Mercado Liberalizado da Electricidade: mais do mesmo

Com a enorme subida de preços do kWh, voltei a ver se o Mercado Liberalizado da Electricidade teria finalmente acordado. Já havíamos efectuado esse trabalho há um ano atrás. Mais valia estar quieto, mas já que fiz o exercício, aqui vão os resultados da pesquisa. Como podem comprovar, as poupanças são absolutamente negligentes, sobretudo no contexto dos recentes aumentos da ERSE.

A Endesa, que ganhou o leilão da DECO do ano anterior, para começar tem os preços desactualizados, como podem ver neste link. Ele está acessível do lado esquerdo do site, clicando-se em “Tarifa Luz Endesa para domésticos” aparecendo depois do lado direito o link “Ver condições da oferta”. Uma vez contactados, disseram-me que não dão desconto sobre o preço do kWh, mas apenas 15% no termo de potência.

Os tarifarios da GALP Energia também não têm descontos no preço do kWh. Dão apenas desconto no termo fixo, de 10%, 15% e 25%, nos Planos Base, Online e Comfort, respectivamente. Os valores do kWh são os mesmos do mercado regulado.

Na EDP, o cenário é um pouco mais complexo. Dão descontos, que aparentemente incidem sobre o termo de potência e valor do KWh. Com o Casa Click, o desconto é de 3% para os tarifários simples, mas de apenas 1% para os tarifários bi-horário, inferiores a 6.9 kVA, nos quais me incluo. O tarifário Casa é pior, com descontos de 1% para os tarifários simples, ou 2% se se optar pelo pagamento em débito directo. No bi-horário, para dispor do desconto de 1% é também necessário autorizar o débito directo. A EDP é clara quando diz que “os descontos incidem sobre as tarifas reguladas”.

A Iberdrola, nas suas tarifas domésticas, regista exactamente os mesmos valores de potência do Mercado Regulado, e no preço do kWh não regista valores inferiores aos do Mercado Regulado, registando mesmo alguns valores superiores!

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