You are currently browsing the archives for the Notícias category


Gozar com os velhinhos e os sacos de plástico

Imagem retirada do Hoje Descobri

Imagem retirada do Hoje Descobri

Ontem, no Hoje Descobri, vi um artigo sobre como as gerações antigas se preocupavam com o ambiente. Versa a forma como as gerações mais novas parecem fazer crer que somos os mais velhos os culpados por tudo o que de mal vai acontecendo na Sociedade, e neste caso particular, no Ambiente. Na pesquisa que efectuei na Internet, parece que o artigo mais antigo que lhe faz referência, e que encontrei, é este do Brasil de Setembro de 2011.

É óbvio que as pessoas mais novas não conhecem, nem querem conhecer, a realidade de há tão pouco tempo atrás. Os mais novos, aqueles que se dizem mais ambientalistas, mas também aqueles que aprovaram a taxa dos sacos de plástico, provavelmente não tem idade para encaixar a provocação abaixo. Ainda assim, acho que não devemos voltar ao passado, mas vale a pena sempre ler, para sabermos como éramos muito mais verdes em outros tempos:

Na fila do supermercado, o caixa diz a uma senhora idosa:— A senhora deveria trazer suas próprias sacolas para levar as compras, uma vez que sacos de plástico não são aconselháveis para o meio ambiente.

A senhora pediu desculpas e disse que não havia essa onda verde no seu tempo. O empregado respondeu:

— Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com o nosso ambiente.

— Você está certo — responde a velha senhora. Nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente. Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidas à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada novo uso, e os fabricantes de bebidas usavam as garrafas umas tantas vezes.

Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhávamos até o comércio, em vez de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência sempre que precisávamos ir a dois quarteirões.

Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. A secagem das roupas era feita por nós mesmos, não nessas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e a eólica é que realmente as secavam. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não outras sempre novas.

Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente naqueles dias. Naquela época, tínhamos somente uma TV ou um rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio — e, afinal, como será descartada depois?

Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos, porque não havia máquinas elétricas que fazem tudo por nós.

Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usávamos jornal amassado para protegê-lo, não plástico bolha ou pellets de plástico, que duram cinco séculos para degradar.

Naqueles tempos, não se usava um motor a gasolina só para cortar a grama; era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não se precisava ir a uma academia e usar esteiras, que também funcionam a eletricidade.

Mas você tem razão: não havia, naquela época, preocupação com o meio ambiente. Bebíamos diretamente da fonte quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas PET, que agora lotam os oceanos.

As canetas, recarregávamos com tinta umas tantas vezes em vez de comprar outra. Afiávamos as navalhas, em vez de jogar fora todos os aparelhos descartáveis e poluentes só porque a lâmina ficou sem corte.

Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou ônibus, e os meninos iam de bicicleta ou a pé para a escola, em vez de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas.

Tínhamos só uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos.

E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.

Então, não é ridículo que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não queira abrir mão de nada nem pense em viver um pouco como na minha época?

 

Validar Facturas para IRS

Hoje é o último dia (foi entretanto alargado hoje até ao fim do mês) para validar as suas facturas no Portal das Finanças. Se não acedeu nas últimas semanas, não se assuste, pois o grafismo mudou. Para um link mais directo, basta clicar aqui.

Depois de introduzir as suas credenciais, terá que classificar as facturas que o Fisco não conseguiu classificar. Isso deve-se essencialmente às facturas emitidas por entidades com mais de uma actividade.

[NOTA 2015-02-15 22:45: Ao voltar agora ao site descubro que há um botão “Complementar Informação Faturas”, que nos leva a uma página distinta, de muito mais fácil utilização, mas sem todos os itens abaixo… Vou tentar averiguar porquê…]

[NOTA 2015-02-16 16:11: É impossível contactar com a AT. Tentei por vários links da folha de cálculo que referimos aqui. Tentei mesmo contactar o 707 do CAT, mas desliguei depois de muitos minutos sem me atenderem… Vou continuar a procurar a explicação para as diferenças/erros.]

