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Temperatura da água do mar

A temperatura da água do mar é um tema recorrente nesta altura do ano, sobretudo porque as queixas abundam… Da minha experiência no fim de semana passado, e do que vou ouvindo, a coisa está fria… Parece que é para repetir as temperaturas de há dois anos atrás

Neste artigo vamos deixar os apontadores que temos referenciado no passado, e onde podem ver com mais detalhe a evolução da temperatura da água do mar. A temperatura da água do mar em Portugal pode ser obtida a partir desta página do IPMA, e como podem ver esta previsão para amanhã, as águas frias abundam em toda a costa oeste portuguesa, sendo um pouco mais quentinhas no Algarve:

Temperatura água mar em Portugal

O Instituto Hidrográfico também disponibiliza informação sobre a temperatura da água do mar em algumas localizações da costa Portuguesa. O exemplo abaixo é relativo a Sines, e evidencia como no último mês a temperatura da água do mar tem estado como na Primavera, tendo afundado ainda mais nas últimas horas, para valores dignos do Inverno:

Temperatura água mar em Sines

Em termos da Península Ibérica, o site do AEMET providencia dados que abrangem não só a realidade Portuguesa, mas também toda a costa espanhola. Como podem ver, toda a zona em redor de Benidorm está uma autêntica “sopa”:

Temperatura água mar na Península Ibérica

Quem tem a possibilidade de se deslocar para o Mediterrâneo pode encontrar águas bem quentinhas em vários locais. No site da SOCIB podem encontrar um mapa de temperaturas para grande parte do Mediterrâneo. Para obter a temperatura verdadeira, há que fazer a conversao entre Kelvin e Celsius, ie. subtrair 273.15 para obter o valor da temperatura em graus Celsius. Ao largo da Tunisia estao cerca de 31ºC:

Temperatura água mar no mediterrâneo

Em termos mundiais, o site que referimos neste artigo, permite-nos ver a temperatura da água do mar no nosso planeta Terra. Só dá as temperaturas ao largo das praias, mas mesmo assim dá para perceber que as temperaturas mais quentinhas neste momento serão no Golfo Pérsico, superiores a 35ºC …

Temperatura água mar no planeta

História da Floresta Portuguesa

Muito se tem falado nas últimas semanas sobre a floresta portuguesa e os fogos que a afectam. Muita coisa se tem referido, mas falta claramente uma perspectiva histórica. Olhando por exemplo para a página da Floresta Portuguesa no Wikipedia, verifica-se que as referências históricas praticamente não existem!

Infelizmente, a memória hoje em dia é muito curta! Quando pergunto a qualquer pessoa como eram os montes há uma centena, duas centenas de anos, quase ninguém acerta! Há cem anos, a floresta em Portugal era diminuta. Os matos também não eram muitos. Por isso não ardiam os montes…

A história da floresta portuguesa é muito interessante, mas muito deprimente. Um dos documentos resumo mais interessantes é esta “Perspectiva Histórica sobre a Floresta Portuguesa e a sua Defesa contra Incêndios“. Apesar de ter mais de dez anos, dele retirei alguns extractos:

  • Em 1849, José Maria Grande registava o “arboricídio” das herdades vizinhas do Tejo, onde se cortava o azinho e sobro para carvão.
  • Em 1875, a área arborizada equivalia a 7% do território, com cerca de 670.000ha, compostos por 370.000ha de montados, 210.000ha de pinhais, 50.000ha de soutos e carvalhais.
  • de 1888 a 1938 teriam sido arborizados apenas 21082 ha (Mendonça 1961).
  • Em 1965, existiam cerca de 2.969.000 ha arborizados, correspondentes a 33% do território do Continente
  • De facto, é neste período que a área arborizada atinge o seu máximo, com uns expressivos 3.3 milhões ha. que se reconhecia serem em grande parte sub-lotados, de baixo valor económico, expostos a um risco extremo e com crescentes problemas fitossanitários (Inventário Florestal Nacional, 1995).

Há, na verdade, bastantes documentos sobre a floresta portuguesa na Internet, mas de uma forma geral, bastante datados. E difíceis de encontrar! De seguida fica uma lista, com um nome indicativo para cada um, para que cada um possa ter uma posição mais fundamentada na vertente histórica. Se souberem de mais alguns verdadeiramente interessantes e publicamente acessíveis, digam, para juntar à lista:

Partículas dos fogos florestais

Do mesmo site que referimos para o Mapa de Ventos, temos acesso a outras visualizações muito interessantes! Uma que nos diz particularmente respeito, novamente por estes dias, é a visualização das consequências dos fogos florestais.

