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Saga da Via Livre chegou ao fim

Extrato Via Verde

Extrato Via Verde

A saga com a Via Livre pode ter chegado ao fim. Depois de publicar a continuação desta história onde conto como não havia noticia de dividas de portagens dos meus veículos na app dos CTT e o estrato da Via Verde permitia ver que algo tinha corrido mal, decidi enviar  a informação para a Via Livre, mas não sem dar disso nota à Via Verde e às Estradas de Portugal. Alguns dias depois lá recebi um email com o que parece um texto genérico.

Exmo.(a)(s) Senhor(a)(es),

Acusamos a recepção da solicitação de V/ Exa(s). que mereceu a nossa melhor atenção.

De facto, verificámos a existência de contrato activo de adesão a sistema de pagamento automático de taxas de portagem, contudo verificámos que existiu falha na leitura do dispositivo, pelo que lamentamos o sucedido e apresentamos as nossas sinceras desculpas.

Não obstante tal circunstancialismo, informamos que tentaremos proceder ao seu débito através ao abrigo do supracitado contrato, debitando apenas a(s) taxa(s) de portagem em dívida.

Para qualquer esclarecimento adicional, contacte-nos através do número 707 201 292 ou do endereço electrónico apoioutente@vialivre.pt

Sem mais de momento, atentamente,

A realidade é que esta era a resposta que eu queria ter recebido logo no dia em que lhes telefonei. Bastava-lhes ter dito que poderia ter havido um engano e que iriam averiguar para terem removido grande parte da ansiedade criada pela carta em legalês.

A Via Verde, a Via Livre e o legalês galopante

Guaranteed 100% pure bullshit

Guaranteed 100% pure bullshit

Aqui no Poupar Melhor já falámos muitas vezes sobre as ex-Scut e sobre os seus pórticos. Podemos mesmo dizer que somos especialistas na matéria, mas esta foi para nós uma experiência completamente nova.

Há uns dias recebi uma carta de uma tal de Via Livre. Na carta que me enviaram desta empresa de que nunca tinha ouvido falar vinham duas páginas de referências a articulados, da escolha do emissor naturalmente, a acusar-me de ter o pagamento da passagem nos seus pórticos na Via do Infante em agosto de 2014 em falta. Preocupou-me o tom acusatório e a ameaça de contra-ordenação que daria em coima pelas histórias que conhecia.

[…] na autoestrada A17, de uma taxa de portagem de 24,75 euros, que “veio a dar lugar ao pagamento de uma coima no valor de 1.237,50 euros”, acrescidos de 76,50 euros de custas processuais”.

Como em todas as ex-Scutt, a falha de leitura da Via Verde nos pórtico acontece sem que o utente seja avisado no momento da passagem.

Conversando com a Via Verde, indicaram-me o que deveria comunicar à empresa Via Livre. Tudo indica que na receção de uma carta com o teor da que refiro, devem comunicar imediatamente com o emissor a informação de que são clientes da Via Verde e desde quando.

No meu caso, sou cliente da Via Verde pelo menos desde 2003. Assim, seguindo as instruções da própria Via Verde, o que fiz foi retribuir o favor que a Via Livre me fez, e escrever uma carta em termos em tudo semelhantes:

Boa tarde,

Relativamente à vossa carta da passada semana, onde referiam a instauração de um processo de contra-ordenação ao proprietário da viatura a matricula NN-XX-NN que, de acordo com o articulado de vossa escolha, entenderam tinha em falta o pagamento da passagem nos pórticos no dia 16 de agosto de 2014, junto à localidade da Guia, no Algarve, informo que a viatura em causa tem contrato com a Via Verde desde o ano 2003.

Entendo que a existência do contrato com a entidade Via Verde e os meios que V.as Ex.as e os vossos associado/clientes/parceiros têm vos obrigam a manter processos e meios eficazes e eficientes de forma a que os vossos clientes/utentes não sejam incomodados com linguagem intimidatório-jurídica contendo acusações onde lhes imputam as falhas desse processos e meios.

Assim, agradeço que até ao próximo dia 19 de fevereiro de 2015 procedam:

  • Ao envio de uma carta com o pedido de desculpas face à falha do vosso processo, onde devem mencionar que não se encontram quaisquer valores sem pagamento à data da emissão da carta para a viatura em causa;
  • À inscrição da descrição desta não conformidade/insatisfação no que entenderem chamar ao vosso processo de gestão de qualidade/satisfação/processos para que seja avaliado no âmbito da melhoria continua da vossa instituição.

Cumprimentos

Álvaro M. Ferro
http://www.pouparmelhor.com/

Por hábito não me dirijo neste tom autoritário a ninguém, mas no caso de cartas de duas páginas com articulados jurídicos a indicar obrigações e deveres pelo número e alíneas da legislação em vigor abro uma exceção. O tom intimidatório, acusatório e prepotente em que são escritas as palavras na carta baseiam-se apenas em certezas sobre a culpabilidade do recetor da comunicação.

A carta não me indica que tenho um pagamento em falta e que devo regularizá-lo. Escala de “pagamento em falta” para “contra-ordenação” sem sequer se perguntar se o pagamento em falta se deveu a uma avaria dos meios de cobrança do próprio emissor.

