Multitasking e esforço cerebral

Já não falava aqui há algum tempo sobre multitasking. Para mim, o segredo é paralelizar diversas tarefas ao longo do tempo, sem cair no perigo da procrastinação.

A leitura de um artigo que associa o multitasking ao cansaço não me surpreendeu. O esforço cerebral aumenta naturalmente com o multitasking, e portanto não nos devemos admirar que isso drene as nossas reservas. O artigo refere quão dependente às vezes estamos da cafeína, e no meu caso tento evitar esse consumo.

O artigo refere como o multitasking consome glucose oxigenada do cérebro, e como isso pode contribuir para um sentimento de exaustão. Tal como muitos processadores, o nosso cérebro não é muito bom a fazer várias coisas ao mesmo tempo, pelo que tem que rapidamente comutar entre as eventuais tarefas a que nos estamos a dedicar…

Os autores chamam a atenção para o efeito cafeína, e como isso não resolve todos os problemas. Pode ser bom para pôr o nosso cérebro em overclock, mas na verdade o que ele precisa de vez em quando é de uma boa pausa! E essa pausa não é sinónimo de vaguear pelo Facebook, pois isso continua a exigir um grande (ou enorme) processamento cerebral.

Os autores não defendem o multitasking. Em vez disso, defendem que devemos dedicar diferentes períodos de tempo para cada uma das actividades separadas. Mas, na prática, os seus conselhos são difíceis de aplicar, sobretudo num contexto profissional, quando defendem por exemplo que só devemos ver o email ao início da manhã, e só depois ao meio-dia…

A.Sousa do Pouparmelhor no Contas Poupança com o EnergyOT


Aqui no Pouparmelhor já tínhamos falado nos equipamentos de medida do EnergyOT. Já fizemos também parte de um episódio exclusivo sobre o Pouparmelhor no Contas-Poupança.

Desta vez o Contas-Poupança pediu-nos para fazermos parte de uma reportagem sobre equipamentos de medida de consumo elétrico agregado da habitação. A reportagem sobre o EnergyOT que o A.Sousa tem usado para medir o consumo elétrico está no vídeo acima. Como sempre, o Pedro Anderson faz um excelente relato que junta em poucos minutos uma visão geral sobre um destes temas que vamos juntando aqui no Poupamelhor.

Consumos de um ar condicionado

Nos últimos dias o calor tem sido substancial. Aproveitei por isso para fazer um gráfico de consumo de um ar condicionado num espaço em que ele teve que se esforçar um pouco. O resultado é a imagem abaixo, que evidencia uma evolução específica de consumo.

Numa primeira fase, pelas 7:30 da manhã, verificou-se o arranque do sistema. Após um pico de consumo de alguns minutos, baixou ligeiramente, seguindo a partir daí uma tendência de aumento de consumo, até pouco depois do meio dia. Durante esse período, a temperatura foi descendo, até se aproximar da temperatura programada no ar condicionado. A partir daí, começaram a ser observados momentos alternados de consumo de energia, com outros de ausência de consumo (apenas o consumo marginal). Esses períodos de ausência de consumo foram-se tornando cada vez mais frequentes, tendo também diminuído os picos ao longo da tarde.

Consumo de um ar condicionado

Consumo de um ar condicionado

Uma análise ao período do início da tarde, em que se iniciaram os períodos de alternância de consumo, evidencia que os períodos de ausência de consumo foram mais ou menos semelhantes, com esses períodos de ausência de consumo a se tornarem mais frequentes à medida que a temperatura estabiliza:

Detalhe do período do meio dia

Detalhe do período do meio dia

Esta evolução é interessante porque alimenta a discussão se se deve manter os equipamentos ligados, mantendo estável a temperatura, ou se porventura se devem desligar sob pena do consumo ser maior quando se liga, conforme a primeira imagem…

Pokemon Go Backdoor: os utilizadores de Android só devem instalar aplicações da App Store Google

Proofpoint: Granted permissions from backdoored Pokemon GO APK second screenshot

Proofpoint: Granted permissions from backdoored Pokemon GO APK second screenshot

O Pokemon Go é provavelmente o jogo com maior adesão nos smartphones de que há memória. Com 15 milhões de downloads nas app store, conseguiu fazer o valor das ações da Nintendo subir em bolsa 25%.

