As conversas habituais do fim do mundo sem petróleo já vêm desde dos anos 70. Isso leva-me sempre a pensar nas coisas fantásticas que poderia fazer se dominasse o poder do Sol. Nem que fosse, alimentar as consolas e telemóveis recarregáveis cá de casa seria já um tento de honra se conseguisse. Mesmo que a poupança fosse quase nula, a aprendizagem poderia dar frutos mais tarde.
Nas contas a fazer terão de somar o custo total dos equipamentos a instalar e subtraí-lo do ganho esperado durante o seu tempo de vida. Se o valor for maior que zero, não justifica o investimento.
As contas envolvem muitas variáveis, como seja a informação de radiação solar disponível numa certa zona para a colheita e produção de energia. As contas a fazer passam por saber coisas como:
- Colocação geo-referenciada dos painéis;
- A inclinação ao trajeto do sol;
- A radiação disponível; e
- As perdas previstas do sistema a instalar.
O site do Joint Research Center da Comissão Europeia oferece uma calculador para nos ajudar nisto. O resultado são varias tabelas repletas de dados para outros cálculos, necessários fazer se estão a pensar na colocação de painéis fotovoltaicos.
Numa conta por alto com a ajuda do amigo Sergiu S., tendo em conta uma exposição média dos painéis ao Sol, num investimento de cerca de €650,00 pode permitir obter um ganho mensal de €10,00 para um tempo de vida estimado em 30 anos. Isto dava um painel de 240 W com menos de 2 m2. O amigo Sergiu S. deixa uma nota na explicação que me deu: como o inversor custa cerca de €300,00 e a saída dos painéis pode ser 12V, se quiserem isto para alimentar uma solução para consumo imediato com a mesma tensão, não precisam desta peça.
As contas feitas assim até parecem coisa simples, mas a coisa não é tão simples como isso. O site do Peakoil.com tem um conjunto de fórmulas aplicáveis e a experiência portuguesa está documentada no texto One Year of Solar Power, publicado por Luis de Sousa.
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