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Afastar o frigorífico da parede

Quando há uns meses falamos sobre a importância de manter as grelhas dos frigoríficos limpas, para uma melhor eficiência, programei uma experiência simples. Consistia em verificar qual a quantidade de calor libertado. Só agora pude concretizá-la.

Durante uns dias deixei um termómetro na parte do topo da traseira do frigorífico. Entretanto, lembrei-me de experimentar qual seria o seu comportamento, mantendo o frigorífico afastado da parede, mas juntando-o durante um dia, para verificar a diferença de comportamento. Para ocupar o segundo termómetro, deixei-o na prateleira intermédia no interior do frigorífico.

O resultado foi o gráfico de temperaturas abaixo. A azul, com escala à esquerda, temos a temperatura no interior do frigorífico. A vermelho, com escala à direita, podemos observar a temperatura no topo da traseira do frigorífico.

Temperaturas no frigorífico

Tal como esperava, a temperatura na parte traseira do frigorífico registou uma subida apreciável a partir do momento em que foi encostado à parede, quer em termos dos valores mínimos, quer dos valores máximos. Todavia, e surpreendentemente, a temperatura no interior do frigorífico baixou nesse período em que o frigorífico esteve encostado à parede! O resultado inesperado não tem uma explicação lógica, pelo que a experiência vai continuar…

Janelas abertas ou ar condicionado?

Agora que a Primavera está instalada, começamos a sentir dentro de nossos carros mais calor, e o desejo de maior refrigeração. O ar condicionado sabe bem, mas ao preço a que está o combustível, todos sabemos que sai caro. Podemos também abrir as janelas, especialmente antes da chegada de muito calor, mas também nos dizem que as janelas abertas causam mais consumo, derivado dos aspectos aerodinâmicos. Qual será a melhor opção?

A resposta depende essencialmente da velocidade, como vimos no link atrás. Quando em condução urbana, a baixa velocidade, o impacto total da aerodinâmica é de 3%, mas em estrada, o impacto da aerodinâmica chega aos 11%. A baixa velocidade, o consumo do ar condicionado supera largamente as perdas aerodinâmicas por levar as janelas abertas, pelo que não há dúvidas que as janelas abertas são a melhor opção.

A velocidades mais elevadas há estudos para vários gostos. Neste estudo elaborado em 2005, pela SAE e GM, no gráfico abaixo podemos ver o consumo (atenção, que é em medidas americanas: valores mais baixos significam maior eficiência) com ar condicionado (a azul), versus janelas abertas (a verde) e janelas fechadas (a vermelho, o mais eficiente). Note-se que a diferença entre o ar condicionado e as janelas abertas não é muito significativo.

Ar condicionado vs. Janelas abertas

Segundo outros especialistas, é mais eficiente ligar o ar condicionado a velocidades elevadas, pois o consumo derivado das perdas aerodinâmicas é superior ao consumo do ar condicionado. E isso é possivelmente cada vez mais verdade, dado que os carros são cada vez mais aerodinâmicos, e presumo que os ares condicionados cada vez mais eficientes.

Resumindo, para mim, andar a velocidades de estrada com as janelas abertas causa algum desconforto. Assim sendo, vou manter a opção pelo ar condicionado, mas procurar outras formas de o tornar mais eficiente, nessas circunstâncias.

Os transformadores gastam mesmo quando não estão a carregar os aparelhos?

Phone Charger by Yamil Domenech

Phone Charger by Yamil Domenech

A teoria é que depois de usados os carregadores, estes deveriam ser desligados da tomada, mas a minha tese é que o valor é tão pequeno que não será sequer considerada a diferença na conta mensal.

Assim, fui medir o que cada carregador consumia quando ligado à corrente, mas sem nada a carregar e… parece incrível, mas não consegui obter dados de consumo dos carregadores que há aqui por casa. E há mesmo muitos.