Com todas as pessoas a querer jogar, e com disponibilidade limitada, houve provavelmente muitas pessoas que fizeram download de versões para Android disponíveis noutras origens que não a Play Store da Google. Não devem fazer isto nunca, e muito menos quando já há um Backdoor confirmado.

A firma Proofpoint, um fornecedor de serviços de proteção de dados, publicou recentemente no seu site informação que aponta para versões de origens alternativas de que tinham já sido infetadas com um controlo remoto através do Backdoor Droidjack.

Se fizeram download de uma versão diferente da que é servida pelo Google Play Store, o vosso equipamento pode já estar a servir de zombie para um potencial ataque controlado remotamente.

O Backdoor identificado pela Proofpoint é vendido pela DroidJack.net como uma ferramenta de administração remota (RAT), um eufemismo para comandar e controlar remotamente (C&C) o vosso equipamento sem o vosso conhecimento.

Quem pense que a instalação e utilização destas ferramentas está reservada a uma elite de crackers (hackers mal intencionados) com conhecimentos extensos sobre vulnerabilidades de sistemas operativos e outras palavras que vos causam calafrios só de as ouvir, desenganem-se.

A instalação e utilização depende apenas do conhecimento demonstrado em vídeo, como podem ver abaixo nas instruções de uso deste software de C&C.

A forma de remoção desta versão do Droidjack também pode ser encontrada na web. Se não se sentirem à vontade para o remover manualmente, pelo menos não instalem mais nada que não venha das app store oficiais. A remoção manual do DroidJack, conforme o site da Symantec, é feita com os seguintes passos:

Remoção manual do DroidJack:

  1. Abrir o Google Android Menu.
  2. Clica no ícone Settings e depois clicar em Applications.
  3. Clicar em Manage.
  4. Selecionar a aplicação e clicar em Uninstall.

Embora estes passos não tenham sido efetuados ainda por ninguém aqui no Pouparmelhor, se a Google tiver conseguido defender suficientemente bem o vosso equipamento, então estes passos serão suficientes. Em principio, como o Droidjack é instalado com o pacote de origem alternativa do jogo, a sua desinstalação pode ser suficiente.

Carros e condução autónoma: Tesla e Google

A evolução tecnológica é uma coisa fabulosa. Tem permitido algumas coisas impensáveis nas últimas décadas, mas, mesmo assim, constata-se que para alguns avanços se verificam muitos recuos… Hoje vou falar só um bocadinho sobre os carros que se conduzem autonomamente. É um sonho antigo, mas que tem tido nos últimos tempos dois actores principais. Por um lado, a Google, e por outro lado, a Tesla.

Começando pela Tesla, só me dei conta de que já tinham mecanismos de condução automática, por causa do seu primeiro acidente com um morto, Joshua Brown, e que ocorreu no passado dia 7 de Maio. O relato mais detalhado que encontrei na net foi este. Como o sistema automático está em beta, e como ele parece ser uma versão mais avançada do comum cruise control, a Tesla aparentemente avisa que os condutores devem manter as mãos no volante. Depois deste primeiro acidente, houve pelo menos um segundo e um terceiro, tendo todos alegadamente ocorrido com o modo automático de condução ligado.

A Google, por outro lado, tem investido numa enorme fase de testes do seu carro autónomo. Prefiro esta abordagem, porque esta tecnologia tem que ser provada primeiro, em vez de se ir provando. Todos os meses sai um relatório, e no último podemos observar que os veículos já percorreram autonomamente cerca de 2.7 milhões de quilómetros, tendo sido registados dois acidentes durante o mês de Junho. Muitos vídeos sobre estes automóveis estão disponíveis neste canal Youtube.

Obviamente, há muitas mais vertentes que serão dissecadas à medida que o tempo passa. Algumas já são visíveis na web, equacionando por exemplo se serão boas para o Ambiente. Mas, haverá outras grandes vantagens. Como a do vídeo abaixo, onde um cego, é conduzido pelo Google Chauffeur:

Um infográfico sobre as maiores tretas que acreditamos ser verdade

O A.Sousa gosta bastante de infografias. Mais que gráficos que representam de forma visual determinados valores, as infografias traduzem esses valores em ilustrações com significados visuais.

O infográfico que podem ver no link tenta apresentar as principais falsidades em que acreditamos.

Common Mythconceptions: worlds most contagious falsehoods

Common Mythconceptions: worlds most contagious falsehoods