Os pórticos das ex-Scut têm a particularidade de, independentemente do resultado da leitura do identificador na viatura, não darem qualquer informação do sucesso ou insucesso da leitura ao condutor. Quando o sistema dos pórticos falha, o condutor, que nada tem a ver com os pórticos, fica com a obrigação de retificar o erro que não cometeu e que não tem qualquer razão para ir verificar se ocorreu uma vez que é portador de um dispositivo eletrónico de identificação do seu veículo.

O site da Via Livre explica-nos como funciona, em português do antigo, claro está:

Como se pode pagar a taxa de portagem numa auto-estrada sem portagem manual, ou seja, com portagem exclusivamente electrónica?
O utente deve adquirir e instalar um DE (que pode ser um DEM, um DECP ou um DT) junto de uma entidade de cobrança de portagens, aderindo a um sistema de pagamento, o que permitirá accionar esse sistema de pagamento sempre que a passagem do DE seja detectada pelo pórtico de portagem.Se o utente não dispuser de um DE, poderá regularizar o pagamento a posteriori, no prazo de 5 dias úteis, realizando o pagamento nas Estações dos CTT, na rede Payshop e noutros locais que venham a aderir ao sistema, bastando para isso que o utente indique o nº da sua matrícula. Não procedendo a essa regularização, será considerado um infractor, e receberá na sua morada a respectiva notificação

Aqueles acrónimos (DEM, DECP, DE e DT) são-nos explicados pelas perguntas frequentes. Perguntas que nunca imaginaria fazer a mim próprio, como “o que é um DEM?” ou “O que será um DE?”, passarão a ser perguntas frequentes durante a leitura destas perguntas frequentes. Tudo de bom, é o que nos espera da leitura de perguntas frequentes que nos deixam com mais perguntas… e daquelas frequentes.

Ficamos pois a saber que, ao final dos ditos 5 dias somos “infratores” e seremos “notificados”. Tudo muito oficial e juridicamente bem construído para que não haja dúvidas de que pagamos ou somos uns grandes malandros.

Se ainda assim subsistirem dúvidas, já sabem, podem ligar para um número daqueles que se pagam a eles próprios: 707.

Assim, e de modo a tornar mais segura e transparente a informação que os consumidores detêm sobre estas gamas de numeração, foi determinado que as ligações para números iniciados por 707 e 708 não poderão ser tarifadas a mais de €0,10 por minuto nas ligações com origem nas redes fixas e a mais de €0,25 por minuto nas ligações originadas pelas redes móveis. A tarifação será feita ao segundo a partir do primeiro minuto.

Ou então, um número 808

“[…]preço de uma chamada local: 0,0861€ no primeiro minuto e 0,0391€ por minuto nos minutos seguintes (IVA incluído).

Ou então podem usar o formulário no próprio site, indicando o número da notificação e demais informação, mas atenção, a Via Verde “Alerta” que:

Sem prejuízo do compromisso de confidencialidade (que se deve ter como uma obrigação de meios) referente à utilização de dados pessoais, a VIALIVRE, S.A. alerta que existem riscos relacionados com a Internet e bases de dados, sendo possível que os dados pessoais constantes do portal possam ser captados e/ou transferidos por terceiros.

Se não confiam na Internet e não se responsabilizam por coisa nenhuma porque na Internet acontecem… coisas, não deviam pedir no homepage do site que colocássemos lá informação. Talvez tenham escrito isto como um incentivo para se usar os números 707 e 808 sugeridos…

Este mau hábito de dar ao acusador toda a liberdade de agir a seu belo prazer e como se a condenação já tivesse sido passada começa a tornar-se um clássico. Provavelmente pelo excesso de juristas que a nação está a produzir e com tanta oferta de juristas, imagino que a procura esteja a baixar e isso leve os que ainda exercem a apresentar resultados dê por onde der.

Enquanto Portugal for um Estado de Direito Democrático, os seus cidadãos só são culpados após transitado em julgado.

Diferenças entre a mota de 2012 e a de 2015

Comparação do consumo com o custo por cada 100 km entre 2012 e 2015

Comparação do consumo com o custo por cada 100 km entre 2012 e 2015

Já aqui tinha contado como troquei a Yamaha Xmax 250  cm3 por uma Honda Integra 750 cm3 no inicio de outubro de 2014 e o resultado foi que deixei de ter dores nas costas. A troca de uma mota de cilindrada mais baixa por uma maior fica bem patente no gráfico no final de 2014. O consumo sobe e a poupança desaparece… ou talvez não.

Se tivermos em conta a baixa do custo da gasolina, o resultado pode não se tão feio como o gráfico quer fazer parecer. Primeiro quero lembrar-vos que encho sempre o depósito e sempre no mesmo sitio, à exceção de duas ou três vezes por ano, o que já assinalei nos quadros que fui publicando noutras ocasiões.

O quadro abaixo resume o que foi possível apurar dos dados que fui registando.

