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Distância ao televisor

A distância a que nos devemos colocar de um televisor deverá ser uma função da sua dimensão. Com o tamanho de ecrãs cada vez maior, a questão que se coloca é se não estaremos demasiado perto de um televisor grande?

O site RTINGS elaborou um gráfico que nos permite ver qual a distância adequada para determinadas dimensões de televisão, bem como de diferentes resoluções, e que reproduzimos abaixo.

Distância adequada a um televisor

Distância óptima a um televisor

Da imagem retiramos imediatamente a conclusão de que quanto maior é a resolução, mais próximos nos podemos colocar do televisor.

O site do RTINGS dá-nos outras formas de ler o gráfico. Imaginemos que temos uma televisão de 50 polegadas. Começando no eixo dos XX, na posição de 50″, vemos que até 0.9 metros, estamos abaixo da linha azul, o que significa que conseguimos distinguir os pixeis de uma resolução Ultra HD. Se subirmos no gráfico, até aos 2 metros já não conseguimos ver os pixeis de Ultra HD, pelo que essa resolução começa a ser excessiva. Todavia, ainda estamos demasiado próximos para a resolução Full HD (1080p). Acima dos 2 metros, a resolução de Full HD começa a ser excessiva, até que aos 3 metros já é suficiente ter um televisor de 720p. De uma forma sucinta, se estivermos abaixo de uma linha/cor, somos capazes de ver os pixeis de um televisor nessa resolução, mas não quando estamos acima.

Oferta de faca

Como os leitores sabem, cá em casa compramos a maioria das coisas no Continente. Habituei-me a aproveitar as promoções, e embora saiba que também há boas pechinchas noutros locais, para mim o factor tempo é igualmente determinante…

Aqui há uns tempos, o Continente ofereceu uma caderneta para colarmos selos. Por cada 20€ em compras, o Continente passou a oferecer um selo. A caderneta tem 25 selos, pelo que é fácil perceber que é preciso um volume de compras significativo para completá-la.

Em troca de um conjunto de selos, o Continente ofereceria determinadas facas da Thomas. Na realidade, seria possível aceder a facas mais interessantes, pagando um valor suplementar. Descobri depois que estas promoções também existem lá fora.

Não sou de recolher tralha facilmente, mas comecei a coleccionar os selos desde o início. Não contava chegar ao valor necessário, talvez chegasse a uma das facas mais baratas. Não pagaria provavelmente o valor suplementar. Mas, finalmente, completei uma caderneta completa, que me deu origem a uma faca do Chef:

Faca do Chef da Thomas

Faca do Chef da Thomas

Normalmente, fico longe dos objectivos que nos impoem para ficar com mais um objecto em casa. E não sou de pagar os tais suplementos. Mas, desta vez, fiquei com mais uma tralha…

Compreender melhor a máquina de lavar louça

A forma como se coloca a louça na máquina de lavar é algo muito distinto de pessoa para pessoa. Há aquelas pessoas que privilegiam a colocação rápida, outras como eu, que preferem que a louça fique melhor lavada, mesmo que percamos algum tempo a organizar a louça dentro da máquina.

No passado, já falamos da importância do braço pulverizador, da orientação da louça, ou mesmo da forma de colocação dos talheres. Mas tudo isso ficou muito mais compreensível quando li um artigo científico que quantifica muito melhor estas estratégias…

Intitulado Positron Emission Particle Tracking (PEPT) for the analysis of water motion in a domestic dishwasher, de R. Pérez-Mohedano, et al., surpreendeu-me pela aproximação efectuada para compreender melhor o funcionamento destas máquinas. Para o estudo foi utilizada uma técnica desenvolvida na Universidade de Birmingham, designada por PEPT (Positron Emission Particle Tracking). Tal técnica envolve uma partícula radioactiva que é seguida, neste caso, dentro de uma máquina de lavar loiça. Neste caso, foi utilizada para seguir o fluxo de água dentro de uma máquina de lavar loiça.

O estudo, que é muito técnico, tem vários gráficos interessantes, mas naturalmente complexos. O meu preferido é o que está abaixo, e o que determina a velocidade da água, em função da velocidade do motor que bombeia a água, o nível de carga, e a presença ou não de detergente. As imagens de cima são relativa à velocidade quando a água é aspergida no sentido ascendente, enquanto as imagens da linha inferior são as relativas à velocidade a que a água discorre para baixo.

Fluxios

Velocidades da água em em função da variação de três factores

Naturalmente, as conclusões são bastante expectáveis. Um motor com maior velocidade imprime maior velocidade na água, bem como uma menor carga. Os autores afirmam que a existência ou não de detergente não tem grande impacto na velocidade, sendo que as diferenças dos gráficos C e E se deve a outros factores.

