O Windows XP não acabou

Contrariamente a muitos relatos do fim do mundo, a Microsoft não acabou com o Windows XP. Apenas arranjou uma maneira de continuar a ser paga para o manter. O modelo de negócio das empresas que nos “vendem” software não passa de um esquema em pirâmide: os novos participantes vão sustentando os que já estão no esquema.

Os vídeos e notícias que anunciaram o fim do suporte ao Windows XP foram daquelas publicidades gratuitas que ninguém se lembraria. O resultado foi o pânico generalizado. As pessoas que não se preocuparam ou não quiseram mudar de sistema operativo antes, também não queriam mudar agora.

Nas empresas a coisa não é muito diferente. Há aplicações que não correm noutro sistema operativo e se os responsáveis ainda não se tinham apercebido que isso era uma má opção, ficaram a saber agora. Os governos do Reino Unido e Holanda vão ficar a saber da pior forma, que é pagando a conta para manter o suporte aos Windows XP sozinhos.

Tenho aconselhado as pessoas a avaliarem a mudança para Ubuntu e adaptarem-se ao LibreOffice se usam o PC para outra coisa que não sejam jogos no Windows. Numa associação de que faço parte, e para que evitem custos de licenciamento, foi o que já fizeram.

Um sistema operativo não tem de ser uma prisão. O computador é vosso. Para o dominarem, há todo o conhecimento que se encontra disponível na Internet.

95º armazenamento: o da publicidade gratuita para o Windows XP e do armazenamento de comida e água

Podcast do Poupar Melhor

Esta semana falámos de como o não-fim anunciado do Windows XP já se transformou em lucro e publicidade gratuita para a Microsoft.

Falámos também da preocupação do A.Sousa em manter um armazenamento de comida e água pronto para a eventualidade de entrarmos em quebra de fornecimento no país.

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Convencer alguém bocadinho a bocadinho

Quando quiserem convencer alguém de algo, não o façam à grande. Comecem com algo pequeno e avancem daí. Este pequeno filme exemplifica com a teoria por de trás da técnica. Na realidade já faziamos isso por aqui, um post cada dia.

Mais duas vítimas dos cartões de fidelização

Se acompanham o Poupar Melhor sabem que detesto os cartões de fidelização que as equipas de marketing inventam. Todas as empresas, marcas, lojas, o cão, o periquito e o canário têm um cartão de fidelização do cliente.

As desculpas para registarmos os nossos dados pessoais nas inúmeras bases de dados destas equipas de marketing vão desde o desconto direto ao portador da praga, passando pelo desconto ao retardador com a acumulação de pontos e terminando naquele que é o pior de todos os descontos: a promoção cruzada.

Isto é uma praga que ataca as nossas carteiras e devemos lutar contra ela denunciando todas as suas vítimas. Hoje apresentamos mais duas vítimas deste flagelo virulento que são os cartões de fidelização. Façamos um minuto de silêncio por mais estas duas carteiras perdidas para a causa das equipas de marketing.

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O valor dos gráficos

Origem: “The craft of Research” Booth, Colomb e Williams

Aqui no Poupar Melhor somos apreciadores de gráficos como forma de representar os dados. A imagem traduz uma análise de forma sintética e deve permitir pela visualização dos dados reduzir o esforço da interpretação.

O gráfico apresentado é retirado do livro “The Craft of Research”, literatura quase obrigatória para quem queira trabalhar em desenho de pesquisa. Os autores explicam sobre os vários tipos de gráficos e como devem ser utilizados.

Os gráficos devem facilitar a forma de pensar. Algumas pessoas conseguem visualizar os dados apenas pela leitura dos números, mas a realidade é que este instrumento apoia nessa visualização. A literatura aconselha a usar estas representações para quando os números efetivos são menos importantes do que a ideia global.

A escolha do modo de apresentação dos dados com um gráfico deve cumprir alguns preceitos de forma a com a imagem não deturpar os factos em favor de uma narrativa.

O que não pode acontecer é os gráficos serem apresentados a deturpar a análise possível dos dados. Isto acontece por várias razões e objetivos, mas tem mais casos com a moda de criar infográficos para tudo e para nada. Aqui o gráfico deixa de ter a função original para passar a ter uma função de apelo de estilo.

A @Shyznogud tem um olho clínico para estas coisas e disto deu nota sobre um conjunto de gráficos na edição de um jornal português. O caso não era único nessa edição. Isto é preocupante na medida em que alteramos o nosso raciocínio com base nas análises que fazemos dos dados. Devem estes dados ter direito a maior atenção de todos quando olhamos para os gráficos que nos são apresentados.

Como não podemos gerir o que não conhecemos, se olharmos para os dados através de um gráfico deturpador dos factos, dificilmente iremos tomar as decisões corretas.

94ª massagem: a de massajar dados com bonecos e de ver a velocidade real com OBD-II

Podcast do Poupar Melhor

Esta semana comentámos algo que suscitou o comentário de alguns internautas e que se traduz no massajar dos números, mas com bonecos.

Terminámos a falar de mais um resultado do brinquedo novo do A.Sousa e que lhe permite identificar a diferença que ele já conhecia entre o velocimetro e o GPS.

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