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Uma caixa de Lego para o Raspberry Pi cá de casa

Caixa de Lego para o Raspberry Pi por @designerferro

Caixa de Lego para o Raspberry Pi por @designerferro

Depois de procurar sem sucesso por uma caixa para o Raspberry Pi (RPi) que nos agradasse, decidimos dedicar-nos à construção de uma destas com peças da Lego. O primeiro protótipo teve a participação da criançada.

A primeira conclusão é que a temperatura do processador de imagem do RPi. O gráfico abaixo foi obtido utilizando o Monitorix e mostra os momentos antes e depois de ter sido enfiado na caixa. Desligámos o RPi para o colocar dentro da caixa e logo a seguir a temperatura média passou dos 50 e muitos para muito perto dos 70 graus Celsius.

Temperaturas do Raspberry Pi antes e depois de ir para dentro da caixa

Temperaturas do Raspberry Pi antes e depois de ir para dentro da caixa

A caixa não está como queríamos porque a ideia era colocar todos os fios a sair pelo mesmo buraco, mas com esta amostra das temperaturas, vamos ter de repensar o modelo e muito provavelmente arejá-lo ainda mais.

Caixa de Lego para o Raspberry Pi aberta

Caixa de Lego para o Raspberry Pi aberta

Dashboard para o Raspberry Pi

Monitorix

Monitorix

Para manter uma visão de conjunto do uso dos componentes do Raspberry Pi decidi instalar o projeto Monitorix. Depois de instalado, ficam com PERL, um servidor web e o RRDtool. É este último que contem aquilo que é preciso para manter os dados e os gráficos do dashboard.

As instruções de instalação para o RaspBMC não são diferentes de qualquer outra distribuição Debian, mas como o ambiente gráfico está tomado pelo XBMC, teremos de usar o acesso remoto (SSH) e passar-lhe os comandos abaixo para instalarem ou atualizarem os pré-requisitos:

apt-get install rrdtool perl libwww-perl libmailtools-perl libmime-lite-perl librrds-perl libdbi-perl libxml-simple-perl libhttp-server-simple-perl libconfig-general-perl

Terão também de fazer o download e instalação manual do  Monitorix:

wget http://www.monitorix.org/monitorix_3.2.1-izzy1_all.deb

Quando terminarem o download, podem dar a instrução de instalação:
dpkg -i monitorix*.deb

Durante a instalação vão ter de configurar o nullmailler, que não passa de um cliente de email. Podem configurá-lo logo para ele vos enviar emails do sistema.

O resultado final é a possibilidade de visitarem o vosso RaspBMC numa página Web e saberem como está a correr o seu dia, a sua semana ou o seu mês.

Os gráficos gerados por defeito vão desde a atividade de rede, uso do sistema de ficheiros ou consumo de processador. Com este último podem ver se ainda têm capacidade disponível para correr mais alguma coisa no sistema ou se já estão a abusar dele.

Outros gráficos poderão vir a ser úteis no futuro, mas por agora fica aqui o gráfico de processamento do dia de hoje onde é possível verem que não fez absolutamente nada o dia todo.

1 dia na vida do Raspberry Pi

1 dia na vida do Raspberry Pi

O Monitorix contém um conjunto de gráficos especificos do Raspberry Pi.  Para ativarem estes gráficos vão ter de mudar a configuração num ficheiro que se encontra em /etc/monitorix.conf, alterar o parametro raspberrypi  para raspberrypi = y e reiniciar o serviço escrevendo service monitorix restart.

De forma a reduzirem o consumo de recursos do vosso Raspberry Pi com o Monitorix,  desliguem neste ficheiro todos os gráficos que não pretendam usar.

Monitorar a temperatura do processador gráfico do Raspberry Pi

Raspbmc Core temperature

Raspberry Pi Core temperature

O Raspberry Pi tem uma série de funcionalidades que ainda andamos a explora e que serão importantes em projetos futuros, como por exemplo a possibilidade de controlar interruptores elétricos que permitam ligar e desligar equipamentos elétricos. Com voltagens mais elevadas coisas como os sensores internos e externos de temperatura serão importantes para monitorar se não vamos pegar fogo à casa.

O resultado da experiência é apresentado no gráfico e a temperatura anda sempre entre os 50 e os 60 graus Celcius.

A temperatura lida diretamente no Raspberry Pi pode ser utilizada através do comando /opt/vc/bin/vcgencmd measure_temp.

