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Antevisão dos preços de combustíveis

Esta semana foi outra semana em que se verificou uma descida dos combustíveis. Tal havia sido previsto pelos Media no final da semana passada. Mas, para mim, ter um horizonte de monitorização de preços dos combustíveis mais alargado parecia-me possível.

Uma das primeiras ideias é seguir o preço do Brent, que é o preço de referência do petróleo para Portugal. Há vários sites da Internet onde essa informação pode ser seguida, mas prefiro utilizar a informação disponibilizada pela Bloomberg. No seu Índice EUCRBRDT:IND podemos observar que nas últimas semanas a tendência tem sido de queda:

É ainda possível monitorizar preços específicos da gasolina. Neste caso utilizo o indicador “Bloomberg Gasoline 95RON 10ppm FOB ARA Spot Barges“. Como se pode ver pela primeira imagem abaixo, a tendência actual é também de descida.

Infelizmente ainda não arranjei gráficos de gasóleo. Não parece existir muita informação publicamente disponível. Um dos sítios onde se encontra mais informação é na Autoridade da Concorrência, que elabora boletins mensais, em que fornece informação sobre os preços e quantidades mais relevantes no sector dos combustíveis rodoviários. Para os interessados na evolução dos preços, é uma leitura importante. O mais recente é o de Maio.

Mas esta é uma área em que a investigação está a começar. Voltaremos rapidamente a ela. Até porque poderá ser realmente uma fonte de poupança muito interessante saber-se quando se deve atestar, ou quando se poderá tentar esperar um pouco mais para abastecer!

Combustíveis em subida

Preço do combustível onde abasteço - por @alvaromferro

Preço do combustível onde abasteço – por @alvaromferro

E tal como a Primavera volta todos os anos, os combustíveis voltam a subir.

A imagem do post é obtida do meu controlo diário ao preço junto a casa onde abasteço.

Há uns dias que a gasolina e o gasóleo têm vindo a subir, mas a tendência é agora visível a olho nu.

Preço do gasóleo e gasolina na estação onde abasteço

Variação do gasóleo e gasolina 95 simples na estação onde abasteço

Variação do gasóleo e gasolina 95 simples na estação onde abasteço

O custo com energia, em concreto com combustíveis, é algo que não temos como evitar nas nossas vidas. Este preço tem um peso significativo no nosso orçamento doméstico e por isso não pode deixar de ser controlado.

Por esta razão, temos feito aqui vários posts sobre o preço dos combustíveis e também sobre o preço da energia.

Para controlar a variação dos custos de combustível, mantenho os dados dos preços de abastecimento. Durante algum tempo, mantive mesmo um controlo apertado do preço do combustível e do consumo da mota.

As variações momentâneas podem não ter grande influência. A uma variação para baixo pode  corresponder uma variação logo a seguir para cima e vice-versa.

Atualmente controlo apenas o preço na rotunda aonde me vou abastecer. Esses dados estão desenhados no gráfico que ilustra este texto.

Observando os valores no gráfico, podemos ver que o preço do combustível tem vindo a descer ao longo do mês de março, apresentando uma subida extemporânea da gasolina 95 simples. Só posso conjeturar que seja para aproveitar a aproximação do fim de semana.

Vamos aguardar e controlar.

 

E se o preço do barril de petróleo fosse a 0$ ?

Nos exercícios de análise aos preços dos combustíveis que temos efetuado nos últimos dias, tive ideia de aplicar uma regressão linear aos dados dos vários anos, no sentido de verificar onde as linhas de tendência interceptariam o eixo dos XX. O gráfico abaixo (clique para ampliar) apresenta esses valores para todas as séries que havíamos referenciado neste artigo, com exceção para os valores do primeiro trimestre de 2014, os quais devido a uma evolução muito ligeira dos valores do Brent e do gasóleo, dão uma tendência perfeitamente irrelevante.

Tendência para barril a 0$

Tendência para barril a 0$

O gráfico evidencia que os valores do eixo dos XX interceptados têm vindo genericamente a subir. Essa tendência estará associada aos aumentos de impostos, por vezes significativos, que se têm vindo a verificar ao longo dos anos. Neste momento, o eixo dos XX é interceptado próximo dos 0.80 €, o que significa que mesmo com o petróleo a ZERO, continuaríamos a pagar 80 cêntimos por litro de gasóleo…

O valor pode também ser aproximado empiricamente, de acordo com os dados mais recentes da APETRO:

  • 0.00 € pelo preço do barril de petróleo
  • 0.044 € pela incorporação de biodiesel
  • 0.146 € pela Armazenagem, Distribuição, Comercialização
  • 0.402 € pelos ISP e Impostos associados
  • 0.136 € pelo IVA
  • TOTAL: 0.728 € por litro

Nesta estrutura de custos faltam os custos de transporte de crude, a que acrescem os custos de refinição. Encontrar estes valores, genericamente conhecidos no meio como crack spread, não é particularmente fácil. Neste documento da Autoridade da Concorrência, na página 10, podemos observar um gráfico onde se dá o preço do gasóleo à saída das refinarias, juntamente com o Brent, expresso em cêntimos por litro. A análise do gráfico permite verificar que o diferencial não chega a 10 cêntimos por litro, o que faz com que a estrutura de preços aproximada empiricamente se situe também em volta dos 80 cêntimos por litro!

