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Outra mudança da hora

Muitos relógios para mudar a hora

Muitos relógios para acertar

No passado abordamos se o Horário de Verão contribuía para uma efectiva poupança, ou se era uma mera perca de tempo. Continuo a ter dúvidas sobre o assunto, e ontem ao ler a Imprensa internacional, acumulei mais algumas indicações de que estas mudanças da hora realmente começam a representar mais complicações que benefícios.

Nesta notícia reparei que para algumas pessoas, a mudança da hora é uma grande complicação! Como para o responsável do Museu Cuckooland, visível na foto acima. Mas o que mais me surpreendeu na notícia foi a referência a uma maior quantidade de ataques cardíacos relacionados com a mudança da hora na Primavera!

Na verdade, de acordo com este estudo do ano passado, a taxa de ataques cardíacos na semana seguinte à mudança da hora na Primavera era 17% superior ao das duas semanas anteriores! No Domingo da mudança, a taxa era 71% superior à dos Domingos anteriores. Curiosamente, a mudança no Outono não era significativa! Tais dados confirmam outros estudos anteriores, como este na Suécia, que determinou conclusões semelhantes.

Tais conclusões giram à volta do ritmo cicadiano, que já abordamos no passado. São igualmente semelhantes ao problema do jet-lag, em que se nota que o corpo tem mais dificuldade em adaptar-se a uma redução do ciclo diário, ao contrário de um dia mais prolongado. Por isso, continuo na dúvida se não seria melhor acabar com estas mudanças todas?

Fidelização no Mercado Liberalizado da electricidade

Que caminho seguir?

Que caminho seguir?

Já havíamos referido no podcast 45 o importante pormenor da fidelização, no contexto da liberalização do mercado da electricidade. No presente momento, todas as ofertas no mercado liberalizado, conforme podem observar no documento da ERSE que apontamos neste artigo, têm uma “duraçao do contrato” de 12 meses. Ou seja, quando o consumidor muda para o mercado liberalizado, fica agarrado a esse tarifário, por um ano!

Este é um pormenor particularmente importante para todos aqueles que ainda não mudaram, mas pensam fazê-lo nos tempos mais próximos. Por um lado, ao não mudar, estamos a levar com uma multa” mensal, que a ERSE decidiu não aumentar este trimestre. Mas, por outro, ao mudar, estamos a potencialmente não aproveitar futuras ofertas, que apareçam nomeadamente no contexto do leilão da DECO

Que caminho devemos seguir? Em primeiro lugar, a ERSE faz bem em manter intacto o “fator de agravamento”. Assim, pressiona os comercializadores a apresentarem uma melhor proposta no leilão. Entretanto, para nós consumidores, o melhor é continuar quieto. É o que eu estou a fazer. O meu desejo é que, directa ou indirectamente, o leilão da DECO venha a resultar numa baixa de preços. Se eles conseguirem um contrato sem fidelização, como anunciam, ainda melhor! Até lá, quem mudar já sabe que nos próximos 12 meses ficará agarrado…

Avaria da máquina Nespresso com oferta surpresa

A Nespresso tem um serviço pós venda para as máquinas que não é habitual encontrar. Dito isto, asseguro-vos que não estamos a ganhar com isso no Poupar Melhor.

A história não é complicada. Como já vos tínhamos contado somos adeptos do café em casa por mais de uma razão. A máquina de café da Nespresso e as cápsulas permitem-nos usufruir do melhor café por um valor inferior ao que pagaríamos num estabelecimento com uma máquina industrial.

A máquina lá de casa acordou este fim-de-semana com as luzes a dizer que estava pronta a descalcificar. Como até já tinha planeado fazê-lo a semana anterior e até tinha falhado, fiz a descalcificação. Até aqui, tudo normal. Enxaguei 2 vezes e decidi que chegava. Aqui as coisas complicaram-se.

As luzes não paravam de piscar e o pânico instalou-se. É que não estamos em tempo para despesas e a máquina tinha acabado de sair da garantia.

Como sempre, telefonei para a Nespresso com o objetivo de obter instruções de como tirar a máquina daquele estado. E é a partir daqui que é tudo diferente.

