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Gestores Financeiros

Há uns dias, tropecei no infográfico abaixo, original do site BusinessProfiles. Evidencia-nos como os gestores profissionais de Fundos muitas vezes não conseguem acompanhar sequer os Mercados.

Tal contraria a intuição que temos de que os profissionais conseguem gerir melhor o dinheiro que nós. Embora tal possa ocorrer em períodos curtos, no médio/longo prazo normalmente não conseguem superar a evolução dos Mercados, seja de acções ou de outros títulos.

E nós por cá não somos diferentes. Tivemos a nossa Dona Branca. Os casos do BPN, BPP e BES têm inúmeros casos de pessoas que publicamente admitiram terem confiado o seu dinheiro a gestores, que depois o investiram em “buracos negros”. Mais recentemente, as estratégias de um dos “gurus” online da Bolsa Portuguesa, Ulisses Pereira, foi exposta pelo Observador.

Para contrariar esta tendência, temos que todos elevar a nossa cultura financeira. Sempre argumentei que era um tema urgente a ser incorporado na nossa escolaridade obrigatória, e até parece existir, mas não faço a menor ideia se está a avançar, ou não. De qualquer forma, compete-nos a todos contribuir para incrementar o conhecimento neste domínio.

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Performance dos gestores financeiros nos EUA

Feliz Natal e boas poupanças

Pai Natal

Pai Natal

Mais um ano de poupanças e muita felicidade são os votos do Poupar Melhor a todos os que nos acompanham. Aproveitem para experimentar umas Aventuras com mapas do Minecraft ou outras coisas com as crianças. Experimentem tirar umas fotos com o vosso smartphone explorando-o como se fosse uma máquina fotográfica durante esta época ou terminar aquele projeto com o Raspberry Pi.

Se forem de viagem, não deixem de consultar o mapa das Estradas rápidas do Poupar Melhor e guiem com cuidado.

Dióxido de Carbono onde menos se espera?

Nos últimos anos temos ouvido falar muito do dióxido de carbono. O mau da fita do Aquecimento Global… Por causa dele, temos tido muitas confusões e muitas implicações económicas. Uma das mais notórias diz respeito à energia eólica, cuja existência tem sido o principal factor para o aumento da electricidade em Portugal…

Ontem, na BBC descobri uma notícia particularmente interessante! Aparentemente, há um satélite aí por cima de nós a detectar as emissões de dióxido de carbono! E quando se esperava que iria encontrar o CO2 por cima dos sítios onde supostamente mais se polui, descobriu-se que afinal as emissões estão sobretudo por cima das queimadas do Brasil, África e Indonésia! Na China, não foi propriamente uma novidade:

Locais onde há mais CO2

Locais onde há mais CO2

Por cá, andamos numa de fiscalidade verde. Como é fácil de perceber, andamos a ser enganados! Mas como o satélite revela uma verdade inconveniente, ou vai deixar de funcionar, ou deixar de mandar dados cá para baixo…

Redução do preço do petróleo

A queda do preço do petróleo teve algumas consequência importantes nas últimas semanas. Para quem ainda não viu o gráfico no nosso dashboard, vejam como tem sido bombástica a descida de preços:

Lá por fora, os países produtores ficaram a arder, sobretudo países grandes produtores, como a Rússia e a Arábia Saudita. Mas, em termos geopolíticos tudo é muito mais complexo, sendo este pequeno artigo do Economist bastante sucinto.

Um infográfico do Expresso traduz igualmente bem quem ganha e perde em termos internacionais, pois isso tem sobretudo tradução na Balança Comercial:

Quem importa e exporta petróleo?

Quem importa e exporta petróleo?