O resultado é valor medido devolve o texto temp=48.7'C.Programei o Raspberry Pi para usar este comando e recolher a cada 5 minutos a temperatura para dentro de um ficheiro de texto. A recolha da temperatura é feita com a criação uma linha no agendamento automático de comandos executando o comando sudo crontab -e e adicionando a linha */5 * * * * echo "$(date);$(/opt/vc/bin/vcgencmd measure_temp);Mediu" >> /home/pi/Projects/temptest.txt.

O comando despeja a data (date) e o resultado do comando vcgencmd measure_temp num composto separado por “;” para um ficheiro de texto numa pasta do utilizador pi. Depois é só ir buscar a informação para uma máquina com outro software com o comando de cópia segura (scp pi@raspbmc.local:/home/pi/Projects/temptest.txt ~/Desktop/temptest.txt).

Podem importar os dados, como os do exemplo abaixo, para dentro de uma folha de cálculo para facilmente analisarem os dados ou gerar gráficos:

Jun 2;19:00:01;53.0'C;Mediu
Jun 2;19:05:01;53.0'C;Mediu
Jun 2;19:10:01;53.0'C;Mediu
Jun 2;19:15:01;52.5'C;Mediu
Jun 2;19:20:01;53.0'C;Mediu
Jun 2;19:25:01;52.5'C;Mediu
Jun 2;19:30:01;52.5'C;Mediu
Jun 2;19:35:01;53.0'C;Mediu
Jun 2;19:40:01;52.5'C;Mediu
Jun 2;19:45:01;53.0'C;Mediu
Jun 2;19:50:01;51.9'C;Mediu

Os dados recolhidos não são para já muito relevantes. O aumento da temperatura não pode ser relacionado com nenhum funcionalidade específica, até porque com a quantidade de experiências que já fiz com o Raspberry Pi o ideal era instalar um sistema limpo.

Aparentemente o comando vcgencmd measure_temp está a ler apenas a temperatura do processador gráfico, pelo que as alterações deveriam estar associadas à maior atividade na produção de imagens, mas a relação não foi conclusiva. As horas e dias a que a temperatura esteve mais elevada ou menos elevada não coincidem com os momentos em que estivemos a usar o processador gráfico em tarefas mais intensivas.

Caixa para o Raspberry Pi PRUTA no IKEA Hackers

Raspberry Pi Pruta case - Ikea Hackers

Raspberry Pi Pruta case – Ikea Hackers

Já devem ter percebido pelas fotos que fui mostrando do meu Raspberry Pi que mais tarde ou mais cedo o terei de pôr apresentável.

Embora o custo de uma caixa para o brinquedo não seja nenhuma fartura, como o Raspberry Pi tem entradas de todos os lados, as caixas também têm buracos de todos os lados.

O site IKEA Hackers apresentava uma Raspberry Pi adaptada de uma caixa de plástico que não é nitidamente o que eu quero para uma caixa para o media center. É que não é só poupar a qualquer custo. Temos de poupar, mas tem de ser para melhor.

Para os Ikea Hackers a minha nota é um 5/10 pela boa tentativa, mas isto não vai para a minha sala de estar.

Comando remoto por infra-vermelhos para o Raspberry Pi

Raspberry Pi com sensor infravermelho ligado para testes

Raspberry Pi com sensor infravermelho ligado para testes

O Raspberry Pi como um Home Theater é das coisas mais rápidas de fazer com este pequeno brinquedo. As distribuições como o Raspbmc permitem fazer esta maravilha logo assim que ela sai da caixa. Ligado pela porta HDMI à televisão recebe os comandos do comando remoto da televisão através da funcioanlidade CEC do HDMI.

O comando remoto para o Raspberry Pi pelo protocolo CEC através da televisão não funciona bem como eu esperava. Não sei se:

  • Devido à forma como a Philips o implementa;
  • Porque o Raspberry Pi não responde em condições ao CEC;
  • Porque nada daquilo estava previsto funcionar daquela forma.

A minha experiência com os televisores de hoje é que os fabricantes tentaram enfiar lá dentro tanta coisa que eles não se conseguem nem mexer e por isso o meu culpado estava escolhido: a latência era provocada pelo televisor.

Como não sou de me ficar  a chorar com as fatalidades do destino, fui até ao site Adafruit para descobrir o que tinha de fazer para ligar o recetor infravermelhos de experiências anteriores que tinha lá em casa para receber os comandos por infra-vermelho pelo Lirc. Foi no site do próprio Lirc que fui buscar o esquema que em tempos quis usar para montar um Home Theater PC, mas que não correu tão bem.

