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Marmita para a escola?

Crianças a almoçar na escola (foto retirada daqui)

Já havíamos falado aqui sobre a temática de levar a comida para o trabalho, uma forma que ajuda muitos trabalhadores a poupar, ao evitar comer fora. Uma tendência que existe há muitos anos lá fora, em países muito mais desenvolvidos que o nosso, pelo que mais cedo ou mais tarde chegaríamos lá…

As tendências rapidamente se extrapolam para outros campos, e aqui ao lado, em Espanha, discute-se se os alunos também podem levar a sua marmita na mochila para a escola pública. A discussão é acesa, como se pode ver neste outro artigo. Na Catalunha, a medida já avançou, e a culpa é claro, da crise… Nesse estado autonómico, segundo algumas entidades, 4,4% dos miúdos padecem de desnutrição, enquanto cresce o numero de crianças cuja única comida equilibrada é na escola…

É por isso que estas medidas me fazem pensar! Por um lado, o custo da refeição nas escolas é reduzido. Sem contar com as crianças mais desfavorecidas, que devem obviamente ser apoiadas. Por outro lado, ouço queixas recorrentes sobre a qualidade da comida nas escolas, ao ponto das crianças não gostarem de lá almoçar… Já nem quero pensar quanto vai custar a adaptação das escolas a uma situação deste género, e se não seria mais útil aplicar o dinheiro dos micro-ondas e frigoríficos para o bem comum? Fica-me assim a dúvida se isto sequer fará sentido. O leitor, o que acha?

Escolham um cliente de voz internet e combinem isso com todos os amigos e familiares

Skype and Fring fight

Skype and Fring fight

Gosto de ter no telefone o mesmo cliente Voip e instant message que tenho no computador, mas a quantidade software cliente que existe está tornar isto ingerível.

Enquanto para quem tem iPhones os iMessages e Facetime são algo obrigatórios, para quem usa outros equipamentos não tem acesso a este cliente e por isso lá tem de existir outra solução.

As soluções são muitas e com tantos familiares e amigos para manter contacto, o mais fácil seria usar um daqueles que tem todos os clientes, mas isso também está difícil porque há sempre um amigo ou familiar que usam um qualquer que não é compatível ou ainda não conhecíamos.

A acrescentar à confusão, as empresas dos clientes de voz sobre internet não se entendem e volta e meia há um que deixa de permitir que o outro se ligue aos seus servidores.

Fazemos um exercício para ver qual o mais usado com o inquérito abaixo. Depois tentamos que todos usem o mesmo e vão ver: alguém fura o esquema.

 
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Impacto do frigorífico na temperatura da cozinha

Os termómetros que possuo estão sempre a registar temperaturas. Muitas vezes, os dados que retiro deles não tem interesse. Noutros casos, faz-nos pensar! Eles revelam situações que muitas vezes não equacionamos. No Inverno, o objectivo é manter o calorzinho dentro de casa, enquanto no Verão a ideia é manter o calor lá fora!

Há cerca de duas semanas deixei-os à janela da cozinha, aquando da previsão de dois dias particularmente quentes, observados a 31 de Maio e 1 de Junho. Posicionei os termómetros junto da janela da cozinha, um a cerca de 1.50m e outro a cerca de 2 metros. O resultado foi o que se observa abaixo, com a linha azul a corresponder ao termómetro a meio da janela, e o vermelho localizado junto do topo.

Temperaturas na Cozinha

As temperaturas registaram evoluções significativas, relacionadas com os períodos de maior calor, e também de maior frescura durante as madrugadas. Mas o que mais me surpreendeu foi a observação da evolução em “dente de serra”, que é mais visível na curva a vermelho, nos períodos de maior frescura. Essa evolução, característica do calor que havíamos observado na traseira do frigorífico, fez-me lembrar que no Verão o frigorífico aquece, de forma indesejada, a cozinha.

O problema é que mesmo com a janela aberta, as temperaturas no topo da cozinha não descem significativamente, como se comprova na evolução das duas curvas, nas últimas horas do gráfico. O que faz sentido, porque o calor do frigorífico quer subir, e o frio da madrugada entra pela janela, e quer descer. Esta estratificação térmica dentro da cozinha, de vários graus, é indesejável, pelo que será alvo de mais investigação. Os objectivos são vários, incluindo manter a cozinha fresca no Verão, minimizando assim também o consumo do frigorífico.

Frigorífico cheio ou vazio?

Frigorífico aberto e vazio

É uma dúvida que me assola há muito tempo! Será que o frigorífico consome mais cheio ou vazio? Há várias aproximações ao problema, mas na maior parte das análises que é possível recolher na Internet, a ideia é a de que um frigorífico cheio consome menos. Para os mais fundamentalistas com conhecimentos de termodinâmica, tal parece ser um conclusão claramente errada!

Em primeiro lugar, há que dizer que um frigorífico vazio de pouco serve. Para os que defendem que o frigorífico deve estar cheio, a principal argumentação é a de que a abertura das portas provoca a saída do ar frio e entrada de ar quente. Subsequentemente, o frigorífico tem que se esforçar para arrefecer esse ar quente que entrou. Para os defensores deste argumento, o ideal é mesmo encher os espaços vazios do frigorífico com recipientes de água, que ajudarão a manter o frigorífico mais frio, com menos consumo de energia.

Há que dizer que a abertura das portas naturalmente deve ser o mais breve possível, pois a entrada de ar quente realmente obriga a maior consumo de energia, ao mesmo tempo que causa maiores variações de temperatura, como evidenciamos anteriormente. A ideia de ter recipientes, como tupperwares, a acondicionar os alimentos parece-me igualmente uma boa ideia.