Para o fazer, dentro do site, o processo não é propriamente simples. Deverá seleccionar no menu Faturas a opção “Verificar Faturas”. Aparecerá uma lista das faturas que estão por classificar associadas ao seu número de contribuinte. As que verificar se estão associadas a um dos seguintes itens

  • Manutenção e reparação de veículos automóveis
  • Manutenção e reparação de motociclos, de suas peças e acessórios
  • Alojamento, restauração e similares
  • Atividades de salões de cabeleireiro e institutos de beleza
  • Saúde
  • Educação
  • Imóveis
  • Lares

terá que clicar no respectivo link, depois carregar no link Alterar no final da página que aparece, depois alterar o campo “Atividade de Realização da Aquisição”, e finalmente carregar em Guardar.

O método é um verdadeiro pesadelo, podia estar muito simplificado, mas assim imagino que uma coisa mal feita renda ao Estado mais, umas menos devoluções… E estejam cientes que o que vão arrecadar em IRS vão ser uns trocos muito magros… Ainda por cima, no meu caso, apareceram umas mensagens do género:

  • Valor do campo ‘Código de enquadramento aquisição actividades emitente’ inválido (emitente não tem CAE na secção/classe indicada).
Erro finanças

Erro finanças

Custos Chamadas 760

As chamadas 760, 761 e 762 são uma praga para quem vê televisão. Inundam os vários programas, e por uma razão específica: são uma forma de financiamento importante das televisões generalistas… As chamadas 760 não devem ser todavia confundidas com chamadas de valor acrescentado ou audiotexto, pois estas últimas foram bloqueadas, e bem, pelo legislador… Mas não são muito diferentes…

Comecemos primeiro pelo custo. O custo das chamadas 760 é o de uma tarifa única por chamada, independentemente da duração e hora da chamada. Segundo o Plano Nacional de Numeração da Anacom, os custos fixos por chamada são de:

  • 760 xxx xxx    0.60€ + IVA
  • 761 xxx xxx    1.00€ + IVA
  • 762 xxx xxx    2.00€ + IVA

As chamadas 760 são essencialmente de três tipos:

  • O chamador ouve uma mensagem do género “Obrigado pela sua participação”. É muito utilizado quando se quer utilizar estes números como mecanismo de doação.
  • O chamador liga para participar numa votação, escolhendo o voto através da marcação de um número
  • O chamador liga e de x em x chamadas é atribuído um prémio.

Estas chamadas interessam a várias partes. Primeiro, aos operadores, que as publicitam nos seus sites (eg. NOS, Ar Telecom, ). Depois a quem convida para que liguemos para lá. Os interesses ficam claros quando se lê as queixinhas que são feitas à Anacom. E até os casinos se queixam…

Segundo o melhor artigo que encontrei na Internet sobre o assunto, embora já datado (2008), quem publicita o número, eg. televisões, fica tipicamente com pelo menos 40 cêntimos do valor da chamada, ou seja dois terços do valor. Este artigo do DN, ainda mais antigo, revela também alguns pormenores, como a febre de chamadas durante as madrugadas! Mais recentemente, há um ano e meio, apontamos aqui para uma notícia do Correio da Manhã que dava conta dos muitos milhões de euros que as televisões embolsavam com o negócio das chamadas… Em Dezembro passado, o mesmo Correio da Manhã dava conta que a autoregulação introduzida pelas próprias televisões havia feito baixar as receitas em 40% no terceiro trimestre de 2014…

E depois há a seca que é ver TV. Eu já raramente vejo, e então estes programas já estão censurados à partida! Eu compreendo que os apresentadores têm que seguir ordens, mas eu é que não sou obrigado a ver. Depois não se queixem que as pessoas estão a deixar de ver televisão, mas é o que acontece quando se liga a TV e está sempre a passar coisas como:

Tamanho das notas

Quando se fala de dinheiro, poucas vezes nos lembramos sobre o tamanho das notas. É porque não é só o valor que distingue uma nota de 5€ de uma de 500€…

Este documento do Banco Central Holandês, dá-nos uma visão diferente sobre as notas que tradicionalmente utilizamos. Por um lado, não há como enganar que as notas são cada vez mais pequenas, e entre outras razões, eles admitem que os menores custos de produção, armazenamento e transporte são responsáveis por essa tendência.