No podcast já me tinha referido ao carregador do meu portátil. Tem todas as caraterísticas externas de um consumidor de excesso:

  • Pesado;
  • Tem uma luz;
  • Aquece bastante quando está ligado ao portátil.

… mas o medidor utilizado não indicava nenhum consumo.

Uma pesquisa na Internet e encontrei alguém que já tinha concluído o mesmo.

Ainda não estou convencido. Terei de pensar noutros meios de medida.

Poupar na água engarrafada substituindo-a por água da torneira

Por causa desta notícia ficámos curiosos sobre a polémica levantada relativamente ao preço da água engarrafada contra a água da torneira. Ficámos mais curiosos quando os valores apresentados na notícia nem sequer eram comparáveis.

Ainda de acordo com o artigo do Público o documento da administração da Assembleia da República conclui que:

“Face aos encargos evidenciados, o Conselho de Administração pronunciou-se favoravelmente à utilização de água engarrafada, considerando que o respectivo uso, enquanto recurso geológico nacional distribuído por empresas portuguesas, assegura as melhores condições aos utilizadores internos e aos convidados da Assembleia da República, a um custo sem significado financeiro”.

Nós já pedimos a 3 deputados, incluindo o Deputado Pedro Farmhouse referido no artigo como autor da iniciativa, que nos dessem acesso aos documentos da polémica para podermos utilizar o mesmo racional num cálculo passado às famílias, mas até agora não tivemos resposta.

Aqui no Poupar Melhor estamos curiosos em relação a esta discussão, às fórmulas de cálculo utilizadas e entendemos mesmo que a conclusão ajudará alguns dos nossos leitores a perceber como podem poupar lá por casa neste tempo de crise.

Interruptores manuais versus detetores de presença

Para a nossa categoria de Dúvidas, junto os detetores de presença como interruptores: serão estes realmente mais eficientes  se utilizados em conjunto com uma lâmpada economizadora?

Atualmente muitos estabelecimentos têm nas casas de banho soluções de substituição dos interruptores manuais baseadas nos aparelhos detetores de presença como os da imagem acima. Usam-nos para ligar e desligar a luz, algo que já comentei noutro fórum e foi citado no Radar Sapo.

Com a substituição das lâmpadas incandescentes por lâmpadas de baixo custo, a questão que se coloca é se esta solução não se tornará mais cara. A minha duvida tem a ver com:

  1. a dificuldade em identificar quanto custa em termos energéticos manter o aparelho detetor de presença em funcionamento; e
  2. o meu preconceito de que uma lâmpada economizadora, seja ela qual for, faz o seu pico de consumo quando a ligamos, sendo que só após algum tempo consegue realmente tornar-se mais eficiente que uma lâmpada incandescente.

Quanto custa usar o banco?

@drewtoothpaste in Married to the sea

Diariamente precisamos de dinheiro na nossa carteira e talvez um cartão de débito e outro de crédito.

Deixámos de usar os cheques, provavelmente porque os próprios banco tentam desencorajar-nos, garantindo que um pedaço de papel em branco tem data de validade mesmo por preencher, mas isso fica para outro blog.

A questão que se coloca é se durante um período de ameaça de falência constante vale mesmo a pena ter o dinheiro numa conta corrente.

As vantagens de manter algum dinheiro à ordem num banco podem ser vencidas pelo custo e pelo risco de numa corrida aos bancos ficarmos sem aquele dinheiro de uso e termos de recorrer a outro tipo de reservas.

Consultados alguns bancos, com um saldo médio anual de 1.000,00 € e de acordo com os preçários online nos sites do Millenniumbcp, Caixa Geral de Depósito e Banco Espírito Santo, só a comissão do banco pode rondar os 60,00€ por ano.

Um cofre de parede pode custar cerca de 20,00€ e as buchas químicas para o fixar à parede 21,00€.

Não estou a dizer-vos para tirarem o dinheiro do banco, mas se tiverem em conta o custo de o guardarem em casa e o risco de ficarem sem ele em casa ou num banco, têm de questionar o racional.