Imposto sobre a orientação solar???

Ontem ao final do dia, quando li a notícia sobre a orientação solar e a subida de IMI, não queria mesmo acreditar! A notícia tem origem no Jornal de Negócios, mas na versão online não se lê nada, pelo que nem vale a pena aqui linkar.

OK, uma vista privilegiada ainda se entende, mas espero ansiosamente como vão calcular isso. Agora, pagar um imposto sobre o Sol que entra em casa??? Como é que primeiro vão calcular isso? Qualquer casa isolada tem alguma coisa virada a sul. Deve ser para onde estão viradas as janelas? Ou o tamanho delas? E que vai ser dos rés-do-chão, na selva urbana, que só vêm Sol no pico do Verão, que é quando menos interessa? Vão diferenciar por andar? Ou vão mandar um fiscal várias vezes por ano, para ver quantos lúmens entram dentro de casa???

É claro que não faltam chico-espertos no meio disto tudo, para nos enganar. Como aquele responsável que ouvi num dos Telejornais a dizer que esta receita reverte para os Municípios, e portanto representará menos despesa para o Estado Central!!! Esse, nunca deve ter visto como um porco engorda! Ahhh, e tenho a certeza que as Câmaras vão começar por reavaliar as casas viradas a Sul, porque as casa viradas a Norte vão passar a ser beneficiadas! Essas ficarão para muito mais tarde, à espera que os proprietários não descubram

Esta medida é tão estupudificante, que imagino que tenham que mudar o ensino da Arquitectura. Sim, porque agora ter uma casa com boa exposição solar é sinónimo de uma sobretaxa maluca. E sim, beneficia os  infractores, aqueles que vão começar a fazer casas sem janelas. Bastiat não imaginaria melhor! O que vem a seguir? Também aposto no oxigénio!

Este País está definitivamente louco! Nem há tempo para indignação, porque estamos na silly-season, e estão todos a apanhar … Sol??? Da próxima vez que ouvirem falar de eficiência energética, energias renováveis, e boas práticas, já sabem o que os espera a seguir!

Bónus! Sim, parece ser unânime que este imposto está ao nível de um dos piores impostos de sempre! Basta pesquisar no Google, para encontrar essa quase unanimidade (fiquei-me por cinco, mas é a pontapé!):

Flower Power uns meses depois

Há cerca de três meses ofereceram-me um Parrot Flower Power. Como referi no artigo da Internet das Flores, é um aparelho interessante, e permite-me acompanhar o crescimento da minha roseira…

Passados estes três meses, tenho gráficos mais completos, como se pode ver abaixo. No primeiro, relativo à temperatura, podemos observar uma subida sistemática das temperaturas. Note-se que os valores muito elevados resultam da exposição do sensor directamente à luz solar. Note-se igualmente a subida das temperaturas mínimas, por duas ocasiões, nas últimas semanas:

Temperatura nos últimos três meses

Temperatura nos últimos três meses na minha roseira

Em termos de humidade, a mesma tem-se mantido estável. À custa de uma rega praticamente diária. Naqueles dias em que me esqueço, os valores descem rapidamente… Ainda assim, tenho conseguido manter níveis de humidade particularmente estáveis ao longo das últimas semanas:

Humidade no solo da minha roseira

Humidade no solo da minha roseira

Não usem a C3Priv da CNPD

Pen C3Priv oferecida pela CNPD está desatualizada desde 2014

Pen C3Priv oferecida pela CNPD está desatualizada desde 2014

Se não sabem o que é o C3Priv, eu explico. A “Pen C3Priv” pretendia ser:

uma Pen USB contendo várias aplicações configuradas para devolver ao utilizador um maior controlo da sua privacidade quando navega na Internet, ao mesmo tempo que lhe oferece a portabilidade dessa proteção quando precisa de aceder à Net a partir de um computador que não é o seu.

Deixem-me recordar-vos da pompa e circunstância com que em 2014 se apresentou a iniciativa conjunta da Comissão Nacional de Proteção de dados (CNPD) com a Universidade do Porto que pretendia “devolver a privacidade ao cidadão“:

  1. Como usar o Kit português anti-espionagem da CNPD?
  2. Devolver ao utilizador o controlo da privacidade
  3. Kit português de aplicações contra espionagem disponível a partir de hoje
  4. Ferramentas para navegar na Internet de forma mais segura disponíveis para download
  5. Comissão de Protecção de Dados disponibiliza aplicação para proteger computadores
  6. CNPD oferece ferramentas de controlo de privacidade

Acontece é que o software para a Pen C3Priv, depois da fanfarra e fotos de inauguração, foi deixada ao abandono. Como todo o software que não é mantido, o ideal é não o usarmos. Por não ser mantido, o que acontece é que defeitos detetados podem ser usados para atacar os computadores de quem os utiliza.