Curiosamente, eles enumeram os requisitos que os utilizadores têm das notas. São pelo menos cinco os requisitos dos vários intervenientes:

  • As notas devem caber dentro das carteiras
  • As notas devem ser fáceis de inserir dentro dos receptores de notas
  • Devem ir de encontro às necessidades dos invisuais
  • Devem impossibilitar a fraude
  • Devem ser de fácil processamento para os Bancos Centrais e intervenientes profissionais

O documento conta algumas histórias interessantes, como o facto de algumas notas de maior denominação do euro não caberem nas carteiras de alguns europeus. A forma como os invisuais discernem as notas é igualmente interessante, como podem ver na imagem abaixo. No quarto requisito, o documento até explica como algumas fraudes são cometidas… O resto do documento tem bastantes mais exemplos interessantes, que não nos enriquecem, mas que nos dão uma visão diferente das notas…

Como os invisuais distinguem as notas

Como os invisuais distinguem as notas

Jogos de computador que podem ser jogados de graça

Msdos - Prince of Persia, 1990

MSDOS – Prince of Persia, 1990

Alguns dos jogos da nossa juventude estão agora disponíveis para jogar gratuitamente no Internet Archive. Estes eram o jogos que jogava quando ainda ninguém jogava computador e me deixaram curioso sobre o poder da programação. Neste momento não há forma de guardar o jogo ou salvar o progresso, mas sempre é melhor do que nada.

Podem jogar os jogos online no emulador JSMESS (Javascript MESS) (compatível com quase todos os browsers internet). Porque se trata de um emulador no browser não esperem o melhor motor de jogo do mundo.

Vou juntar esta entrada do Poupar Melhor à lista de coisas que podemos fazer com as crianças este inverno. Pode ser que consiga explicar aos meus filhos como nem tudo nos jogos é competição com os outros e sim um desafio para nós mesmos.

Planeta mais Verde, mas não todo…

Fala-se muito de sustentabilidade nos dias que correm, mas uma das coisas que me faz mais confusão é o pouco esforço posto em medidas concretas! Fala-se muito, cobram-se muitos impostos, nomeadamente os novos associados à Fiscalidade Verde, mas acção, muito pouca…

No outro dia li com muito interesse um artigo que falava de um dos grandes desafios dos Chineses, a plantação de uma barreira de 100 mil milhões de árvores, que os proteja da poeira oriunda dos desertos do norte da China. E que talvez ajude também a combater a poluição. A boa notícia do artigo é que a estratégia parece estar a funcionar…

Ávido por saber um pouco mais sobre Portugal, deparei-me com esta notícia de uma organização científica da Austrália, que alegadamente refere que os desertos do Planeta estão a ficar mais verdes, imagine-se, devido a um aumento do dióxido de carbono na atmosfera. O aumento de vegetação entre 1982 e 2010 foi segundo o estudo de 11%. Mas eu cheguei ao artigo pela imagem, que se reproduz parcialmente abaixo para a Europa (original, de grandes dimensões, acessível neste link), e onde se constata que é no sul do País e de Espanha, bem como no norte de Marrocos, que mais vegetação está a desparecer…

Por isso, uma das minhas tarefas deste ano, para além de contribuir involuntariamente para a Fiscalidade Verde, vai ser fazer algo mais substancial, que é plantar umas árvores, e tratar delas, para que este pedacinho do planeta fique mais Verde…

variacao vegetacao 1982 2010

Variação de vegetação entre 1982 e 2010