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Smartwhatch, iWatch e outras coisas


A Apple lá anunciou o seu novo Watch como se fosse a última oferenda da tecnologia aos mortais. Felizmente que ainda não me tornei um fan-boy completo e consigo pensar quando vejo uma maçã.

Já ali tinha dito que não tinha intenção de ter outro wearable ou smartwatch que não fosse um Pebble. Com o anuncio do Apple onde dizem que o Apple Watch terá 18 horas de autonomia, volto a dizer que o único wearable que me interessa neste momento é o Pebble, mas o Pebble Time Steel! Já reuniu no Kickstarter apoios no valor de $18,146,342 (e a somar).

 

Classificação das Atividades Económicas

O CAE é a designação abreviada para a Classificação Portuguesa de Atividades Económicas. Já me tinha deparado com esta sigla várias vezes, quer em termos pessoais, quer profissionais. Foi no entanto quando me deparei com o problema das facturas no IRS que procurei um pouco mais sobre o tema.

O INE disponibiliza no seu site uma enumeração completa dos CAEs existentes. É possível consultá-los de várias formas, sendo mesmo possível pesquisar filtrando por código ou designação. É importante saber que esta categorização está harmonizada em termos estruturais e conceptuais com a Nomenclatura das Atividades Económicas da União Europeia (CAE-Rev.3) e com a Classificação das Atividades das Nações Unidas (CITA-Rev.4).

Outra ferramenta útil é o SICAE. É possível consultar os CAEs das empresas, procurando pela sua designação ou número de contribuinte. Podem-se tirar rapidamente dúvidas como aquelas que surgiram nas confusões do IRS, mas também no contexto da obtenção de informações sobre empresas… O SICAE, na zona das perguntas frequentes diz-nos ainda para que servem os CAEs. Ao nível da análise estatística, o código CAE permite:

  • Classificar e agrupar as unidades estatísticas produtores de bens e serviços (com ou sem fins lucrativos), segundo a atividade económica;
  • Organizar de forma coordenada e coerente, a informação estatística económico-social, por ramo de atividade económica, em diversos domínios (produção, emprego, energia, investimentos, etc.);
  • Comparar estatísticas a nível nacional, comunitário e mundial.

Ao nível das atividades económicas, o código CAE permite:

  • Registar as empresas e entidades equiparadas no ato de sua constituição;
  • Promover o licenciamento das atividades económicas;
  • Apoiar as políticas do Governo de incentivos às atividades económicas.

Sacos de lixo preto em alta!

Sacos não degradáveis

Sacos não degradáveis

No outro dia li mais um artigo que revela mais verdades sobre as consequências associadas à introdução da taxação dos sacos plásticos, no âmbito da Fiscalidade Verde. São claramente as consequências imprevistas (outros designam-nas por disfunções da burocracia) e que, sem qualquer surpresa para mim, resulta muito simplesmente na satisfação das empresas que produzem sacos de plástico para o lixo!

Como vimos neste artigo, é o próprio Ministro Jorge Moreira da Silva a incentivar a compra destes sacos plásticos para o lixo. Qualquer vendedor das empresas referidas no artigo do Observador (Fapil, Auchan e Vileda) não faria realmente melhor!

Todas estas empresas estão pois com boas expectativas para este ano de 2015! Um dos responsáveis diz mesmo que o mercado dos sacos plásticos pretos “apresentou maior dinamismo de crescimento” em 2014, e que “é expectável que durante 2015 se acentue esta tendência“!

O artigo do Observador revela também uma faceta preocupante, e mais uma disfunção burocrática da Fiscalidade Verde. Note-se que a crítica vem precisamente dos ambientalistas:

  • Mas muitos ambientalistas não estão convencidos com os argumentos apresentados. Dizem que este imposto vai fazer com que os portugueses reciclem menos e que comecem a comprar mais os chamados “sacos pretos do lixo”, que têm um período de degradação superior aos “leves” dos supermercados.

Mas as disfunções burocráticas não se vão ficar por aqui! Certamente, os sacos plásticos pretos vão começar a encarecer. Por enquanto é possível encontrá-los até a preços abaixo dos 3 cêntimos, mas isso não vai durar muito tempo… O aumento da legionella e de infeções associadas vai aumentar, mas esses casos vão ser despistados como actos de sabotagem. A porcaria nos caixotes do lixo vai aumentar, e os problemas dos plásticos nas lixeiras vai se tornar pior… E, naturalmente, a melhor das consequências imprevistas vai ser o Governo não ficar nem sequer perto de arrecadar 40 milhões neste peditório!