Todavia, a ideia de estar a colocar no frigorífico  volumes, como por exemplo água, só para poupar energia, parece-me errada. Como já vimos nos vários gráficos que elaboramos nas etiquetas sobre frigoríficos, a variação de temperatura dentro de um frigorífico é substancial. Se o volume for elevado, ele contribuirá para ciclos mais alargados de aquecimento e arrefecimento, mas o tempo de arrefecimento será necessariamente maior. E o problema parece estar em arrefecer primeiro essa água…

Para fazer essas contas precisamos de conhecer o conceito de capacidade térmica, grandeza física que determina o calor que é necessário fornecer a um corpo para produzir neste uma determinada variação de temperatura. Segundo a página em inglês do mesmo conceito, a capacidade térmica de água líquida, à temperatura ambiente, é de cerca de 4 joule por grama por grau Kelvin (Celsius). Tal significa que se colocar 10 litros de água no frigorífico à temperatura de 15 graus Celsius (a temperatura da água costuma ser inferior à ambiente), e se o frigorífico arrefecer essa água, vai consumir no processo pelo menos 4x10x1000x(15-5)= 400kJ de energia para a arrefecer.

Agora vejamos as necessidades de energia para arrefecer o ar quente que entre no frigorífico. Façamos as contas para um frigorífico de 200 litros, valor típico num combinado. Considerando a densidade do ar, esses 200 litros de ar pesam cerca de 0,25 kg. Segundo a página acima referenciada, a capacidade térmica do ar, à temperatura ambiente, é de cerca de 1 joule por grama por grau Kelvin (Celsius). Assim, arrefecer essa quantidade de ar, da temperatura de 25ºC para 5ºC, despende 1×0,25x1000x(25-5)= 5kJ. Recordemos que, mesmo assim, este valor é um exagero, pois nem de perto todos os 200 litros de ar seriam substituídos na abertura do frigorífico.

Resumindo, só para arrefecer esses 10 litros de água gastamos o equivalente a 80 aberturas do frigorífico. Mas como afirmamos anteriormente, mesmo sem abertura de portas, a temperatura do frigorífico vai subindo. Por cada vez que for necessário arrefecer esses 10 litros de água apenas 1ºC, consome-se mais 4x10x1000x1= 40kJ, ou o equivalente a 8 aberturas de porta. Como isso ocorreria várias vezes por dia, está na minha opinião anulada a sugestão de colocar líquidos no frigorífico, com vista a diminuir o seu consumo eléctrico. O que não deixa dúvidas é que, quantas mais vezes o abrir, mais a sua conta vai subir!

Antevisão dos preços de combustíveis

Esta semana foi outra semana em que se verificou uma descida dos combustíveis. Tal havia sido previsto pelos Media no final da semana passada. Mas, para mim, ter um horizonte de monitorização de preços dos combustíveis mais alargado parecia-me possível.

Uma das primeiras ideias é seguir o preço do Brent, que é o preço de referência do petróleo para Portugal. Há vários sites da Internet onde essa informação pode ser seguida, mas prefiro utilizar a informação disponibilizada pela Bloomberg. No seu Índice EUCRBRDT:IND podemos observar que nas últimas semanas a tendência tem sido de queda:

É ainda possível monitorizar preços específicos da gasolina. Neste caso utilizo o indicador “Bloomberg Gasoline 95RON 10ppm FOB ARA Spot Barges“. Como se pode ver pela primeira imagem abaixo, a tendência actual é também de descida.

Infelizmente ainda não arranjei gráficos de gasóleo. Não parece existir muita informação publicamente disponível. Um dos sítios onde se encontra mais informação é na Autoridade da Concorrência, que elabora boletins mensais, em que fornece informação sobre os preços e quantidades mais relevantes no sector dos combustíveis rodoviários. Para os interessados na evolução dos preços, é uma leitura importante. O mais recente é o de Maio.

Mas esta é uma área em que a investigação está a começar. Voltaremos rapidamente a ela. Até porque poderá ser realmente uma fonte de poupança muito interessante saber-se quando se deve atestar, ou quando se poderá tentar esperar um pouco mais para abastecer!

Será que os Pórticos SCUT estão todos onde pensamos?

Pórticos SCUT no Google Maps

Pórticos SCUT no Google Maps

 

Viajar pelas SCUT passou a ser um empreendimento bastante caro desde que estas passaram ao estatuto de ex-SCUT.

O esforço do A.Sousa para os manter atualizados na página têm sido bem recebido, como podem ver nos comentários da página com os mapas dos Pórticos SCUT no Google Maps.

A nossa dúvida é se estes pórticos estarão todos onde as fontes nos dizem que eles estão. O leitor A.Dias chamou-nos à atenção para um pórtico entre Abrantes e Mouriscas que estava fora de sitio. A convicção deste leitor é que esta diferença permite poupar num troço de SCUT só por este detalhe.

Este contributo dos leitores poderá permitir encontrarmos eventualmente mais lapsos, se procurarmos bem. Nem todos estão ainda visíveis nas imagens de satélite, mas as informações oficiais deverão estar corretas. Se for esse o caso de algum pórtico que detetem mal colocado, não deixem de nos transmitir.

Alterámos as possibilidades para ver os mapas das SCUT e é agora possível visualiza-los com imagens recolhidas por satélite. O Google têm vindo a atualizar estas imagens e por isso pudemos confirmar por aqui a localização dos pórticos.