. Do outro os que de repente, apenas porque têm um terreno em cima de um destes filões de combustível fóssil irão passar de desenrascados a novos ricos apenas por permitirem que, muitos kilometros por baixo da sua propriedade, se possa fazer a prospeção por processos hidráulicos. De um lado os que irão dar opções mais limpas como a energia eólica e solar, e os que irão propor usinas nucleares como a solução mais limpa.

De um lado temos as pessoas que vão dizer que o Fracking irá permitir obter gás natural e talvez mesmo petróleo onde antes haveria apenas rochas.

Do outro lado temos os que dizem que isso será o fim de tudo em torno do poço.

104ª fratura: o do fracking que solta gases

Podcast do Poupar Melhor

Esta semana falámos da extração de gás natural e petróleo através de pressão hidráulica nos subsolos, conhecido por fracking. O problema da falta de energia no próprio país e de como este debate interessa a Portugal como possível forma de resolver esta nossa deficiência estrutural.

Podem aceder aqui à lista completa de episódios do Podcast. O Podcast do Poupar melhor está também no iTunes

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O problema da energia solar

Já não é novidade que para nós alguns videos do TED servem apenas para entreter, mas este é um bom ponto de entrada para quem é um total ignoramus relativamente ao tema. O video acima explica com peças tricotadas o que é preciso saber sobre o tema para entender o que às vezes arrelia tanto o A.Sousa. (sim, peças tricotadas)

A questão é que a energia solar, por muito benéfica que seja, não pode ainda substituir a energia produzida pelas centrais termoelétricas ou das barragens. O A.Sousa há-de vir aqui defender que as centrais termoelétricas a gás podem responder a esta insuficiência em termos de previsibilidade das centrais solares, mas isso fica para outra altura.

Time Capsule para o Time Machine no Raspbmc

Time Machine da Apple

Time Machine da Apple

Depois de instalado o XBMC no Raspberry Pi com o Raspbmc e ter montado um comando à distancia por infravermelhos, entre outras coisas, lá me lembrei de tentar poupar uns cobres num sistema de backups automático via wifi para o Macbook.

A Apple tem toda uma política de integrar sem qualquer esforço para o utilizador todos os produtos da marca. Toda a facilidade de ligação tem no entanto dois grandes defeitos:

  1. Não é compatível com coisa nenhuma; e
  2. Não é nada barato.

Nem sempre os defeitos são justificáveis pela novidade ou originalidade. No caso do segundo defeito, só uma parte poderia ser justificado pela prestação do hardware.

A Apple constrói o seu sistema de backups integrado num router wireless com um disco rígido e integra tudo com o seu sistema operativo. Para usufruir só é preciso pagar entre 299,00 € e 399,00€,  escolher o Time Capsule que estiver ligado à rede interna e o sistema operativo faz o resto. O valor do Time Capsule é proibitivo, mas promete backups sobre wifi sem preocupações.

Apple Time Capsule

Apple Time Capsule

Para usufruir disto tudo com a prata da casa, um Raspeberry Pi e um disco externo para backups, segui as instruções do próprio site do Raspberry Pi. Aqui a opção é usar um disco formatado ext4 e partilhar esse disco com o Netatalk no Raspberry Pi. A partilha do disco por Netatalk resolve o problema do filesystem não ser o da Apple.

Por causa de outras experiências, preferi não instalar o software necessário para ler discos ext4 no OS X. É mais um filesystem que praticamente já não uso e não há por isso necessidade de manter mais um software no Mac. Se como eu optarem por não o fazer, vão ter de esperar bastante tempo pelo primeiro backup via WiFi. O ideal por isso era ligar o computador diretamente ao disco para o primeiro backup e só depois passar a fazer backups via WiFi.

A diferença entre usar o filesystem ext4 e o hfs+ também é a forma como os ficheiros são guardados. Enquanto o hfs+ faz um diretorio que pode ser navegado manualmente onde vão ver os vossos ficheiros, se o sistema for montado com ext4, será criado uma sparse image ou sparse bundle. Se navegarem até ao disco de backup o que vão encontrar é um conjunto de ficheiros, chamados bands. O que o Time Machine faz é criar um disco virtual que grava em blocos de 8 MiB e cada um desses ficheiros é um bloco desses.

Se se sentirem radicais e com tempo para fazer a experiência com o filesystem HFS+ da Apple, ficam aqui as instruções que encontrei no forum STM Labs, um forum onde encontraram mais pessoas como nós que gostam destas coisas da tecnologia. Segui as instruções e funcionou tudo bem, até ao momento em que tinha de dar acesso de escrita ao disco para criar o espaço do Time Machine. Se conseguirem escrever em HFS+ a partir do Raspbmc vão ter problemas com o disco de cada vez que alguma coisa correr mal. A solução é verificar o sistema de ficheiros. Para isso vai dar jeito instalar os pacotes de ferramentas do file system hfs+ da Apple para fazerem fsck.hfsplus -f /dev/sdaX.

O veredito final é que prefiri fazer tudo sem o HFS+ no Raspbmc ou o ext4 no OS X. Montar o disco num sistema que não era o de origem e conseguir ter aquilo tudo a funcionar só porque queria evitar o tempo exagerado do primeiro backup via wifi não compensava. Assim, cá está o primeiro backup via wifi que irá durar umas épicas 5 horas, mas estou a trabalhar no Mac e enquanto estiver ao alcance da rede wifi isto vai continuar a fazer sem problemas.

Primeiro backup wifi para o Time Capsule no Raspberry Pi

Primeiro backup wifi para o Time Capsule no Raspberry Pi

Erros 3: O do vamos repetir

Podcast do Poupar Melhor

Esta semana não gravámos. Aproveitámos para juntar os erros que fizemos nos últimos episódios para encher chouriços e partilhar convosco.

Podem aceder aqui à lista completa de episódios do Podcast. O Podcast do Poupar melhor está também no iTunes

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