Em termos dos consumidores, não há grandes dúvidas de que esta descida é uma benção! Sobretudo para nós Portugueses, que ainda não produzimos nenhum! Anda por aí muita malta  a assustar com esta tendência, mas o susto é para outros! Há também o papão da deflação, mas esse é um problema que nós consumidores suportamos bem! Preços mais baixos do petróleo significam menos custos de produção e transportes de bens, baixa que pode e deve chegar rapidamente aos consumidores, embora nem sempre assim possa acontecer. Quem fala por isso do papão provavelmente estará a pensar mais nas acções em queda livre ou nos resultados menos gigantescos das empresas do sector…

No meu entender, grande parte da justificação para esta baixa do preço do petróleo está num aumento da eficiência de quem consome! Todo o Mundo está a interiorizar as vantagens de poupar, de poupar melhor, e isso tem uma tradução extremamente positiva! Para que isto funcione ainda melhor, é preciso que continuemos a não desbaratar combustíveis, a aproveitá-los da forma mais eficiente possível, como temos referenciado aqui, para que esta pressão para uma baixa de preços seja cada vez maior!

Os reais aumentos da electricidade

Ontem, a ERSE confirmou aquilo que já tínhamos dito. Sobe, porque tem de subir! Os Media propagandearam os 3.3%, mas ninguém quis ir fazer as contas como deve ser. Tal como fizemos para este ano de 2014, e tendo por base o calhamaço da justificação da ERSE, cá seguem as duas tabelas para comparação dos preços de potência e da tarifa do kWh. Cada um que interprete os verdadeiros números:

kVA 2014 2015 %
1.15 2.43 2.49 2.47
2.3 4.26 4.38 2.82
3.45 4.64 4.75 2.37
4.6 6.03 6.17 2.32
5.75 7.42 7.59 2.29
6.9 8.81 9.01 2.27
10.35 12.96 13.26 2.31
13.8 17.12 17.51 2.28
17.25 21.28 21.77 2.30
20.7 25.44 26.02 2.28

 

2014
(>6.9 kVA)
2014
(<=6.9 kVA)
2015
(>6.9 kVA)
2015
(<=6.9 kVA)
%
(>6.9 kVA)
%
(<=6.9 kVA)
Tarifa Simples (<3.45 kVA) 0.1317 0.1367 3.80
Tarifa Simples (>=3.45 kVA) 0.1543 0.1528 0.1602 0.1587 3.82 3.86
Bi-horário Fora de Vazio 0.1821 0.1785 0.1890 0.1853 3.79 3.81
Vazio 0.0955 0.0946 0.0986 0.0978 3.25 3.38
Tri-horário Ponta 0.2066 0.2029 0.2144 0.2106 3.78 3.79
Cheias 0.1642 0.1613 0.1704 0.1675 3.78 3.84
Vazio 0.0955 0.0946 0.0986 0.0978 3.25 3.38

 

Rendido às evidências!

Tal como acontece em alguns sábados, tive oportunidade de ouvir parte do Tudo é Economia na TSF. Esta semana o entrevistado foi Artur Trindade, secretário de Estado da Energia. Dos poucos mais de 5 minutos que ouvi, percebi logo a coisa. Coisa essa que se solidificou quando ontem ao final da noite li a entrevista completa no Dinheiro Vivo.

Para contextualizar, Artur Trindade foi quem substituiu Henrique Gomes no Governo, saída que motivou a tal celebração com champanhe… O que se compreende, pois Artur Trindade vem da ERSE, a tal entidade das subidas da electricidade, conforme certamente se confirmará amanhã

O problema é que não foram apenas os 5 minutos que ouvi. Foi quase toda a entrevista! O petróleo desce muito em termos internacionais, mas pouco em Portugal. E quase dá a ideia que é porque há um preço de referência, sem qualquer utilidade! Na electricidade, está tudo a correr às mil maravilhas, mesmo que metade dos portugueses (como eu) se esteja a baldar para a liberalização, e ainda bem! Mas, a melhor parte da entrevista é o entrevistador a dizer: “não respondeu“.

Percebe-se perfeitamente que o governante não goste de expressões como “margens excessivas”, “rendas excessivas”, e coisas similares. O problema é perceber-se que ele não gosta de acabar com elas! O confrangedor é estar rendido à evidência de que, neste sector da energia, quem manda não está no Governo….