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Poupadinhos, poupadinhos… até na tinta

Marcação na A33

Marcação na A33

A nossa ideia é que se deve poupar, mas para melhor. A teoria da austeridade, da poupança e dos cortes parece ter chegado às autoestradas. Esta foto é tirada na A33 e o que se vê na imagem é um risco de marcação da estrada reduzido a mais de metade.

A moeda de 1 Euro serve para dar a noção de escala e entenderem o que isso implica. Numa autoestrada deverá haver certamente mínimos a cumprir. Não estarão a tentar poupar demais?

A culpa é da energia eólica?

Cada vez mais confuso!

Cada vez mais confuso!

Quando ouço referências a que o custo da electricidade está a subir, o meu subconsciente pensa imediatamente que o preço do petróleo/gás natural está a subir. Mas eu já devia saber melhor, conforme até já evidenciamos aqui no passado.

Por estes dias, voltei a ser acordado para a realidade. Neste artigo do Jornal de Negócios, somos alertados para um aumento do défice tarifário do sector eléctrico em 200 milhões de euros. Reparem que o valor de 200 milhões é o valor do aumento, não do défice… Segundo a EDP, este aumento tem os seguintes três factores principais:

  • o “volume anormalmente elevado de energia eólica e mini-hídrica”, gerando um sobrecusto (face aos preços grossistas da electricidade) acima do previsto nos pressupostos da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE)
  • estava previsto descontar nos custos do sistema eléctrico até Junho uma verba de 111 milhões de euros oriunda da venda pelo Estado de créditos de carbono, mas tal não aconteceu.
  • o facto de a ERSE ter previsto uma subida do consumo de energia de 1,7%, mas ele na verdade ter caído quase 3%.

Ora, isto é mais do mesmo! Quanto menos consumimos de electricidade, seja pela crise, seja pela poupança, mais vamos pagar por isso. E quando chove mais e sopra mais vento, em vez de previsivelmente termos uma electricidade mais barata, não! Olhando para o documento da EDP percebemos até que o preço spot da electricidade foi muito inferior ao do ano anterior! Segundo os dados da EDP, na página 10, podemos constatar que o preço do MWh no mercado spot foi de 36€. Todavia, na página 16, dizem-nos que o preço médio de venda do MWh da energia eólica foi de 108€, exactamente três vezes mais!!!

Estes sobrecustos das eólicas dão-me muito que pensar! É desafiador de qualquer lógica! Então, quanta mais energia renovável se produz, mais o défice cresce, e mais pobres ficamos como colectivo? Será que precisamos de um D. Quijote moderno para por ordem nisto? Parece que aqui ao lado, em Espanha, o companheiro literário de Sancho Panza já está no terreno

Dataman Pro removeu a exportação de dados

dataman-pro

dataman-pro

Para controlar os consumos, comprei uma app para o iPhone. Uma das funcionalidades que esperava explorar era a capacidade de exportar os dados para os analisar num computador. Comprei esta app por essa razão.

A app deixou de ser vendida para o iPhone e mais tarde voltou a aparecer como um Upgrade para a versão 7.4. Esta versão removia a possibilidade de exportar os dados sem informar o utilizador e por isso perdi os dados todos que tinha recolhido e a possibilidade de os usar fora da app.

Não vos vou poder contar sobre o comportamento das app no iPhone, mas  conto-vos que contactei a Apple. O fabricante justificou a remoção da exportação de dados dizendo que tinha sido a Apple. A Apple achou que não era nada com ela e que não podia fazer nada.

Comprei um software com uma funcionalidade que um mês depois deixa de estar disponível via um suposto Upgrade. Nada é dito sobre a remoção da funcionalidade e não me é dada pela Apple qualquer indicação de como posso efetuar um Downgrade.

O fabricante mais tarde produz uma versão a que exporta os dados e vende agora mais cara que a versão original. A Apple diz “é a política”.

Esta troca deixa-me refém de um resgate do qual a Apple receberá também uma parte via App Store caso eu opte por comprar a versão com exportação. Será que a Apple é parte interessada e por isso vamos ver mais situações destas?

 

Trocar uma mota 250 por uma 400 de cilindrada

Motociclos por @designerferro

Motociclos por @designerferro

Ando há uns dias com uma dúvida que não me larga desde que soube o preço de venda da nova Yamaha Xmax 400: substituir a Xmax 250 é um investimento ou um capricho? A Yamaha tenta ajudar a esclarecer a questão no seu site europeu mostrando a diferença entre as duas motas.

Desde que decidi poupar na gasolina e no tempo com uma mota que já usufrui dessa decisão. A decisão foi baseada na diferença entre fazer a deslocação pendular para Lisboa em carro próprio, transporte público ou motociclo. A conclusão foi públicada na 3ª etapa e a decisão foi pela compra do motociclo por comodidade, disponibilidade e tempo. Acabei por decidir entre poupar e estar melhor, mas a diferença era em 2011 de 10 cêntimos do Euro.