Em suma, este estudo traz dados muito interessantes e até apontadores para outros estudos, que procuraremos abordar em próximos artigos…

Plástico Bolha e a influência na temperatura

Na sequência de um comentário de um nosso leitor, elaboramos um artigo sobre o plástico-bolha. Entretanto, como até descobri algum, acabei por fazer umas experiências simples.

Numa das janelas do sótão, coloquei plástico bolha. Nunca tinha experimentado, e a solução não é muito atractiva. Valha-nos que ninguém olha e/ou utiliza a janela. Na outra janela idêntica do sótão, não coloquei nada. Um dos termómetros que detenho, nos gráficos abaixo a vermelho, foi colocado junto da janela onde seria colocado o plástico bolha, enquanto o termómetro a azul foi colocado na janela sem plástico bolha.

Para começar a experiência, comecei por monitorizar a temperatura sem o plástico bolha. Note-se a diferença de temperaturas, que está associada a um dos termómetros, e que me tem impedido de os utilizar de forma comparativa em termos recentes (para todos os efeitos, o termómetro azul representa sempre valores inferiores ao vermelho, mesmo quando colocados lado a lado).

Antes das bolhas

Antes das bolhas

Depois de colocado o plástico bolha, voltei a fazer medições durante vários dias. No gráfico abaixo, que tem uma mesma escala vertical, embora com valores de temperatura inferiores, verifica-se que a distância entre os dois termómetros baixou em termos dos valores mínimos, sendo que o termómetro a azul (o que não tem plástico bolha) chegou mesmo a registar temperaturas mais elevadas durante o dia!

Depois das bolhas

Depois das bolhas

Para forçar o resultado, que parece até contrariar a hipótese inicial, coloquei um isolamento com cartão adicional na janela do plástico bolha. O resultado foi o gráfico baixo, que confirma que a janela sem o plástico bolha registou as temperaturas mais elevadas durante o dia, mas as mais baixas durante a noite:

Final das bolhas

Final das bolhas

O que ocorre efectivamente é que a janela com o plástico bolha (mais o cartão) tem efectivamente um maior isolamento, sendo que isola do frio mas também das temperaturas mais amenas. Também por isso, não fiquei propriamente impressionado com o isolamento do plástico bolha…

Rescisão NOS

Já tinha ouvido referências à dificuldade que era rescindir os serviços da NOS (ex-ZON). Por isso, quando decidimos rescindir os serviços de Televisão, Internet e Telefone, estava preparado para aguentar um caminho difícil. Mas não tão difícil como o que se atravessou na minha frente.

Quando subscrevemos um serviço de telecomunicações, é só facilidades! Quando queremos sair, parece uma missão praticamente impossível. Os relatos na Internet são muitos, e começam alegadamente logo que se subscreve um serviço, mesmo dentro dos primeiros 14 dias após a celebração do contrato, no período em que o consumidor pode exercer o direito de livre resolução. Os relatos dos consumidores enredados no processo abundam igualmente na Internet, como se pode ver em diversos exemplos.

Os problemas começaram em Dezembro, quando liguei para o Suporte a Clientes, 16990, para saber o que era necessário fazer para terminar o serviço. E é aí que começa a tentativa de lavagem cerebral, para não desistir do serviço. São minutos e minutos a explicar que não vale a pena tentarem me impingir o que quer que seja!

Nestas fases, é preciso aguentar firme! Eles vão fazer propostas atrás de propostas, mas basicamente é sempre a mesma coisa! E tenham muito cuidado em aceitar o que quer que seja, porque facilmente ficam fidelizados a uma coisa qualquer. No final, quando percebem que quero mesmo sair, dizem-me que tenho que ficar mais um mês, porque já passou o dia 15, e como a facturação é no final do mês, já só posso rescindir em 2015… E é me explicado finalmente como posso rescindir com a NOS.

Nos dias seguintes, recebi mais outro telefonema muito interessante! A dar razão àqueles que sugerem que existe uma forma muito simples de baixar a factura de telecomunicações: ameaçar rescindir os serviços. Acreditem que a proposta que me fizeram era imbatível no mercado…

A rescisão tem que ser feita por escrito, enviando um formulário para a NOS. Juntamente com o formulário deve ser enviado uma cópia do cartão do cidadão. O envio deve ser feito para o endereço da NOS, e no meu caso optei por enviar em correio azul, registado e com aviso de recepção! A morada para onde enviei foi a seguinte:

  • NOS
    Apartado 52001
    1721-501 Lisboa

Por vias das dúvidas, enviei a mesma documentação por fax para o número 211454235. Segundo vários relatos na Internet, este número vai mudando, por forma a não ficar muito conhecido…

Passado uns dias, passei a receber chamadas estranhas. Originavam dos números 211543563 e 220112563, e tinham uma característica comum: atendia-se e do outro lado, nada, desligando-se a chamada passado uns segundos…  Quando eu ligava de volta para o número, estava sempre interrompido… As chamadas eram insistentes, e acabei por descobrir na Internet que os números afinal eram da NOS.

