Comentários fechados em A segurança das chaves de proximidade
As chaves de proximidade dos automóveis são uma daquelas coisas giras, mas que levantam os cabelos a quem se preocupa o mínimo com questões de segurança. As chaves de proximidade são aquelas que permitem a entrada num automóvel, e um arranque, sem literalmente a chave sair do bolso ou da carteira.
O problema das chaves de proximidade é o de qualquer sistema sem fios. A intercepção da comunicação sem fios, quando essa comunicação não está codificada/encriptada, permite muitas vezes verificar logo o que se está a passar, e efectuar ataques de repetição, alteração, e muitas outras variantes. Mas, mesmo quando há codificação, há ataques que são possíveis!
A questão surgiu nas últimas semanas porque foi referenciada no podcast mais conhecido de Segurança, o Security Now, mais concretamente no episódio 508. Na verdade, o artigo referenciado é muito antigo, sendo de 2011, intitulado “Relay Attacks on Passive Keyless Entry and Start Systems in Modern Cars“. Nesse artigo, investigadores de uma Universidade Suiça demonstraram como é possível entrar num automóvel com este tipo de chaves, com o seu dono muito longe do automóvel. Os testes efectuados demonstraram esta vulnerabilidade em dez modelos de oito fabricantes.
Ataques deste género são conhecidos há muitas décadas. Neste documento aparecem referenciados como “relay attacks“, mas são também genericamente conhecidos como “man-in-the-middle attacks“. Uma das histórias mais interessantes neste domínio é o do MIG-in-the-middle, embora não passe aparentemente de uma história… Por isso, é frustrante que os fabricantes de automóveis tenham embarcado numa solução destas…
A parte mais preocupante é que há muitos relatos de ladrões e atacantes a tirarem partido deste problema. É um ataque barato. Segundo uma notícia do jornal The Star de Toronto, no Canadá, estes ataques estão a ocorrer em quantidade. Alguns ataques foram mesmo presenciados pelos próprios, como este caso de Los Angeles. E alguns destes ataques já foram filmados, como se observa nos vídeos abaixo:
O que é que podemos fazer se tivermos um veículo com este tipo de chaves? Algumas ideias ficam registadas abaixo:
Arranjar um porta chaves que seja uma gaiola de Faraday. Para verificar se funciona bem, a chave dentro desse porta chaves não deverá permitir a abertura do carro, mesmo que na sua proximidade.
Tirar a pilha da chave de proximidade aparentemente também resolve o problema, tendo que ser utilizada a chave substituta.
O gráfico, visível abaixo, e na página 35 do relatório acima referenciado, evidencia que somos o país com taxa de fertilidade mais baixa da União, e assim nos manteremos nas próximas décadas:
Taxas fertilidade na União Europeia
Quando ouvimos os nossos políticos preocupados com a sustentabilidade da Segurança Social, é bom que tenham em atenção este gráfico. Porque sem mais nascimentos, estamos igualmente condenados. E embora seja uma boa nova observar que essa taxa vai subir, é óbvio que é preciso fazer algo mais… Como se pode ver por estes dados retirados do Google, o problema existe há já cerca de três décadas em Portugal:
O site sofreu grandes alterações em relação ao formato original. Ás formas mais detalhadas de apresentação inicial da informação foi adicionada uma opção simplificada que apresenta as principais conclusões através de gráficos com menos opções e mais fáceis de interpretar.
Nos últimos dias, têm sido muitas as notícias envolvendo a Segurança Social, e como manter a sustentabilidade no futuro. Muitas dessas notícias têm uma conotação política, e por isso muitas vezes não nos contam todas as verdades…
Sendo difícil obter informação isenta sobre esta temática a nível nacional, foi com agrado que me deparei com um relatório muito completo sobre o envelhecimento na Europa. As principais linhas advertem para que que nas próximas décadas, viveremos em princípio até mais tarde e teremos menos crianças. A proporção de trabalhadores a suportar os que estão reformados diminuirá para metade do que é hoje, em 2060. Com base nestes dados, temos alguns elementos que nos permitam perspectivar o que aí vem…
O relatório é muito extenso, com mais de 400 páginas, e por isso tem muita informação. Alguns menos bons, e outros piores. Que abordaremos em vários artigos. Um dos primeiros gráficos não é infelizmente nada promissor. Visível abaixo, verifica-se nele que o rácio entre o valor médio das pensões e o valor médio dos salários irá diminuir em todos os estados membros, excepto no Luxemburgo. O pior é que a expectativa de queda em Portugal, de cerca de 20%, é a segunda maior da União!
Ainda ontem falavamos de como é difícil manter o sério quando falamos com os operadores de telecomunicações. Mas, depois de ler um artigo de Rita Carreira, em que ela explica como foi vítima de fraude, há palavrões que merecem ser ditos!
Resumidamente, alguém contratou um serviço de telecomunicações à NOS, impersonificando a Rita. A NOS, como vários operadores de telecomunicações, e não só, não exige grande coisa para contratar o serviço. Mas quando é para receber, é muito mais eficiente…
O mais chocante neste caso é a aparente conivência da Administração Pública com estes esquemas. Em vez de mandar a PJ tratar de quem impersonificou a Rita, passa via Ministério das Finanças o contacto da verdadeira Rita, para que a NOS a pudesse perseguir!
Igualmente chocante é pensar, eu ou o leitor, que as nossas identidades possam andar por aí a ser utilizadas… Sem qualquer capacidade de nos defendermos!
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