A simpatia da pessoa no outro lado da linha levou-nos ao contacto técnico. Pediram-me que aguardasse o contacto. Quando me ligaram, outra vez os termos simpáticos e fomos direto às instruções de desbloqueio do sistema em descalcificação, mas como a máquina teimava a não corresponder o melhor estava para vir. Por 29,00€:

  • Vinham buscar a máquina a casa;
  • Deixavam uma máquina de substituição;
  • Devolviam a máquina quando tivessem arranjada na mesma morada;
  • Davam uma garantia de 6 meses depois da reparação.

Eu já estava feliz com o serviço, quando me disseram que ainda tinham uma opção diferente:

  • Se comprar 750 cápsulas, oferecemos-lhe uma máquina igual nova com 2 anos de garantia.

Cá por casa consumimos as 750 cápsulas em 9 meses, o que ainda está no prazo de validade habitual deste produto e o que nos baralhou mais foi toda esta prontidão. Com tanta gentileza quase que nos baralharam pois não percebíamos o interesse em fazer a oferta de uma máquina.

Na realidade se vamos consumir o número de cápsulas que nos pedem para comprar é um bom negócio:

  • Aumentamos a duração da garantia, o que adia o risco de assumirmos a próxima avaria;
  • Deixo de ter de ir para a fila do café.

A conclusão é que ao investir o valor das 750 cápsulas, que íria gastar à mesma em menos de 1 ano, a diferênça para a opção de arranjar a máquina por 29,00€ é:

  • Ganho o valor do arranjo em cápsulas;
  • Ganho mais 18 meses de garantir; e
  • Uma máquina nova.

Menor consumo de electricidade

De vez em quando observamos dados que nos deixam a pensar. O deste artigo é relativo ao consumo de electricidade em Portugal, nos últimos três anos, e pode ser observado num relatório que a REN publica todos os meses.

Consumos de electricidade em Portugal 2010-2012

Consumos de electricidade em Portugal 2010-2012

O gráfico evidencia claramente uma diminuição do consumo de electricidade em Portugal, menor de 2010 para 2011, e menor também de 2011 para 2012. O que não deixa de ser surpreendente é que se verificou para quase todos os meses do ano!

Todos exclamarão que tal diminuição se ficará a dever à crise que atravessamos. Mas eu não alinho só por esse diapasão. Então, depois de não sei quantas campanhas de poupança de energia, ao longo dos últimos anos, não é expectável que se consuma menos energia? Depois de substituírmos as lâmpadas incandescentes por economizadoras, de desligarmos os equipamentos em standby, o que esperavam? Que o consumo fosse maior?

 

Preços baralhados

Quando vou às compras, costumo olhar com atenção para os preços dos produtos. Várias vezes damos-nos conta de questões associadas a esses preços. Todavia, quando fui comprar umas águas há umas semanas atrás, fiquei baralhado. No fim de semana passado ainda lá estava, igual. Vejam a imagem abaixo e confirmem porque fiquei baralhado…

Preços baralhados

Preços baralhados

Bebida de fruta com 0,5% de sumo

0,5% de limão por @designerferro

0,5% de limão por @designerferro

Depois de termos andado a analisar as percentagens para os Gráficos do Mapa 1 das Receitas dos Serviços Integrados, por classificação económica do Orçamento de Estado para 2013 quando olho para um produto é já com outros olhos porque procuro pelas percentagens que façam sentido representar.

O produto é daquelas águas com sabor que são mesmo só isso: água com sabor.

No exemplo da imagem, um produto que se diz de limão, a fruta propriamente dita é tão baixa que desconfio que nem é isso que sentimos quando bebemos.

Transcrito do rótulo:

  • Água Mineral 80,7%;
  • Maçã 11,5%; e
  • Limão 0,5%.

Já tínhamos falado aqui de maquilhar preços, mas esta é a primeira maquilhagem de percentagens de que falamos. Será que o texto escrito daquela forma tinha por objetivo obscurecer a verdadeira quantidade de sumo? Eu continuava a beber se fosse um rótulo mais genuíno que dissesse que era de maçã e limão.