Para além do ar condicionado, este ano tive oportunidade de efectuar alguns testes com a variação de temperaturas, quando se utilizam ventoinhas de tecto. Já tinha experimentado com ventoinhas anteriormente, mas estas eram diferentes. Neste caso, o teste decorreu numa sala com duas destas ventoinhas, como as que se veêm na imagem ao lado.
A experiência envolveu ligar e desligar as ventoinhas durante períodos de tempo de cerca de uma hora. Nesse período de tempo, permaneci na sala, fechada, a trabalhar com um portátil. As ventoinhas estavam a funcionar no sentido descendente, pelo que estando debaixo de uma, posso garantir que a sensação de frescura era agradável…
Como se pode ver pela evolução das temperaturas no gráfico abaixo, as diferenças das temperaturas alcançadas foi inferior a 0.3 ºC. A vermelho está referenciada a temperatura a cerca de 2 metros de altura, enquanto a azul está a temperatura a cerca de 50 cm do chão. Ambos os termómetros estavam ao lado de uma parede exterior a nascente, pelo que sem exposição solar na altura da experiência, e na vertical um do outro.
De uma forma geral, desligar as ventoinhas significou uma diminuição da temperatura, enquanto o seu funcionamento significava um aumento da temperatura. O período inicial, de estabilização, bem como o da saída temporária da sala, causaram alguma instabilidade nas medições.
A forma como interpreto o aumento das temperaturas com o funcionamento das ventoinhas parece-me simples. O calor concentra-se no tecto e as ventoinhas encarregam-se de devolver esse calor para baixo. Devido à inércia térmica, e como a laje superior estava claramente mais quente, até porque a laje da sala era térrea, tal resultava num aquecimento da sala. Algo porventura agradável no Inverno, mas não no Verão…
Depois desta experiência, resolvi inverter o funcionamento das ventoinhas. Mas isso fica para um próximo artigo…