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Perdendo tempo nas gasolineiras

Pre-pagamento no posto Galp Energia por @RitaMarrafadeC

Pré-pagamento no posto Galp Energia @RitaMarrafadeC

Já aqui me tinha queixado que quando abasteço de mota o mais provável é ter de andar para trás e para diante no posto de abastecimento. Já sabiamos que exigem pré-pagamento aos motociclos, mas algumas bombas de gasolina obrigam também outros condutores a pagar antes de receber o produto.

A @RitaMarrafadeC apresentou no Twitter a versão dela, mas com um detalhe engraçado que eu já sabia e ainda não tinha referido. O pagamento é feito contra um papel que duvido muito sirva para alguma coisa, como podem ver na imagem e como ela própria o refere:

Feito o pagamento, isto é o que entregam na caixa da GALP. Tenho de voltar à caixa depois de abastecer. É surreal!!

Aqui  não me parece que se apliquem quaisquer das leis indicadas pela Liliana A. nos comentários ao post.

Por falta de apoio policial ou tática para nos obrigar a entrar na loja na esperança que façamos uma compra por impulso daquelas coisas que lá são vendidas a preços pouco convidativos, os postos de abastecimento não estão a olhar a meios para obter os seus fins. O nosso tempo serão danos colaterais.

As desvantagens de poupar água

O acto de poupar é normalmente encarado como qualquer coisa de positivo. Todavia, nem sempre é o caso, e podem surgir efeitos não previstos e mesmo indesejáveis. Já aqui referimos no passado alguns exemplos interessantes, como o do Primeiro Ministro se queixar da poupança dos Portugueses a que se juntou depois o Ministro das Finanças. Já referenciamos também que quanto mais electricidade os Portugueses poupam, maior é a subida do seu custo

Depois de ter desentupido o lava-loiças, ocorreu-me que isto de poupar na água pudesse contribuir para que os esgotos ficassem mais rapidamente entupidos. Faz algum sentido, porque ao utilizarmos cada vez menos água, a percentagem da “porcaria” é naturalmente maior!

Fiz uma pequena pesquisa na Internet, e descobri um artigo imperdível! É do Der Spiegel, um jornal alemão, que num artigo do início deste ano, nos mostra como os poupadinhos dos alemães andam com problemas nos seus esgotos! O artigo revela como a poupança de água trouxe os maus cheiros, sendo que as autoridades estão agora a perfumar os esgotos para esconder os maus cheiros! Parece ser igualmente claro que a poupança dá cabo da rede de esgotos, como podem ver pelas imagens deste documento, da autoria do Centro de Competência referido no artigo do Der Spiegel. E ainda pior, a água que é poupada pelos consumidores tem que ser utilizada pelos Serviços para desentupir os canos? Segundo o artigo, nalguns dias, são injectados nos esgotos de Berlim meio milhão de metros cúbicos de água para garantir um fluxo de água apropriado. E eu diria que os consumidores acabam por pagar esses milhões de metros cúbicos de água à mesma!

Por isso, fica a dúvida: devemos continuar a poupar água? Por mim, parece-me óbvio que sim! Mas também estou seguro que isso implica, no caso da água, ter que desentupir canos mais frequentemente… E aguentar com maus cheiros?

A verdadeira eficiência de um frigorífico?

Etiqueta de consumo de frigorífico

O nosso leitor J. Aparício colocou-nos há umas semanas uma situação interessante: havia comprado um frigorífico novo, A++, o qual segundo a etiqueta à esquerda teria um consumo anual de 226 KWh. O problema foi quando ele começou a monitorizar os consumos e descobriu que ele não gastava menos de 0.792 KWh por dia!

A primeira resposta que me ocorreu é que o consumo dos frigoríficos deve ser como a dos automóveis: o que os fabricantes nos dizem sobre o consumo é sempre uma miragem… Mas como não conhecia as condições em que os testes aos frigoríficos eram efectuadas, resolvi investigar um pouco.

Os procedimentos de testes aos frigoríficos são diversificados a nível global. Na Europa, a norma que regula estes testes é a ISO 15502. Ela especifica uma temperatura ambiental de 25ºC, com uma humidade relativa entre os 45% e 75%. O teste dura pelo menos 24 horas, sendo que o espaço do congelador tem que estar cheio, mas o do frigorífico não. Durante o decorrer dos testes, as portas são conservadas fechadas.

Estes testes não simulam todavia as reais condições em que utilizamos os frigoríficos. A temperatura a que são testados é superior à que habitualmente temos em nossas casas. Um frigorífico sem nada dentro tem um consumo menor. E um frigorífico em que não se abrem as portas, consome obviamente ainda menos! Enfim, nestas circunstâncias de não ter nada dentro, nem se abrirem as portas, temos um frigorífico que não serve para nada!

