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Fazer objetos de plástico reciclado


Com tanto plástico que usamos, reciclar o nosso plástico usado tornou-se um negócio para que o recolhe. A questão que o autor das máquinas do vídeo descobriu é que muitas empresas não querem usar este plástico porque as máquinas que usam são muito caras e receiam avaria-las com plástico reciclado.

O autor criou então máquinas mais baratas, menos precisas, mas ainda assim de acordo com as técnicas existentes para construção de objetos em plástico.

Gosto de fazer as minhas coisas. Há muito que as impressoras 3D me interessam, mas os seus preços e o custo dos materiais usados são uma verdadeira barreira para quem gosta de poupar.

A possibilidade de gerar objetos por extrusão com o plástico reciclado e as experiências com impressoras 3D feitas em casa deixam-me esperançado que alguém venha a resolver juntar estas duas ideias. Ficamos à espera.

O mal das tarifas transitórias

Há duas semanas confirmamos como as tarifas de quase todos os comercializadores de electricidade em Portugal estão a cobrar um preço de kWh idêntico ao do Mercado Regulado. Alguns dos comercializadores dão depois um pequeno desconto sobre esse valor.

Acontece que, e como referimos neste artigo, o aumento das tarifas por parte da ERSE, e segundo o Decreto-Lei nº75/2012 são fixadas “acrescidas de um montante resultante da aplicação de um fator de agravamento, o qual visa induzir a adesão gradual às formas de contratação oferecidas no mercado“.

Esta argumentação, que fez furor na época, está gradualmente a desaparecer. Mas ela existiu e existe de forma clara, conforme podem ler nesta página da EDP:

  • Durante este período será aplicada uma tarifa transitória com preços agravados, fixa pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).
  • Durante este período os clientes continuarão a ser abastecidos pelo comercializador regulado a um preço agravado, definido pela ERSE.
  • As tarifas transitórias são definidas pela Entidade Reguladora dos serviços Energéticos (ERSE) e aplicadas pelos comercializadores regulados. Estas tarifas serão superiores ao preço de mercado de forma a induzir a transição gradual dos consumidores para os comercializadores livres.
  • Os clientes que não optem por realizar um novo contrato com um comercializador em mercado liberalizado continuarão a ser fornecidos pela EDP Serviço Universal durante um período transitório máximo de 3 anos. Durante este período ser-lhes-ão aplicadas tarifas transitórias com agravamento de preços, fixas pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).

O que está a acontecer é muito simples: a ERSE sobe os preços para os clientes do Mercado Regulado, para que estes mudem para o Mercado Liberalizado. As empresas do Mercado Liberalizado acompanham a subida de preços. Como os clientes não têm razões para mudar, é evidente que a ERSE terá que induzir uma subida maior, até para cumprir com o Decreto Lei. O resultado é a bola de neve a que temos assistido no preço da electricidade, e que este ano atingiu níveis disparatados

Suplementos vitamínicos são banha da cobra

by Shannon Kringen

by Shannon Kringen

O artigo da semana passada sobre o infográfico dos suplementos alimentares levou-me a procurar um trabalho recentemente publicado no Annals of Internal Medicine que vem por em causa os efeitos propagandeados dos suplementos vitamínicos. O trabalho com o título Enough Is Enough: Stop Wasting Money on Vitamin and Mineral Supplements vem compilar num só documento de 4 páginas os resultados de vários estudos sobre os efeitos dos suplementos.

Os autores entendem que os suplementos não têm qualquer efeito, nomeadamente porque:

  • Num estudo efetuaram-se 24 testes com suplementos vitamínicos em 400000 participantes, não foi possível evidenciar quaisquer efeitos benéficos da toma de suplementos nas maiores causas de morte, doenças cardiovasculares e cancro;
  • Num estudo em 5947 homens com 65 anos de idade que avaliou a eficácia da toma de suplementos vitamínicos para prevenir a perda de capacidades cognitivas, não foi evidenciada qualquer diferença entre os resultados com a toma do suplemento vitamínico comparado com o placebo;
  • 12 estudos que avaliaram os efeitos das vitamínas B, E e C e ácidos gordos Omega 3 em pessoas com capacidades cognitivas moderadamente reduzidas e demência moderada não encontraram evidências que suportassem melhorias derivadas da toma dos suplementos.

O texto segue a resumir os resultados dos estudos em que se suporta para fazer a afirmação. A conclusão do grupo de autores é que basta de afirmar coisas que não se podem provar nem benéficas, nem prejudiciais, mas acima de tudo de convencer a população alimentada por uma dieta equilibrada que a toma destes suplementos pode evitar as doenças crónicas ou mortais.