Mapas do Ébola

Quando no outro dia referenciamos o International Health Risk Map, quando acedia ao site da Internation SOS deparei num mapa sobre o estado actual da propagação do Ébola, e que reproduzimos na imagem seguinte:

mapa ebola

O mapa é baseado nos dados da Organização Mundial da Saúde, que publica esses dados aqui. Nessa página, temos uma mapa semelhante, e vários gráficos por país, que nos dão conta da evolução e disseminação da doença:

Mapa Ébola OMS

Mapa Ébola OMS

Felizmente, é bastante notório pelos gráficos que a situação está a evoluir muito favoravelmente! Ainda assim, devemos permanecer alertas, pois recentemente houve uma suspeita em Portugal, mas que afinal se revelou ser de malária. Porque enquanto não houver uma forma de tratamento eficaz, ou vacina, podemos ter que estar sempre preparados para o pior…

A história do colesterol?

colesterol bom e mau

Colesterol bom e mau

Sou um felizardo: os meus níveis de colesterol sempre foram baixos, pelo que nunca me preocupei muito com a temática. Mas admito que a minha percepção é a da manada: que o colesterol é mau! E é mau porquê?

O problema é que recentemente parece que o colesterol já não é tão mau assim! Para mim, esta descoberta começou com a investigação que fiz na altura do artigo da ciência, segundo o Scott Adams. Apontava para uma inversão do posicionamento relativo às gorduras…

Há um mês, foi noticiado que o Governo americano decidiu deixar cair os alertas sobre a ingestão de comidas com colesterol. A documentação oficial está disponível neste link. Tal decisão inverte cerca de 40 anos de alertas governamentais sobre o consumo de alimentos ricos em colesterol. Parece que os ovos afinal não fazem mal, e o que dizer então da manteiga? Os alertas do passado nunca deveriam ter sido introduzidos dizem agora os especialistas!

Naquele que pode ser um dos flops mais monumentais da ciência das últimas décadas, ainda é difícil acreditar. Mas depois de ter lido muito sobre o assunto nas últimas semanas, alguma coisa parece estar realmente engatada. Parece que reina no ar uma vergonha colectiva dos cientistas… Nos próximos tempos irei publicando mais material que vim juntando, mas agora fico-me pela história do colesterol:

  • 1856: Rudolf Virchow, o pai da patologia moderna, observa mudanças inflamatórias nas placas ateroscleróticas nos vasos sanguíneos, e sugere que o colesterol em excesso no sangue poderá ser a causa.
  • 1912: James Herrick descreve pela primeira vez o infarto do miocárdio (ataque cardíaco).
  • 1913: Nikolai Anichkov alimenta coelhos com colesterol purificado a partir de ovo, e verifica que os coelhos registam lesões vasculares inflamatórias.
  • 1940s: Aumento das doenças coronárias atinge os Estados Unidos, e o interesse na temática aumenta.
  • 1948: Começa o estudo de Framingham sobre as doenças coronárias. Ainda decorre hoje.
  • 1949: O termo aterosclerose é adicionado ao International Classification of Diseases. Note-se imediatamente um aumento substancial das mortes associadas às doenças coronárias.
  • 1955: Ancel Keys apresenta a sua hipótese de associação entre a dieta dos lípidos e as doenças coronárias numa reunião da OMS. Foi muito criticado, o que o terá estimulado a desenvolver o estudo dos sete países. Neste estudo, uma das descobertas fundamentais é a de que as doenças coronárias eram raras em algumas populações Mediterrâncias, onde as pessoas consumiam uma dieta com poucas gorduras.
  • 1961: O estudo de Framingham confirma a relação entre os níveis de colesterol e as doenças coronárias.
  • 1961: A American Heart Association recomenda que as pessoas reduzam o seu consumo de colesterol, definindo um limite de 300 miligramas por dia.
  • 1973: Michael Brown e Joseph Goldstein descobrem o gene associado a níveis elevados de colesterol (Familial Hypercholesterolaemia). Ganharão por esta descoberta e pela regulação do mecanismo do colesterol o Prémio Nobel da Medicina em 1985.

Este artigo continuará a ser actualizado à medida que for determinando mais datas relevantes para a história associada ao colesterol. São obviamente bemvindos apontadores para complementar este artigo.

Saúde no estrangeiro

Sempre que se sai para o estrangeiro, sobretudo para países mais distantes, muitas vezes desconhecemos quais os riscos de saúde da viagem.

A International SOS publicou recentemente o seu International Health Risk Map, que nos dá uma visão global do risco médico, por país. O mapa não é propriamente uma grande surpresa, e serve também para publicitar os serviços e locais onde essa empresa privada presta apoio. Ainda assim, é uma referência rápida, e tem mesmo algumas surpresas…

Na Press Release que emitiram, a International SOS dá conta das melhorias em África, resultantes de novos hospitais, com países como a Etiópia, Kenya, Nigéria e África do Sul a verem baixar o respectivo risco. Ainda assim, o risco permanece elevado em muitas zonas do Globo, que esperemos venham a ver os seus sistemas de saúde a melhorar.

Health Risk Map

Health Risk Map