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Simuladores financeiros

Observar.pt

Observar.pt

Já aqui referenciamos no passado alguns sites e até apps, que nos permitem a comparação ou simulação de vários produtos financeiros. Recentemente conheci o site Observar.pt, que faz, entre outras, as seguintes comparações/simulações:

  • Crédito Habitação
  • Crédito Pessoal
  • Crédito Automóvel
  • Depósitos a Prazo
  • Contas poupança

Os resultados são simples e a sua interpretação eficaz. Parecem estar igualmente actualizados, e assim esperemos que permaneçam, pois muitos rapidamente ficam desactualizados…

Vícios dos Ingleses

Um estudo de uma companhia de cigarros electrónicos (só por isto, tenho que descontar algumas das conclusões) revelou alguns dos vícios dos quais os Ingleses se procuram livrar! A entrevista a 600 adultos revelou quais as coisas com que eles menos gostariam de continuar a contar, mas infelizmente não consegui encontrar nem a metodologia, nem mais nenhuma informação, senão a disponibilizada nos Media Ingleses. A lista dos dez mais é de qualquer forma a seguinte:

  1. Fumar
  2. Praguejar
  3. Coçar o nariz
  4. Roer as unhas
  5. Beber café
  6. Beber chá
  7. Reality shows
  8. Fast Food
  9. Álcool
  10. Compras Conforto

A lista inclui muitos mais vícios, ou outras coisas parecidas. Da lista, a maior parte já foi por mim dominada, com outras a terem sido vencidas mais recentemente, como é o caso do café,  que aliás teve um impacto muito positivo em termos de Saúde.

Não sendo uma obsessão, há realmente muita coisa na vida que não contribui em nada para a nossa felicidade. Dos 50 vícios, apenas identifiquei 12 comigo. Não vou aqui dizer quais são, mas desafio o leitor a fazer também a sua auto-avaliação…

Cobrança das dívidas de prestações de condomínio

Para quem tem de lidar com condóminos com contas em atraso, há ocasiões em que o tempo e a boa vizinhança não irão obter o pagamento devido. Assim apanhei este texto que partilho:

Compete ao administrador do condomínio cobrar as receitas e efetuar as despesas comuns, bem como exigir dos condóminos a sua quota-parte nas despesas aprovadas.

Em caso de incumprimento do pagamento dos encargos de condomínio por parte do(s) condómino(s) faltoso(s), incumbe ao administrador a instauração das competentes ações judiciais destinadas a cobrar os montantes em dívida, maxime a instauração de execução.

A ata da reunião da assembleia de condóminos poderá constituir título executivo contra o proprietário que deixar de pagar no prazo estabelecido a sua quota-parte, nos termos do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 268/94, de 25.10, possibilitando assim ao administrador ultrapassar todo um processo declarativo.

Para o efeito, a ata terá de conter necessariamente a deliberação que aprove o montante das contribuições devidas ao condomínio ou quaisquer despesas necessárias à conservação e fruição das partes comuns e ao pagamento de serviços de interesse comum, que não devam ser suportadas pelo condomínio.

Se o condómino devedor, após interpelação para o efeito, persistir no incumprimento, deve o administrador mover a competente acção executiva contra o condómino relapso, para obter a cobrança coerciva das despesas em causa, podendo peticionar, entre outros, o pagamento integral das importâncias ou montantes devidos, juros vencidos e vincendos até integral pagamento.

A execução inicia-se com a apresentação do requerimento executivo ao tribunal, preferencialmente por via eletrónica, mediante o preenchimento e submissão do formulário de requerimento executivo disponibilizado no site www.citius.mj.pt.

Dúvidas houvesse que na posse das atas com as dívidas dos condóminos faltosos haverá força suficiente para executá-las, fica aqui a lista de tarefas para chegarem à cobrança judicial com menos sobressaltos:

  1. Convocar a Assembleia de condóminos de apresentação de contas e apuramento de dívidas com cálculos dos respetivos juros de mora. Fazer as contas dos juros de mora a 4% ao ano desde o dia da divida até à data da reunião;
  2. Na reunião apresentar as contas na lógica que no ano XXXX o condómino devedor devia o total de cotas no valor de € XXXX e o total de € YYYY  em juros vencidos e a vencer até data DD/MM/AAAA, perfazendo o total de € XXXX+YYYY. Fazer o exercício por cada ano.
  3. Na Assembleia de condóminos pedir votação para recurso a advogado no sentido de, caso haja necessidade, fazer seguir para um advogado para resolução judicial. Garantir a aprovação das custas de cerca 500€ e do advogado, acrescidos de IVA e demais taxas e impostos.
  4. Antes da reunião o Administrador do Condomínio pode tentar chegar a acordo com condóminos devedores, acordo esse que deverá ser aprovado em Assembleia de condóminos.

A que velocidade nos ultrapassam?