These vitamins should not be used for chronic disease prevention. Enough is enough

Decadência dos Media Tradicionais

Uma das coisas que mais me chateia é a inundação de ofertas que me fazem para trocar de operador de cabo. Ora telefonando-me, ora tocando constantemente à campainha!

Por outro lado, e a experiência aqui no Poupar Melhor tem sido paradigmática, os Media só me dão as notícias plantadas pelos interessados, e não fazem esforço nenhum para verificar da sua veracidade. A subida dos 2.8% na electricidade foi apenas um exemplo, que desmontamos repetidamente há semanas. Todavia, só a 22 de Janeiro surgiu a primeira notícia a contrariar a narrativa!

A imagem abaixo, retirada deste conjunto de slides, mostra-nos aquilo que já todos sabemos: que os Media Tradicionais estão em decadência! Os dados são relativos aos Estados Unidos, mas no resto do Mundo, a situação não será muito diferente. As televisões e as rádios estão em franca queda, e mesmo a Internet que se cuide! Os meios móveis vão ser claramente o futuro…

Por isso, não é surpreendente que haja pessoas a desligar os serviços de cabo. Ou que desliguem mesmo a televisão. Há tantas outras coisas interessantes para ver, sem ser os reality-shows e as telenovelas!

Share dos Media nos EUA

Share dos Media nos EUA

Mapa de vento

Utilizo frequentemente os sites de meteorologia para saber o tempo que vai fazer. Já aqui falamos das previsões hora a hora, e também referi das previsões de humidade neste artigo, sendo que ultimamente utilizo regularmente o site meteo do IST, que tem não só previsões horárias por localidade, mas também da totalidade do território nacional.

O vento não é um factor importante para mim, mas é importante em muitos contextos. Já falamos aqui por exemplo do seu impacto no consumo de combustível. Mas muitos outros contextos haverá, como por exemplo no domínio do aproveitamento eólico, do qual ontem falamos. E da tempestade que hoje mesmo assola o País, e que coloca o País em alerta vermelho!

O site embutido abaixo é um excelente exemplo em como se pode dar uma visualização muito interessante a dados habitualmente monótonos. Podem ver no site original, os dados do vento do planeta todo! Carregando num ponto do mapa, conseguem ver os dados desse local. Se carregarem na palavra earth, no canto inferior esquerdo, poderão configurar bastantes mais parâmetros.

O contributo das eólicas

Há já algum tempo que desmontamos um dos argumentos mais sui-generis da ERSE, e que diz que o preço da electricidade tem que subir quando o consumo desce, independentemente do consumo subir!

Mais recentemente desmontamos o primeiro argumento da ERSE e que consiste em culpar os preços da energia primária nos mercados internacionais. Os argumentos utilizados são os da própria ERSE! Depois, olhamos para o contributo que a cogeração dá para o aumento de preço da electricidade.

Nesta sequência de investigação, as referências à energia eólica foram aparecendo disfarçadas. Foi preciso juntar vários dados para colocar as ideias direitas. A principal e que não me sai da cabeça é o contributo da energia eólica no mix de produção da electricidade que nos chega a casa. Está bem visível nas factura da electricidade:

Mix Fontes Energia

Mix Fontes Energia

Ora, como representa a maior fonte, se fosse uma energia barata, então o preço deveria baixar? Mas, se está a subir, alguma culpa deverá ter!

A resposta encontrei-a nos vários documentos da ERSE relativa à subida de preços da electricidade dos últimos anos, e que podem ser obtidos a partir deste link. Daí compilei os valores do sobrecusto dos PRE (Produção em Regime Especial), para os últimos anos, e que só este ano representam 1.75 mil milhões de euros, de um total de 2.64 mil milhões de euros dos Custos de política energética, ambiental ou de interesse económico geral. Deste total do PRE, 800 milhões foram logo despachados para os próximos anos, pelo que os vamos pagar com juros…

Do que sobra, a figura abaixo dá-nos claramente a ideia de onde estão os sobrecustos: as eólicas! Nos últimos anos, o sobrecusto anual das eólicas tem sido acima dos 400 milhões de euros, consistentemente acima da cogeração não renovável, e muito acima dos restantes PRE. E isto sem contar com o que é varrido para debaixo do tapete, e que dá pelos lindos nomes de “alisamento dos custos da PRE” ou “diferimento do sobrecusto da PRE“.

Aqui ao lado, em Espanha, o corte nestas rendas excessivas segue dento de momentos. Por cá, até o Primeiro Ministro se queixou esta semana de no passado “termos muitas vezes contratualizado benefícios excessivos nas renováveis“, mas cortar nessas rendas excessivas que todos pagamos na factura de electricidade, nem uma palavra! Para mim, a conclusão é bem simples: as eólicas podem ser boas para o ambiente, mas são más para a minha carteira!

Sobrecusto da PRE nos últimos anos

Sobrecusto da PRE nos últimos anos