A diferença entre andar de carro ou de mota vinha não só do custo da Gasolina por quilometro percorrido, mas também dos custos de manutenção. A mota gasta menos por quilometro. Isto não a torna mais eficiente. A mota é mais leve que o carro. A diferença entre as duas motas, para além da cilindrada, é que a 400 pesa mais 27 kg e tem mais 2 litros de depósito.

Enquanto a cilindrada e o peso aumenta a propensão para o aumento de custo por quilometro, a realidade é que tipicamente os veículos de maior cilindrada consomem menos em velocidade estável. Neste momento a minha média quando passo dos 90km/hora na autoestrada fica estragada. A média vai subindo dos 3,4 l/100 para os 3,6 l/100 à medida que me chego aos 120km. Isto porque o motor com 250 de cilindrada não é o ideal para aquelas velocidades.

A ideia é que dos 70km que faço diariamente, 50km são em autoestrada. Será que poupo alguma coisa se mantiver a condução? Será que os consumos em cidade vão subir ligeiramente e os de autoestrada baixar?

Propostas duvidosas

Processamento distribuido por Kalani Hausman

Processamento distribuido por Kalani Hausman

Com a crescente dificuldade em mantermos o dinheiro na carteira, o mais provável é procurarmos soluções de aumentarmos a quantidade de dinheiro que lá existe. Essas soluções podem sair-nos caras ou mesmo por-nos na prisão.

O A.Sousa enviou-me uma dessas soluções para discutirmos se haveria ou não ali um gato escondido com rabo de foram:

Andam por aí vários esquemas que me parecem querer tirar partido dos PCs das pessoas através de ofertas “irresistíveis“.

Pareceu-me interessante partilhar convosco, não porque tenha conhecimento que estejam a fazer algo ilegal, mas porque por prática, tanto eu como o A.Sousa, vemos estas coisas com um olhar critico.

A solução proposta no link funciona como algo como um SETI@home, mas sem um fim definido. Outros projetos semelhantes existem já há muito tempo, como o Bovine de 1997 que tentou com sucesso ganhar o RSA Labs 56-bit secret-key challenge (RC5-32/12/7).

Enquanto no SETI@home oferecemos o processamento disponível nos nossos computadores para um fim muito bem definido, existem outras ofertas que não tem um fim pré-definido. Na oferta da provocação, o nosso processamento pode ser utilizado para qualquer fim.

Este âmbito alargado  coloca questões sobre qual o uso que será dado ao processamento e a responsabilidade que nos será imputada:

  • Será que eu por ter disponibilizado entre 2 a 6% do meu processamento serei responsabilizável por este ter sido usado para fins de pirataria informática?
  • Será que pode ser usado num ataque distribuído a um servidor (DDoS) ou numa quebra de password por força bruta?

Por outro lado, a oferta poderá ser legitima. O pagamento prometido atinge os 30$ mensais, o que parece simples de explicar através da venda da capacidade de processamento em lote para quem necessite e tenha como o usar, algo que grandes empresas como a Amazon já fazem, mas com o processamento centralizado. A este serviço chamaram-lhe Elastic Compute Cloud (EC2).

Se o processamento distribuído for usado para fins positivos, é bem possível que projectos destes venham a servir para criar coisas belas ou poderosas.

Já em 1994era possível com o 3D studio max distribuir pelos computadores da rede o processamento dos frames de um filme 3D. Os computadores eram controlados remotamente por um computador mestre (master) que lhes dava as ordens para processar frames. As frames recolhidas eram depois reunidas num filme final. Era básico, mas eficaz.

Quando virem uma oferta de computação distribuída, de forma a reduzirem o risco da oferta não ser legítima, procurem pela internet ver o que se diz dela. Quem sabe existe alguém que realmente esteja a oferecer dinheiro para usar o vosso computador para processamento distribuído com fins que possam aceitar?

Valores exorbitantes de portagem?

Numa investigação que fiz, por outras razões, descobri um documento da Brisa, que dá todos os valores das portagens dessa concessionária, para este ano de 2013.  A parte curiosa, das quais a imagem abaixo documenta alguns exemplos, é saber que as taxas entre duas portagens muito próximas, ou entre a mesma portagem, atinge valores exorbitantes! Reparem que alguém que entra em Paderne PV e sai na mesma em Paderne PV, paga a módica quantia de 48.20€. Ou então, que quem entra em Coina pv, e sai em Coina II, paga 20.25€.

O princípio parece-me ser a de que tais percursos são impossíveis, a seguirem-se as regras, nas autoestradas. Que eu saiba, não há forma de inverter numa autoestrada, sem sair e voltar a entrar. Os valores parecem corresponder ao percurso até à outra ponta da auto-estrada, que no caso de Paderne consiste aparentemente em ir de Paderne a Almeirim, e voltar. Curiosamente, não é o percurso de ida e volta mais caro que é possível fazer, pois de Paderne a Elvas e volta, são 2 x 29.75 = 59.50€.

Mas esta explicação não abarca, nem explica, outros casos. Os leitores sabem porque é assim?

Valores de portagens na Brisa

Valores de portagens na Brisa