Médias

média

l/100km

média

€/l

média

€/100km

Honda Integra 750

3,971

€1,50

€5,44

Yamaha Xmax 250

3,637

€1,37

€5,45

Diferença

0,334

€0,12

€0,01

O custo por litro da gasolina sem chumbo 95 à data que comprei a Xmax em janeiro de 2012 era € 1,56 e na última vez que fui encher o depósito janeiro de 2015 era de € 1,239. A diferença entre 2012 e 2015 é de menos € 0,321, mas a diferença da média do litro de gasolina durante a utilização da Xmax e a utilização da Integra é de € 0,12.

O consumo na Xmax resultou em média em 3,637 l/100km. Com a Integra a média de consumo é de 3,971 l/100km. A diferença é de o,334 l/100km.

O resultado mais inesperado é que o preço por cada 100 km se manteve quase inalterado, uma consequência da baixa do preço do petróleo e subsequente valor da gasolina sem chumbo 95.

Se o custo da gasolina se tivesse mantido estável ou mesmo subido, o resultado ter-se-ía traduzido numa operação negativa do ponto de vista da economia, sendo apenas satisfatória do ponto de vista do conforto.

Consumo de gasolina e preço entre 2012 e 2015

Consumo e Preço da gasolina s/ chumbo 95 entre 2012 e 2015

Consumo e Preço da gasolina s/ chumbo 95 entre 2012 e 2015

Andei uns tempos a pensar mudar de mota. O amortecedor da Xmax 250 não era propriamente algo que que me estivesse a fazer bem. As dores nas costas derivado de uma hérnia e das agressões do pavimento eram constantes e cheguei mesmo a pensar mudar de mota para um carro. Este seria o pior cenário para mim.

Quando falei do tema com outros motards, explicaram-me que o problema poderia estar no amortecedor. Na realidade a Xmax tem dois amortecedores verticais que, segundo eles, seriam muito pior que um mono-amortecedor não vertical.

As motas com menos de 500 cm3 não estão tipicamente equipadas com outro tipo de amortecedor. Os sistemas de mono-amortecedor encarecem o produto e tipicamente, sendo motas para usar em curtas-distâncias, os compradores não exigem tanto do veículo.

Troquei de mota para uma Honda Integra 750 cm3 no inicio de outubro de 2014 e o resultado foi que deixei de ter dores nas costas. O amortecedor fica por baixo do banco, mas num diagonal do braço da roda traseira que aponta para o guiador.

O impacto da troca não foi só as melhorias para a saúde, mas também o que está à vista no gráfico. Tipicamente com consumos muito mais vantajosos em estrada por ser de maior cilindrada, os consumos dentro da cidade são de tirar um autor do Poupar Melhor do sério.

Em contrapartida, o preço da gasolina estar abaixo dos preços de 2012 têm compensado as diferenças no consumo, mas isso fica para outro dia.

O preço da gasolina do outro lado do Atlântico

Gas Prices Break Record with Longest Streak of Daily Declines, source aaa.com

Gas Prices Break Record with Longest Streak of Daily Declines, source aaa.com

Eu e A.Sousa não somos os únicos que registamos e analisamos o preço da gasolina. O A.Sousa lembrou-se de ir testar a relação entre o custo do Crude Oil e do gasóleo. Mas a preocupação do Washington Post vai para além da poupança direta de cada um. Onde habitualmente existia um declínio do consumo de combustível que arrastava com ele os preços do combustível antes do período festivo com uma recuperação derivado a esse mesmo período, o gráfico mostra um comportamento detetável só por análise visual é bastante diferente.

Não só o período de declínio não acompanha o movimento de anos anteriores, mas também é mais aprofundado. A preocupação do Washington Post é que isto não é justificável pois a economia americana não se encontra em receção.

É claro que se um mercado for deixado a funcionar sem subversão, então o aumento da produção, isto é, o aumento da oferta, irá fazer com que os preços dexam. O Business Insider têm um conjunto de gráficos de onde decidi destacar a variação na produção de petróleo de vários países produtores entre 2008 e 2013.

This is how much crude oil production changed between 2008 and 2013. The US is way out front, disrupting the global oil game. Read more: http://uk.businessinsider.com/us-energy-production-boom-charts-2014-12#ixzz3NmTtnVRi

This is how much crude oil production changed between 2008 and 2013. The US is way out front, disrupting the global oil game – Business Insider

Mas afinal o que são os cabos que correm na nossa parede?

Ficha de telefone

Ficha de telefone

Já vos tinha aqui contado que andava à procura de uma forma de ligar por cabo as máquinas ao router ou mesmo um router a outro. A solução aqui de casa depende atualmente de um repetidor de sinal WiFi. A ideia era aproveitar a cablagem já existente nas paredes para ligar um router ao outro.

A experiência começa mal. Onde esperava encontrar uma tomada com 2 pares de fios, existe uma tomada com 3 pares. Voltámos ao inicio…

De acordo com a legislação, um cidadão não pode na sua fração autónoma alterar as instalações de telecomunicações. Para isso teria de ser um projetista ITED e um instalador ITED.

Cabos telefónicos de 3 pares

Cabos telefónicos de 3 pares