Sacos não degradáveis
No outro dia li mais um artigo que revela mais verdades sobre as consequências associadas à introdução da taxação dos sacos plásticos, no âmbito da Fiscalidade Verde. São claramente as consequências imprevistas (outros designam-nas por disfunções da burocracia) e que, sem qualquer surpresa para mim, resulta muito simplesmente na satisfação das empresas que produzem sacos de plástico para o lixo!
Como vimos neste artigo, é o próprio Ministro Jorge Moreira da Silva a incentivar a compra destes sacos plásticos para o lixo. Qualquer vendedor das empresas referidas no artigo do Observador (Fapil, Auchan e Vileda) não faria realmente melhor!
Todas estas empresas estão pois com boas expectativas para este ano de 2015! Um dos responsáveis diz mesmo que o mercado dos sacos plásticos pretos “apresentou maior dinamismo de crescimento” em 2014, e que “é expectável que durante 2015 se acentue esta tendência“!
O artigo do Observador revela também uma faceta preocupante, e mais uma disfunção burocrática da Fiscalidade Verde. Note-se que a crítica vem precisamente dos ambientalistas:
- Mas muitos ambientalistas não estão convencidos com os argumentos apresentados. Dizem que este imposto vai fazer com que os portugueses reciclem menos e que comecem a comprar mais os chamados “sacos pretos do lixo”, que têm um período de degradação superior aos “leves” dos supermercados.
Mas as disfunções burocráticas não se vão ficar por aqui! Certamente, os sacos plásticos pretos vão começar a encarecer. Por enquanto é possível encontrá-los até a preços abaixo dos 3 cêntimos, mas isso não vai durar muito tempo… O aumento da legionella e de infeções associadas vai aumentar, mas esses casos vão ser despistados como actos de sabotagem. A porcaria nos caixotes do lixo vai aumentar, e os problemas dos plásticos nas lixeiras vai se tornar pior… E, naturalmente, a melhor das consequências imprevistas vai ser o Governo não ficar nem sequer perto de arrecadar 40 milhões neste peditório!