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Novos radares

Depois de sabermos que a carta de pontos teria alterado completamente o comportamento dos portugueses nas estradas, eis que surgem os novos radares, baseados no sistema SINCRO.

É claro que não serão para aumentar a receita das multas. É claro também que o único objectivo é reduzir os acidentes. Certo é que custou uns milhões de euros. E vem tarde. E está muito desactualizado tecnologicamente, pois vejam o que já fazem nuestros hermanos… Mas já começou a apanhar incautos, que recebem uma multa imediatamente!

Enfim, é sempre importante cumprirmos o Código da Estrada. Mas também saber onde são os locais “extremamente críticos”, perdão, os radares. A Renascença fez um mapa interactivo muito interessante, que reproduzimos abaixo. Vejam, para não serem apanhados desprevenidos:

Sinistralidade diminuiu por causa dos pontos?

Aqui há pouco mais de um mês alertamos para a introdução da carta por pontos. Passado mais de um mês sobre a sua introdução, já há estatísticas fresquinhas: segundo o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, as contraordenações diminuíram 25,4% em junho! Segundo ele, os condutores passaram a ter um “comportamento completamente diferente na estrada“.

É claro que como bom político, ele disse que o importante para o Estado português “não é ter receitas pelas contraordenações”, nem “despesas com a sinistralidade”, mas sim reduzir o número de acidentes rodoviários nas estradas. Fui ver à página da ANSR sobre as estatísticas dos acidentes, mas fiquei a saber que a ANSR deixou de publicar dados com a entrada deste Governo. Assim que existirem estatísticas, talvez venhamos a ser surpreendidos…

Se tivermos em conta as estatísticas mais recentes, talvez o Governante tenha sorte nestas estatísticas macabras. É que os acidentes aumentaram quase 5% em 2015, face a 2014. E no primeiro trimestre aumentaram 9%.

E o que é que diz a lógica da batata? Pode dizer que quanto mais alto se sobe, de mais alto se cai? Ou seja, como os Portugueses se acidentaram mais nos últimos tempos, as estatísticas agora vão melhorar? A lógica da batata poderia também pressagiar que ficamos mais pobres em Junho, pois parece que há uma associação entre sinistralidade e dinheiro

Hoje inaugura-se mais uma Maker Faire de Lisboa

Maker Faire Lisbon

Maker Faire Lisbon

O nosso entusiasmo pela inovação e projetos pessoais aqui no Poupar Melhor têm-nos levado várias vezes até ao Maker Faire de Lisboa. Hoje inaugura mais uma Maker Faire de Lisboa.

Como noutras ocasiões, o bilhete é grátis. Tudo o que têm de fazer é registar os vossos bilhetes online e ir até lá ver as novidades.

Dados e Estatísticas de Cursos Superiores

Numa época do ano em que muitos alunos do último ano do secundário estão a realizar a época de exames, descobri um site muito interessante com dados e estatísticas de cursos superiores. Creio ser uma ferramenta absolutamente indispensável a quem se candidata ao ensino superior.

Uma parte do site apresenta estatísticas nacionais, tendo descoberto que a percentagem de concorrentes que entra na primeira opção continua a ser inferior a metade, neste caso de 40%. No Ensino Superior, continuam a ser mais as mulheres que os homens, e já com uma percentagem interessante de estrangeiros (7%).

Noutra parte do site, é possível constatar dados e estatísticas dos cursos. Saber se os alunos se mantêm nele depois do primeiro ano. E com que notas saem do curso. Mas mais importante é saber se os alunos que saem do curso estão ou não empregados!

Com estes dados é ainda possível fazer um tratamento adicional. Como este artigo no Diário de Notícias, ou este no Observador. Onde se confirma que Medicina e Enfermagem continuam a ter muita saída. Nos cursos com mais desempregados, o recordista é o curso de Arquitectura da Escola Superior Artística do Porto, com quase 40% de desempregados…

Electricidade para Marrocos?

Há notícias absolutamente deliciosas! O Álvaro enviou-me ontem este artigo do pplware, relativa a uma notícia do Dinheiro Vivo, sobre o lançamento de um concurso para estudar a possibilidade de se construir um cabo elétrico submarino entre Portugal e Marrocos.

Tendo em atenção todo o historial que temos tido no tracking dos preços da electricidade em Portugal, a primeira ideia que nos ocorreu aos dois, era que a ERSE passaria a ter mais um excelente argumento para subir o preço da electricidade em Portugal. Porque sim.