A análise do gráfico acima deixa-nos mais uma curiosidade, particularmente interessante. As linhas de tendência do gasóleo simples e gasóleo normal interceptam o eixo dos XX quase exactamente no mesmo valor, com uma diferença de cerca de 0.1 cêntimos de euro. Não sei se é uma coincidência estatística, ou se terá um verdadeiro significado… Fica na lista para análise futura.

Redução do preço do petróleo

A queda do preço do petróleo teve algumas consequência importantes nas últimas semanas. Para quem ainda não viu o gráfico no nosso dashboard, vejam como tem sido bombástica a descida de preços:

Lá por fora, os países produtores ficaram a arder, sobretudo países grandes produtores, como a Rússia e a Arábia Saudita. Mas, em termos geopolíticos tudo é muito mais complexo, sendo este pequeno artigo do Economist bastante sucinto.

Um infográfico do Expresso traduz igualmente bem quem ganha e perde em termos internacionais, pois isso tem sobretudo tradução na Balança Comercial:

Quem importa e exporta petróleo?

Quem importa e exporta petróleo?

Em termos dos consumidores, não há grandes dúvidas de que esta descida é uma benção! Sobretudo para nós Portugueses, que ainda não produzimos nenhum! Anda por aí muita malta  a assustar com esta tendência, mas o susto é para outros! Há também o papão da deflação, mas esse é um problema que nós consumidores suportamos bem! Preços mais baixos do petróleo significam menos custos de produção e transportes de bens, baixa que pode e deve chegar rapidamente aos consumidores, embora nem sempre assim possa acontecer. Quem fala por isso do papão provavelmente estará a pensar mais nas acções em queda livre ou nos resultados menos gigantescos das empresas do sector…

No meu entender, grande parte da justificação para esta baixa do preço do petróleo está num aumento da eficiência de quem consome! Todo o Mundo está a interiorizar as vantagens de poupar, de poupar melhor, e isso tem uma tradução extremamente positiva! Para que isto funcione ainda melhor, é preciso que continuemos a não desbaratar combustíveis, a aproveitá-los da forma mais eficiente possível, como temos referenciado aqui, para que esta pressão para uma baixa de preços seja cada vez maior!

Quando consumo desce, preço sobe!

A loucura da argumentação na regulação dos preços em Portugal parece não parar! Já o havíamos evidenciado para a justificação confusa nas subidas do preço da electricidade. Por um lado, nos últimos anos temos levado com um bombardeamento sobre a eficiência energética, e a coisa reforça-se para os próximos anos, com a recente aprovação do PNAEE 2016. Por outro, os Portugueses têm respondido, baixando os seus consumos. E no final, pagamos mais pela electricidade, porque poupamos mais???

A ERSE reincide agora, desta vez na vertente do gás natural. A ERSE propõe que a subida do gás natural, a vigorar de Julho deste ano até Junho do próximo ano, seja de 3.9%, para todos aqueles que consumam menos de 10000m3. A variação proposta na tarifa social é menor. Uma das principais justificações para essa subida é a seguinte, retirada do link anterior:

  • Outro aspeto a ter em consideração refere-se à quebra do consumo de gás natural em 2011, e não antecipada plenamente no cálculo das tarifas para 2011-12. O desvio tarifário daí resultante é repercutido entre os diferentes agentes, refletindo-se parcialmente nas tarifas de acesso às redes de 2013-14.

Inicialmente, nem pensei muito no assunto. Mas depois pensei em quanto teria sido a descida de consumo? Fui procurar na DGEG tais descidas de consumo, e o que encontrei é muito curioso! Nas últimas estatísticas rápidas dos combustíveis fósseis, na página 7 aparecem muitos dados, e a seguinte explicação:

Dados de consumo de gás natural da DGEG

Dados de consumo de gás natural da DGEG

Se se fizer o gráfico para o consumo desde meados de 2009, a partir dos mesmos dados da DGEG, obtém-se o gráfico abaixo. Por aqui se confirma a validade da constatação da DGEG, pois o consumo de gás natural tem vindo a subir, com excepção do utilizado na produção de energia eléctrica.

Consumo de gás natural diminuiu na produção de energia eléctrica

Consumo de gás natural diminuiu na produção de energia eléctrica

Tal confirmação pode-se obter também na REN, onde na última Informação Mensal Relativa ao Sistema Electroprodutor se pode ler:

  • Em 2012 as centrais a carvão funcionaram a 83% da capacidade disponível enquanto as centrais a gás natural apenas a 17%.

A tal não é certamente alheio a cada vez maior penetração das energias renováveis em Portugal. Em função disso, as centrais a gás natural deixam de produzir e consumir gás natural, o que parece uma coisa boa. E, em função disso, a ERSE dá-nos uma marretada no preço e propõe-se subir o preço do gás natural, para nós consumidores. O que parece uma coisa boa torna-se numa coisa má! A única parte boa deste filme é que isto é ainda uma proposta ao Conselho Tarifário, que tem até 15 de Maio para emitir um parecer. Será que ainda alguém vai a tempo de lhes abrir os olhos?