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#PL118 é uma lei da cópia privada

Esta conversa da pirataria sobre a lei da cópia privada é uma mentira pegada. A lei não fala em pirataria, mas em cópia privada, algo mesmo muito diferente. Assim, não tem por objetivo compensar ninguém da pirataria, mas atribuir direitos a empresas sobre algo que está no meu espaço pessoal.

Na realidade o que vamos passar a pagar é o direito de fazermos, por exemplo, o backup dos nossos CD ou converter os DVD para ver num Home Theater PC, algo que dá muito jeito quando estamos doentes. E pouco lhes interessa se o disco é usado para fotos de família uma vez que, potencialmente podemos usá-lo para guardar conteúdos com direitos. Se não o fazemos é problema nosso.

O objetivo é receberem de cada vez que mudamos o meio em que experimentamos o conteúdo. Se isto é para suportar a criatividade, quanto calharia aos autores do PouparMelhor que já ultrapassámos os 1000 posts e os 100 episódios do Podcast? Nada. Zero. Ziltch. Niente.  Para recebermos alguma coisa teríamos de ser membros de uma associação monopolista de direitos de autor.

Isto é uma lei que cobra aos cidadãos da república pela possibilidade de efetuarmos um ato, quer o façamos, quer não.

“Um senhor vai a um restaurante com a esposa e no fim a conta trás o Cover. O senhor diz: mas eu não comi o cover.

O empregado responde: não comeu comesse. Estava na mesa. Podia ter comido.
O senhor manda chamar o patrão, que vem com a mesma conversa: Ah e tal, não comeu comesse. Estava na mesa.

Chateado com a situação o senhor decide pagar só o cover. O patrão e empregado argumentam: O senhor não pagou a refeição. Falta aqui muito dinheiro.

Olhando para os dois muito calmo, o senhor respondeu: a minha mulher estava aqui. Não comeu, comesse.”

Já não seria a primeira vez que veríamos as empresas de direitos a cobrarem-se de quebras de venda potenciais em tribunal, mas agora teremos empresas a cobrarem-se do potencial de uso. Isto é um negócio só suportável pelo poder político. Tratam-se de rendas em que quem as recebe nada irá contribuir para a criação de bens transacionáveis, daqueles que tanto se fala que tanto jeito davam para melhorar a economia nacional.

Quando se premeia a cobrança de rendas sobre improdutividade e essa renda só são cobráveis aos cidadãos do nosso próprio pais, não estamos a melhorar qualquer balança, mas a transferir rendimentos de um lado para o outro. Quando se premeia com rendimentos quem não produz bens transacionáveis, estamos a incentivar o oposto do que necessitamos.

Giroscópios à escuta!

Telemóveis espiões

Telemóveis espiões

Os telemóveis são equipamentos cada vez mais extraordinários. Servem para fazer muitas coisas que anteriormente nem imaginaríamos serem possíveis.

Servem também para fazer coisas más e muitas são os exemplos que circulam pela Internet em como os nossos telemóveis servem para nos espiar. A principal precaução que devemos tomar é verificar que permissões requerem as apps que queremos instalar, sendo que em caso de dúvida, o melhor é não arriscar.

Mas tudo isto pode ser insuficiente. Segundo uma apresentação do início do mês, os giroscópios dos nossos telemóveis podem funcionar como sistema de escuta.

Com um software designado Gyrophone, os investigadores, liderados por Dan Boneh, um professor da Universidade de Stanford, conseguem mesmo já interpretar alguns sons e palavras! E o pior é que às apps não é pedida nenhuma permissão especial para aceder ao giroscópio…

Contruir o seu próprio iPhone

Aqui há uns tempos um senhor fez um telemóvel a partir de um raspberry Pi. A invenção fez as voltas na internet. O vídeo estava no site Hackaday e é a apresentação de um senhor que decidiu construir ele próprio uma placa para colocar dentro do velhinho iPhone 3G e assim encaixar mais sensores lá dentro e permitir a quem o queira apoiar construir os seus próprios projetos.

O telefone tem pelo menos um sensor de temperatura, algo que imagino que o A.Sousa gostava de ter no seu próprio telefone. O telefone resulta numa peça configurável com código disponível no Github.

Portugal consome muitas calorias!

No outro dia tropecei neste artigo do Daily Mail sobre a quantidade de calorias consumida por país. Infelizmente, não consegui encontrar o infográfico no link que providenciavam, e como estava curioso por verificar em que lugar estaria Portugal, tive que ir à procura na Internet.

Neste artigo da Wikipedia descobri que estamos bem no topo da lista, o que não quer dizer que isso seja necessariamente bom! Dos dados originais da FAO disponíveis nesta folha de cálculo elaborei o gráfico abaixo, onde se constata o nosso posicionamento em 9º lugar. Os dados são relativos há alguns anos atrás, mas mesmo assim dão algo que pensar:

Top10 dos países que mais calorias consomem, segundo a FAO

Top10 dos países que mais calorias consomem, segundo a FAO

Custo do ouro

O ouro é um metal que todos conhecemos pelo seu valor. Nunca fui de investir em ouro, há quem o faça e quem também se desfaça dele. Há quem diga que no longo prazo não deixará de se valorizar…

Depois de ver a infografia abaixo, acredito que possam ter alguma razão. O custo de produzir umas onças de ouro é uma coisa proibitiva. Tinha essa noção da série Gold Rush, do Discovery Channel. Mas tal saiu reforçado com o infográfico abaixo, retirado deste artigo do Visual Capitalist.

Nele podemos observar que o custo de produzir uma onça de ouro é mais económico nos Estados Unidos e mais caro em África. A maior parte do custo está no acto de minar. Todavia é em África que estão neste momento a maior percentagem de reservas. Mas, o que mais impressiona, é a quantidade de terra que é preciso mover para produzir: nos 50 locais mais produtivos, é preciso mover uma tonelada de terra para produzir 5.3 gramas de ouro! Mas isso é nos locais onde há muito, porque a mineração que se vai fazer no Alentejo parte do pressuposto de que há apenas 1.57 gramas por tonelada…

Custo do ouro

Custo do ouro

Os receios do Ébola

Vírus do Ébola

Vírus do Ébola

A epidemia de ébola que grassa em alguns países de África tem dado muito que falar nos Media. É uma notícia forte e que nos deve trazer preocupados, embora os especialistas não mostrem grande preocupação. No entanto, esta é a terceira vez que a OMS decreta o estado de emergência de saúde pública a nível internacional, depois de em 2009 o ter feito para travar a epidemia da gripe das aves, e  no ano passado o ter feito por causa de um surto de poliolielite.

O ébola  é um vírus descoberto em 1976 no Congo, numa aldeia junto ao rio Ébola. O vírus transmite-se essencialmente por fluidos corporais, nomeadamente por sangue, líquidos ou ingestão de animais infectados. Medidas mínimas de higiene, como a lavagem com sabão, servem para eliminar o vírus. Durante o período de incubação, que tipicamente demora entre três dias e uma semana, não há sintomas. As febres e mal estar que se segue são comuns a muitas doenças, mas ao fim de dois ou três dias surgem alterações na pele que denunciam o atacante.

O que preocupa no ébola é a sua alta mortalidade, que se estima ser de 90%, e que tem sido de cerca de 60% neste surto. Há esperanças de vários tipos de cura, que passarão tipicamente por uma vacina (afinal trata-se de um vírus), sendo que estão a ser desenvolvidas outras estratégias de tratamento. Esperemos que cheguem rápidas!