Do outro lado do Atlântico, nos Estados Unidos, a coisa ainda é pior. Eles testam os frigoríficos a uma temperatura ambiente de 90ºF (equivalente a 32.2ºC). Não colocam nada, nem no frigorífico, nem no congelador, e as portas mantêm-se fechadas! Não admira que sejam pessoas ligadas aos próprios fabricantes a dizer que os testes estão engatados. E neste artigo em particular, o autor avança mesmo com várias “ideias” sobre como conseguir fazer batota para os testes.

Assim sendo, se pensar comprar um frigorífico novo, dê um bom desconto nos valores que o fabricante anuncia. Segundo as contas que o nosso leitor J. Aparício fez, 10% a 20% a mais de consumo é capaz de ser um bom factor correctivo.

Gelo para arrefecer quarto?

Há algumas vezes que me dá para experiências um pouco amalucadas… A motivação imediata desta decorreu das várias experiências que fiz de arrefecer a casa de férias. A experiência visava provar que uma determinada ideia não iria funcionar…

A ideia amalucada é a de que um pedaço de gelo pode arrefecer uma divisão. A ideia costuma estar associada ao conceito de fogareiro (uma muita má ideia, diga-se de passagem), e se uma coisa pode aquecer, a outra não poderá arrefecer?

Comecei por congelar exactamente 1 litro de água dentro de um tupperware. Não fiz ainda as contas a quanto me custou, mas o conceito está explicado aqui. A água/gelo esteve no congelador cerca de 14 horas…

Na quinta-feira da semana passada, pelas 08:15 enfiei o tupperware com gelo no quarto, com um recipiente por baixo, para que a condensação não causasse estragos. O resultado é o gráfico abaixo,com a curva a azul a representar o termómetro entre o gelo e a janela, e a curva a vermelho a representar o termómetro mais para o interior do quarto. Em ambos os casos, os termómetros estavam a cerca de um metro do gelo.

Como se pode observar, depois de colocado o gelo, a temperatura continuou a baixar em ambos os casos. E é aí que está o busílis da experiência: é que a introdução do gelo não foi feita no momento correcto, na minha opinião. Mesmo que o gelo funcionasse, não justificaria o trabalho para baixar um décimo de grau centígrado. Ainda assim, nada como uma nova experiência, para tirar as dúvidas…

Comparar os custos dos combustíveis com outros países, a circular no Facebook

Margens do combustível no Facebook

Margens do combustível no Facebook

Porque prever o custo do combustível é uma das grandes dificuldades na gestão do orçamento doméstico, o assunto interessa-me sempre.

Quando se começa a discutir como é que este flutua, há sempre quem fale do custo do petróleo, dos malandros das petrolíferas e dos pilhos do Estado que o incham de impostos.

Até hoje ouvia, e até participava destas discussões, tentando dizer que não era bem assim ou que podiam sempre poupar combustível de muitas maneiras para não serem afetados pela sua variação constante, mas a partir de hoje, e depois disto, passo a alinhar no clube dos que dizem que aqui há gato.

O que me suscita a dúvida vem da imagem que andava a circular no Facebook e de eu próprio ter constatado algo estranho nos valores de comparação visíveis  na captura de imagem abaixo do site onde estes dados estão agregados.

fuelprice @energy.eu

fuelprice @energy.eu

Os dados são do site www.energy.eu, que só por si já era digno de um post próprio, mas reparem no preço do combustível em Portugal, esse país riquíssimo, muito ao nível da Finlândia.

Gomas caseiras com os míudos

Gomas caseiras

Gomas caseiras por @designerferro

Por causa dos pacotinhos de açúcar acumulados desta brincadeira de férias juntámos alguns com receitas.

As brincadeiras para passar o dia com as crianças inventando brincadeiras, fazendo bolachas ou fazendo trufas de chocolate tinham sido tardes bem passadas. A receita de gomas caseiras era uma promessa de divertimento.

Receita no pacote de açúcar por SIDUL

Receita no pacote de açúcar por SIDUL

Seguimos a receita à risca, mas passados “uns minutos” já com os ingredientes todos reunidos no tacho, o resultado ainda não era prometedor, pelo que mantivemos a mistura ao lume até que ao “levantar o preparado com a colher de pau” ele estivesse a “cair tipo lágrima”.

Colocámos tudo em covetes de gelo untadas com óleo e deixámos estar no frigorífico 12 horas.

O resultado está na foto, mas a consistência não foi a esperada. As gomas desfaziam-se ao toque e as que estão na foto foram as poucas que sobreviveram.

Teremos de repetir a experiência, mas só depois de recolhermos mais alguma informação sobre a matéria.