Era mais uma iniciativa cheia de boas intenções. Já sabemos que, como nos ditados populares, de boas intenções estamos todos cheios. De coisas que se sustentem é que é já é diferente. A coisa foi anunciada em fevereiro de 2014 para chamar a atenção sobre a mudança positiva de liderança na CNPD, mas sustentar a sério que é bom, tá quieto. De março de 2014 até hoje o pacote oferecido pela CNPD não sofreu quaisquer alterações, deixando assim os utilizadores que escolherem usar mais vulneráveis.

Infelizmente são as instituições que temos. Alguns sabem cada vez menos sobre os meios em que operam e, em lugar de ajudar, ainda nos expõem.

Ar Condicionado a diferentes temperaturas

Já todos ouvimos referências às diferenças de consumos quando programamos um ar condicionado a diferentes temperaturas. Tive oportunidade de constatar isso com bastante clareza este fim de semana.

Para que a comparação seja justa, é preciso dizer que quer no Sábado, quer no Domingo, a temperatura máxima foi de 35ºC. No Sábado a mínima foi de 19ºC, enquanto no Domingo a mínima foi de uns estonteantes 25ºC.

No Sábado, a temperatura do espaço a condicionar foi de 24ºC. O gráfico de consumo de electricidade no Sábado é o visível abaixo, e como se pode constatar, o ar condicionado esteve a consumir electricidade durante praticamente todo o período em que esteve activo, consumindo sistematicamente mais de 1 kWh:

Electr

Electricidade consumida para arrefecer espaço a 24ºC

No Domingo, a temperatura do espaço foi programada para 26ºC, e como se pode ver pelo gráfico abaixo, o ar condicionado teve muitos períodos em que o seu consumo de electricidade foi nulo. Os valores de pico foram bastante semelhantes, ou até marginalmente mais elevados. A diferença de consumo entre os dois dias foi de cerca de 6 kWh, mas como no Domingo arrefeceu cerca de uma hora menos, então a diferença de consumo terá sido de cerca de 5 kWh, um custo adicional de cerca de um euro, no Sábado, para arrefecer mais 2ºC…

Diferença que fazem 2ºC

Diferença que fazem 2ºC…

Mapa de Radares de Portugal

Há uns dias, referimos aqui o aparecimento dos novos radares. Nele referenciamos um mapa com a localização desses radares.

Entretanto, descobri um mapa ainda melhor. Tem radares fixos e móveis, bem como os sítios dos pontos negros e os novos radares SINCRO. Está disponível no site Radares de Portugal, site que também tem notícias interessantes relacionados com o tema. Assim, antes de partirem de férias, deêm uma vista de olhos:

Multitasking e esforço cerebral

Já não falava aqui há algum tempo sobre multitasking. Para mim, o segredo é paralelizar diversas tarefas ao longo do tempo, sem cair no perigo da procrastinação.

A leitura de um artigo que associa o multitasking ao cansaço não me surpreendeu. O esforço cerebral aumenta naturalmente com o multitasking, e portanto não nos devemos admirar que isso drene as nossas reservas. O artigo refere quão dependente às vezes estamos da cafeína, e no meu caso tento evitar esse consumo.

O artigo refere como o multitasking consome glucose oxigenada do cérebro, e como isso pode contribuir para um sentimento de exaustão. Tal como muitos processadores, o nosso cérebro não é muito bom a fazer várias coisas ao mesmo tempo, pelo que tem que rapidamente comutar entre as eventuais tarefas a que nos estamos a dedicar…

Os autores chamam a atenção para o efeito cafeína, e como isso não resolve todos os problemas. Pode ser bom para pôr o nosso cérebro em overclock, mas na verdade o que ele precisa de vez em quando é de uma boa pausa! E essa pausa não é sinónimo de vaguear pelo Facebook, pois isso continua a exigir um grande (ou enorme) processamento cerebral.

Os autores não defendem o multitasking. Em vez disso, defendem que devemos dedicar diferentes períodos de tempo para cada uma das actividades separadas. Mas, na prática, os seus conselhos são difíceis de aplicar, sobretudo num contexto profissional, quando defendem por exemplo que só devemos ver o email ao início da manhã, e só depois ao meio-dia…