Há pouco mais de uma semana recebi nova chamada. Atendi, e passados uns segundos, entrou um operador em linha, depois de muitos “tô xim” do meu lado. Nem queria acreditar! O operador não sabia porque me estava a ligar! Não sabia, porque só podia saber depois de eu fornecer o número de contribuinte! Mas só percebi essa parte depois de minutos à espera do interlocutor, que afinal estava à minha espera, que eu dissesse o número de contribuinte. Um processo kafkiano, que consiste em ligar para os clientes, sem saber porque se está a ligar, mas que depois do cliente se identificar, poderá dizer porque ligou… Um phisher não faria melhor!

O que se seguiu foi muito desagradável. Passei a gravar a chamada, após autorização do interlocutor. Alguém que estava a pedir uma identificação, que eu não daria. Pedi para falar com o supervisor, mas não me foi passado. Depois de 25 minutos, o operador, com o consentimento do supervisor, com o qual nunca cheguei a falar, desligou-me a chamada, depois de me dizer que seria contactado pela área da Supervisão dentro das 48 horas seguintes. O que não aconteceu.

Dez dias depois, recebi mais uma chamada da NOS. Estava tranquilo, já tinha recebido o aviso de recepção. Começaram por apresentar-se como interessados em avaliar a minha satisfação relativamente aos últimos contactos. Depois de perceberem que a minha insatisfação era muito grande, voltaram à estratégia de tentarem vender-me qualquer coisa. Já não eram da qualidade, eram novamente comerciais. Depois tentaram perceber porque tinha pedido a rescisão, mas rapidamente perceberam que não ia dar explicações. Passaram à fase seguinte, que foi a de dizer que não tinha enviado toda a documentação…

Grande lata! Voltei a certificar-me que autorizavam a gravação da chamada, e comecei a gravar o Take II. E tomei nota mental para o fazer sempre que me voltassem a ligar no futuro. Não se esqueçam todavia que só podem gravar a chamada quando exista o consentimento prévio e expresso dos utilizadores. Porque aceder às gravações efectuadas pelas empresas a nós, é uma missão que já tentei várias vezes, mas que deve raiar o limite da impossibilidade.

Tive que pedir para falar novamente com o supervisor. Desta vez foi logo à primeira! E o supervisor lá me explicou que tenho que entregar o que falta, mas que tenho 30 dias para o fazer, mas sem prejudicar a data em que submeti o pedido original, o tal antes de 15 de Janeiro. Ao contrário do interlocutor inicial, que referia que tinha que submeter o pedido outra vez, como deve ser, deixando implicitamente que teria de pagar mais uma mensalidade…

Enfim, desta vez vou mesmo ir a uma loja NOS. Vou perder mais do meu precioso tempo. Infelizmente, quando nos queixamos da falta de produtividade deste País, este é apenas mais um grande exemplo! Se calhar, era por aí que devia ter começado…

 

Dashboard de saúde com o Apple Health

Apple Health

Apple Health

Quando saiu o novo iOS 8 para o iPhone, o Health foi bastante publicitado, mas não haviam muitas aplicações que estivessem a usar as suas capacidades. A Apple apercebeu-se que os seus utilizadores estavam de alguma forma preocupados em manter registos das suas evoluções no peso, corrida e outras, mas que esta informação se encontrava dispersa por várias aplicações, o que fazia com que o utilizador ficasse dependente delas.

Quando uma aplicação melhor aparecia, era quase impossível pegar em todos os dados recolhidos numa aplicação e passá-los para a outra. Os criadores de aplicações não tinham nenhum incentivo para facilitar a passagem da informação de um lado para o outro e o utilizador também não tinha nada com que o incentivar.

A criação de um dashboard nativo no iOS fez com que os utilizadores dessem preferência às aplicações que partilhavam a informação recolhida por aplicações que contam os nossos passos ou obtém os dados da pressão arterial com esse dashboard. O utilizador fica com um único sitio para consultar os seus dados: um Dashboard de saúde. E vocês sabem como gostamos de um Dashboard aqui no Poupar Melhor.

Recentemente comecei a usar o Health do meu iPhone. Os dados podem ser registados diretamente no próprio Health, mas o ideal é usar as aplicações que transmitem para lá os dados por estarem otimizadas para a recolha de determinados dados. Para registar as calorias que consumo comecei a usar uma aplicação insultuosa chamada Carrot Hunger, parte do conjunto de apps de que já vos tinha falado aqui. Tenho também uma app que, com a ajuda da câmara e flash conseguem contar o número de batimentos por minuto na ponta do meu dedo.

O resultado da minha utilização do Health na última semana está à vista na imagem. As notícias para mim não são boas. Tenho demasiadas calorias e pouco exercício. O melhor é começar a correr para queimar calorias e reduzir o colesterol.