Na imagem abaixo, podemos ver as partículas PM1 (partículas com menos de 1 µm), onde se evidenciam dois pontos na Europa. Um é facilmente associável aos fogos da nossa região Centro, enquanto o outro ponto “quente” no sul de França será respeitante aos fogos que por lá grassam também.

Partículas PM1 – 2017-07-27 07:00

A quantidade de gráficos que se pode gerar é muito significativa, podendo-se observar o significado das várias variáveis nesta página de ajuda. Abaixo deixo dois mais exemplos, um relativo a concentrações de dióxido de carbono e monóxido de carbono. O que deixa no ar uma pergunta interessante: quanto CO2 será emitido por estes fogos florestais?

Dióxido de Carbono – 2017-07-26 17:30

Monóxio de carbono – 2017-07-26 17:30

Calor dentro do carro

Todos sabemos que o interior dos carros atinge temperaturas muito elevadas nesta época do ano. Quer dizer, também acontece noutras alturas do ano, como relatamos aqui. E sabemos que as boas práticas podem contribuir para menorizar este problema.

Por estes dias vi um artigo já um pouco datado, mas que me surpreendeu. Em particular, um gráfico relativo às temperaturas atingidas num carro, com as janelas fechadas e ligeiramente abertas (quase 4 cm).

Partindo de uma temperatura interior de cerca de 32ºC, a temperatura sobe rapidamente, quer com a janela fechada, quer com a janela ligeiramente aberta. A temperatura supera os 55ºC em menos de uma hora, (no meu caso já superei estes valores) sendo que mesmo com a janela ligeiramente aberta, a temperatura alcança os mesmos valores que sem a janela aberta. Embora não seja uma conclusão esperada, o gráfico aparentemente revela o que os investigadores mediram, pelo que é preciso muito cuidado com o que se deixa dentro do carro, sejam crianças, animais de estimação ou mesmo outras coisas:

Temperaturas interior carro

Trovoadazinha em Lisboa

Ontem uma das notícias do dia era relativa à trovoada que se havia abatido sobre o País… Curiosamente, não fui acordado pela trovoada, mas por um alarme que despertou em função dela. É já a segunda vez que os alarmes tecnológicos me acordam esta semana, mas enquanto na madrugada de terça-feira consegui correlacionar três eventos estranhíssimos, na madrugada de ontem não fui capaz…

Só ao final do dia de ontem é que consegui correlacionar a informação. O alarme havia disparado em função do trovão? Fui ver logo ao site do IPMA, onde sabia existir uma página que enumera este fenómeno. Surpresa a minha quando havia apenas alguns à volta de Lisboa:

Trovoadas em Lisboa

Enfim, nada que se compare ao resto do País:

Trovoadas no País

O mesmo cenário pode ser comprovado no site lightningmaps.org:

Trovoadas em Portugal

Enfim, o que me faz pensar que foi só uma amostrazinha para os Lisboetas… Nada como na minha infância, passada em locais onde havia trovoadas a sério! Enfim, talvez este seja um reflexo positivo das Alterações Climáticas, o de não estarmos já coletivamente habituados a coisas normais do passado? O que não é todavia nada positivo é ser acordado pelos sensores, e não pelo ruído sentido!!!

Raspadinhas em alta

As raspadinhas é um tema que temos referenciado aqui ao longo do tempo. Referimos por exemplo como se correlacionam os prémios e probabilidades, artigos sobre as probabilidades associadas, e até nos perguntamos porque continuam as pessoas a jogar na raspadinha?

As notícias de ontem sobre o sucesso dos Jogos Santa Casa vão infelizmente num mau sentido, segundo a minha modesta opinião… Se os Portugueses jogaram mais 24% em 2016 do que em 2015, alguma coisa está muito mal! Só na raspadinha, os Portugueses apostaram uns incríveis 1.3 mil milhões de euros, um aumento de 23.3% em relação ao ano anterior…

É verdade que muito deste dinheiro regressa à Sociedade, e muito vai também para o Governoo, mas segundo a minha percepção, quem mais joga não são as classes mais favorecidas. Por isso, para além de ser uma excelente forma de perder dinheiro, funciona também como um “imposto” de taxa regressiva…

Da nossa parte, vamos tentar actualizar as estatísticas das múltiplas Raspadinhas, para verificar pelo menos como andam as probabilidades…