Representação do TSOP1738 pelo engineersgarage.com

Representação do TSOP1738 pelo engineersgarage.com

A montagem do site Lirc para uma ligação pela porta série implicava outros componentes que removi com o ferro de soldar. No contactos do recetor de infravermelhos soldei uns fios com uns conectores velhos e liguei as pontas ao GPIO (General Purpose Input/Output) do Raspberry Pi.

O forum de suporte do Raspbmc trás uma explicação completa sobre como montar o recetor, mas os recetores infravermelhos neste site são das séria 4xxx, o que difere nos pin de montagem. Aqui a solução foi ler a referência do meu e pesquisar o esquema dele no Google (PDF).

Depois de instalado, passei à parte de configurar o emissor de infravermelhos, isto é o comando remoto. A parte fácil é ir até à configuração do Addon do Raspbmc através do interface gráfico do XBMC e selecionar um comando remoto que esteja pré-configurado. A parte chata é se não funcionar.

Como ainda tenho o comando remoto prateado da Apple, escolhi essa opção, mas este comando, embora indique que está pré-configurado, nem sempre as coisas são como nos dizem. O que me valeu foi que antes de mim outros houve com o mesmo problema.

A configuração do Apple Remote passa por aceder por SSH ao sistemas Raspbmc por seguir as instruções no próprio forum de suporte a esta distribuição.

Embora tenha conseguido chegar até aqui, porque o Apple Remote só tem 7 botões, ao contrário de outros comandos menos elegantes cheios de botões fruto-a-cores, o funcionamento depende do recetor distinguir se carregámos no botão ou mantivemos lá o dedo. Para isso ainda estou a trabalhar com as instruções do próprio forum de suporte do XBMC.

Boonzi, o software de controlo financeiro local

Categorias criadas no Boonzi

Categorias criadas no Boonzi

Muitos de nós já mantêm uma folha de cálculo para gerir as contas bancárias e os dos impostos.

O esforço de as mantermos os registos das contas bancárias tem a dificuldade de importar os dados dos vários formatos que os bancos disponibilizam e de depois nos irmos adaptando a todas as mudanças que eles vão fazendo sem perder muito tempo. Esta classificação, embora consumidora de tempo, poderá dar-vos uma visão sobre as vossas próprias contas de uma forma que nunca as tinham visto.

A minha experiência é com a folha de cálculo e outras aplicações, mas o Boonzi chegou-nos como um desafio pelo email. Os responsáveis pelo Boonzi tinham ouvido falar do Poupar Melhor e consideraram que éramos um desafio interessante para o produto deles. Qualquer critica, boa ou má, interessava-lhes. O produto já tinha passado por um processo de exposição ao público, mas os responsáveis da Boonzi nos ainda não estavam satisfeitos e transmitiram-nos queriam que fossemos mesmo exigentes com o produto. Queriam a nossa opinião, sem restrições.

Os responsáveis do Boonzi disponibilizaram-nos 3 licenças do software. Esta software  não tem uma versão que execute em distribuições baseadas em Linux, mas vão poder executá-lo em OSX da Apple e em Windows.

O esquema de licenciamento permite a instalação em qualquer máquina lá de casa e aparentemente nada nos impede de usar a mesma licença entre os sistemas operativos cá de casa.

Boonzi opera localmente na própria máquina criando um ficheiro local de dados, o que é uma mudança para todos os novos negócios que se baseiam num software que fica na Internet e que nos pede que coloquemos os nossos dados no servidor que não controlamos.

A minha experiência até agora tem oscilado entre a satisfação e o enfado, talvez pela resistência a mudar da folha de cálculo para o Boonzi.

Boonzi permite importar os dados da conta bancária diretamente por copy & paste a partir das próprias páginas internet ou de um ficheiro com valores separados por virgulas (CSV). Todo o trabalho de organização das classificações que já tinha na folha de cálculo tem agora de ser refeito no Boonzi.

O interface gráfico de utilizador ajuda bastante e facilita alguns passos, sugerindo para descrições semelhantes no banco as mesmas classificações no Boonzi. Quaisquer relatórios dependem depois destas classificações.

A classificação a que a folha de cálculo ou o Boonzi obrigam, embora consumidora de tempo, poderá dar-vos uma visão sobre as vossas próprias contas de uma forma que nunca as tinham visto.

A gestão financeira, como todas as outras, necessita de medidas de base e decisões estratégicas baseadas na descrição dos factos e nos indicadores de controlo que tenham encontrado.

Pessoalmente, gosto da possibilidade de análise sobre os números registados para no meio deles encontrar padrões que possam ter significado quando relacionados com a realidade que os contextualizam. Muitas vezes já sabemos o que os gráficos e os números nos descrevem, mas ver a informação descrita visualmente vale por mil palavras.