Há uns dias, referenciavamos como contar distâncias numa autoestrada. Mas há outra pergunta que creio muitos de nós fazemos quando somos ultrapassados na autoestrada, ou noutra qualquer estrada: a que velocidade vai quem nos está a ultrapassar? A estratégia que utilizo requer alguma capacidade de contar as marcas descontínuas que nos aparecem à frente.

Para fazer o cálculo, comece a contar as marcas ao ser ultrapassado. Tem que contar as que percorre, e as que são percorridas por quem o ultrapassa. Certifique-se que o faz em segurança, pois está a desviar a atenção da sua condução! Ou então deixe a tarefa para quem vai ao lado.

Se vai a 120 Km/h, e percorreu quatro marcas, enquanto o que o ultrapassou percorreu 5 marcas, então quem o ultrapassa vai a 5/4 da sua velocidade, ou seja a 150 Km/h. Portanto, a fórmula geral é dividir as marcas de quem ultrapassa, pelas suas marcas, e multiplicar pela sua velocidade!

A fórmula também pode ser utilizada para calcular a velocidade inferior de quem nos preparamos para ultrapassar. Todavia, creio que é uma questão pela qual menos se interessam…

Contar distâncias numa autoestrada?

Num artigo anterior, abordavamos a ideia da distância de travagem, e de como é útil termos a perceção qual é essa distância, nomeadamente em autoestrada. Se tivermos um GPS, esse cálculo é fácil, mas o mesmo não se verifica quando não temos tecnologia à disposição.

Acontece que medir o que são 100 metros numa autoestrada não é particularmente fácil, apesar de algumas, pelo menos, terem marcas de hectómetro em hectómetro. Todavia, como elas não são facilmente visíveis, nomeadamente para o condutor, haverá que recorrer a outros métodos…

O que mais utilizo traduz o tempo em distância. A 120 Km/h, percorremos 2 Km por cada minuto. Encontrando o menor denominador comum, 1 Km demora 30 segundos a percorrer, pelo que se percorre 100 metros em 3 segundos. Ou seja, cada segundo representa um pouco mais que 33 metros! Se tiver jeito para contar o tempo mentalmente, o cálculo é relativamente linear.

Outra forma de calcular é contar as marcas das linhas descontínuas durante um certo período de tempo. Em função da contagem de tempo, é possível verificar a quanto corresponde cada traço. A variação da dimensão dos traços é todavia um problema claro nesta estratégia, pelo que recorro mais frequentemente à anterior.

Participar das decisões do orçamento

The peoples budget

The peoples budget

A ideia de gerir o orçamento comum com base numa participação ativa dos cidadãos pode ser uma solução para não voltarmos a estar na mesma situação em que Portugal se encontra hoje. Com a participação as perguntas vão ter de ser feitas e os dados vão ter de ser questionados. A resistência ao conjunto de opções deste orçamento de estado poderá vir talvez da continuada falta de participação dos cidadãos face ao que lhes é pedido. Os cidadãos são afastados continuamente da política pelas mais variadas razões:

  • Responsabilidade difusa;
  • Resultados sempre iguais;

A realidade é que os cidadãos portugueses se fartaram de ir às urnas.

Abstenção nas eleições portuguesas

Abstenção nas eleições portuguesas

As pessoas acabam sempre a queixar-se que pagam demais, ou que os políticos são todos uns mentirosos, ou que a conta é demasiado alta, mas também nunca lhes perguntaram como querem gastar o dinheiro.Perguntam-lhes: “Querem isto que é muito bom?”. Aqueles que questionarem a oferta aparentemente gratuita são ofensivamente apelidados de “complicados” ou “desmancha prazeres”.

Quando chegam, os dados da despesa respondem sobre onde nos comprometemos gastar o pouco dinheiro que temos. Na prática só nos apresentam o resultado depois do acontecimento. Com o compromisso já feito, pedem-nos que tomemos decisões sobre cumprir ou incumprir. A realidade é que se a previsão e compromisso deviam ser conhecidos em conjunto, já vimos como as previsões e a  realidade nem sempre batem certo.

O orçamento participativo é em parte uma forma de reduzir a distância entre a tomada de decisão e a realidade do seu impacto, mas também porque permite através da mobilização dos cidadãos, reduzir a resistência a algumas das medidas mais difíceis. O conjunto das decisões dependem do que for acordado pelos cidadãos de forma ordenada pelos eleitos.

Quando se fala de orçamento participativo é comum falar-se da experiência de Porto Alegre no Brasil:

In Brazil’s Porto Alegre (population: 1.5 million) they have been doing it since 1990. Then, the city was almost broke. Schools were short of chalk, clinics low on aspirin. Local bureaucrats, by contrast, were due a hefty pay rise.

A ideia foi permitir que as decisões mais importantes fossem tomadas pela comunidade.