Mas, vamos por partes. O anúncio em Diário da República refere:

  • Fica a DGEG autorizada a efetuar a repartição dos encargos orçamentais  decorrentes  do  procedimento  de  aquisição  de  serviços  do  estudo  sobre a viabilidade de construção de interligações de eletricidade entre Portugal  e  Marrocos,  para  os  anos  de  2016  e  2017,  até  ao  montante máximo de 200 000,00 €, acrescido de IVA nos termos legais.

Ora, por uma fração desse valor, nós no Poupar Melhor até faríamos esse estudo! Mas, como não nos pagam para isso, ficam apenas conselhos rápidos, que deverão justificar rapidamente a não necessidade de construir o cabo!

Primeiro, comecemos pelo preço. Quanto custará? Uma pergunta a que nunca se responde. Felizmente, na Internet é possível encontrar respostas rápidas. Um artigo de Março do Público estimava em 600 milhões de euros o custo de tal empreendimento. Dividindo aí por uns 6 milhões de consumidores domésticos, serão só 100 euros a cada família…

O artigo do Público começa a resvalar para a verdade, quando nos diz adicionalmente que a coisa já foi estudada, por uma entidade chamada Medgrid, que tinha uma participação de 5% da REN (segundo os dados da própria REN, é de 6.66%), mas que entretanto já foi extinta! De facto, o site dá um erro, e no Arquivo da Internet, a última versão funcional do site é de finais de Setembro do ano passado. Como se pode ver pelo mapa abaixo, nenhum cabo submarino de Portugal para Marrocos estava previsto:

Mapa Medgrid

Mapa Medgrid

Ainda mais interessante nas notícias é que agora a REN está excluída deste processo de forma a que não seja pago pelos consumidores…

Outra fonte de desinformação é passar a ideia de que Marrocos precisa da nossa energia. Tipo, “importa 95% da energia que consome“. Mas, segundo esta apresentação, as importações são responsáveis por apenas 18% do consumo de electricidade, sendo que Marrocos tem interligação com a Argélia, estando também prevista com a Mauritânia, para além das interligações com Espanha… E se for em termos de energia, a importação de electricidade correspondia apenas a 2.2% do total em 2012… E se olharmos para os projetos planeados ou já em curso, é bem provável que comecem a ter problemas como o nosso não tarda nada… Ou seja, quando o cabo estivesse pronto, quem estaria a exportar seriam os nossos amigos marroquinos?

É claro que os nossos amigos Espanhóis também andam a estrabuchar. Na realidade, têm o mesmo problema que nós, que é um excesso de produção de energia renovável. Na página da REE (equivalente REN em Espanha) sobre interligações é possível ver isso mesmo. Mas, a verdade é que a interligação de Marrocos faz sentido é por Espanha. Nesta página do Wikipedia vemos que há muito que isso está a ser feito! A primeira começou a funcionar em 1998, e a segunda em 2006. No horizonte 2020 estão previstos mais três cabos para o continente africano, embora sendo dois para Ceuta, não se possam considerar Marrocos, apesar de estar prevista a natural continuidade.

Na verdade, chegamos aqui porque temos energia renovável a mais, e como foi agora assumido pelo Ministro da Economia, até dá vontade de chorar:

  • Quando há excesso de produção de energia estamos a perder valor ou, como tem estado a acontecer, a escoar para Espanha a muito baixo preço.

Na verdade, é algo que já tínhamos abordado indiretamente neste artigo. Da próxima vez que virem notícias deste teor, lembrem-se do desabafo do Ministro. E que quem paga essas aventuras todas é o mexilhão…

E se o Ministro quiser evitar pagar mais uns estudos, não precisa. O diagnóstico parece claro, e a terapia já foi aplicada aqui ao lado!

Botão Google Scholar para o Firefox

Botão Google Scholar para Firefox

Botão Google Scholar para Firefox

O Google Scholar tem um novo botão no Firefox que quer facilitar a vida a todos aqueles que têm de trabalhar com referências bibliográficas. Quem ande por estes dias a fazer pesquisas no Google Scholar com o Firefox, vai ser-lhe oferecida a instalação de um botão para o Firefox que facilita a vida para encontrar as referências sobre os temas que estão a tratar.

Depois de instalado, podem fazer o que já faziam no site Google Scholar como por exemplo formatar a citação para inserir no trabalho ou importar o resultado diretamente para uma ferramenta de gestão de referências bibliográficas.