Comparação de Impostos a nível internacional

Todos nos queixamos que pagamos impostos a mais! Nós Portugueses, mas também todos os outros… Porque é sempre difícil comparar o que nós pagamos, e o que pagam os outros.

A KPMG deu um contributo no esclarecimento desta questão, com uma página que compara impostos a nível internmacional. Podemos seleccionar entre os vários países do Mundo, ou mesmo regiões. Podemos comparar impostos indirectos, de empresas, de trabalho, e de segurança social, quer para o empregador quer para o empregado. E podemos ver dados entre 2010 e 2016.

Os dados que dali podem sair são fabulosos! Abaixo fiz um pequeno exercício para nos comparar a Espanha, França e Alemanha, nos Impostos de Trabalho e Indorectos:

Impostos de Trabalho

Impostos de Trabalho

Impostos Indirectos

Impostos Indirectos

Novos radares

Depois de sabermos que a carta de pontos teria alterado completamente o comportamento dos portugueses nas estradas, eis que surgem os novos radares, baseados no sistema SINCRO.

É claro que não serão para aumentar a receita das multas. É claro também que o único objectivo é reduzir os acidentes. Certo é que custou uns milhões de euros. E vem tarde. E está muito desactualizado tecnologicamente, pois vejam o que já fazem nuestros hermanos… Mas já começou a apanhar incautos, que recebem uma multa imediatamente!

Enfim, é sempre importante cumprirmos o Código da Estrada. Mas também saber onde são os locais “extremamente críticos”, perdão, os radares. A Renascença fez um mapa interactivo muito interessante, que reproduzimos abaixo. Vejam, para não serem apanhados desprevenidos:

Sinistralidade diminuiu por causa dos pontos?

Aqui há pouco mais de um mês alertamos para a introdução da carta por pontos. Passado mais de um mês sobre a sua introdução, já há estatísticas fresquinhas: segundo o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, as contraordenações diminuíram 25,4% em junho! Segundo ele, os condutores passaram a ter um “comportamento completamente diferente na estrada“.

É claro que como bom político, ele disse que o importante para o Estado português “não é ter receitas pelas contraordenações”, nem “despesas com a sinistralidade”, mas sim reduzir o número de acidentes rodoviários nas estradas. Fui ver à página da ANSR sobre as estatísticas dos acidentes, mas fiquei a saber que a ANSR deixou de publicar dados com a entrada deste Governo. Assim que existirem estatísticas, talvez venhamos a ser surpreendidos…

Se tivermos em conta as estatísticas mais recentes, talvez o Governante tenha sorte nestas estatísticas macabras. É que os acidentes aumentaram quase 5% em 2015, face a 2014. E no primeiro trimestre aumentaram 9%.

E o que é que diz a lógica da batata? Pode dizer que quanto mais alto se sobe, de mais alto se cai? Ou seja, como os Portugueses se acidentaram mais nos últimos tempos, as estatísticas agora vão melhorar? A lógica da batata poderia também pressagiar que ficamos mais pobres em Junho, pois parece que há uma associação entre sinistralidade e dinheiro

Thingiverse: Por onde começar para imprimir em 3D

Thingiverse

Thingiverse

Sou a última pessoa a quem devem pedir conselhos sobre impressão. Odeio papel porque trabalhei com ele metade da minha vida. As impressoras demoram tempo, encravam e não têm Undo. As impressoras só têm Do it all over again.

Sobre como começar a imprimir em 3D podem ir até ao Thingiverse. O site Thingiverse tem um conjunto de padrões de impressão para download que valem bem a pena ir visitar, como já tinha tentado demonstrar com este exemplo de uma caixa de auriculares.

Aparentemente ainda não me curei porque decidi aprender sobre impressão 3D. Disso fazem prova os vários posts que vou fazendo sobre o tema e que podem ler aqui alguns exemplos.

Uma das coisas que me agrada na possibilidade de imprimir em 3D é poder fazer os meus próprios objetos. Sou designer de formação académica e dei alguns anos de formação em Autocad e 3D Studio, ambas ferramentas que permitem modelação e desenho em 3d. Já disse por exemplo aqui de onde podem arranjar software de animação 3D gratuito. Se aquilo que procuram não estiver nesta lista, podem ainda ver o que se encontra na lista de software para impressão 3D.

Se estiverem interessados em saber por onde começar com software gratuito para desenhar peças 3D para impressão, o Thingiverse tem uma lista. Existe software para iOS, Windows e Linux. Existe inclusivamente software online.

 

A genialidade da fila única do Continente

Rowing with to many coaches - Condé Naste

Rowing with too many coaches – Condé Naste

Há mais de um ano referimo-nos à fila única do Continente. Durante os primeiros tempos ainda achei piada à estupidez da ideia, e andei a fazer vários testes, que demonstraram o evidente: a fila única só cria problemas aos clientes, e certamente ao próprio Continente.

A coisa agravou-se nos últimos tempos, pois quase nunca há caixas alternativas, e agora quer queiramos, quer não, temos que ir para a fila única. Como num regime totalitário…

A coisa obviamente só piorou, atingindo um novo baixo no passado fim de semana. Três pessoas encontravam-se a gerir a fila! O primeiro era o Director da Loja, que superintendia a gestão da fila. Meti conversa com ele, mas como bom funcionário, lá justificou a fila única… Como os seus argumentos eram tão fáceis de rebater, acabou calado e comprometido.

Ao fundo, junto ao painel que indica a caixa seguinte, estava um segundo funcionário. Que basicamente nada fazia a não ser fazer de relay do terceiro empregado, junto à outra ponta das caixas. Este pontualmente erguia papéis a indicar ao segundo que caixa estava livre. O segundo depois transmitia essa informação à pessoa imediata da fila.

O que se passa aqui? Três funcionários não estão a acrescentar valor nenhum. Nem aos clientes nem ao Continente. Se estivessem numa caixa, os clientes seriam atendidos em média cerca de 20% mais rapidamente (valores em função das caixas abertas).

Os clientes, esses engatam completamente o sistema. Vi vários a deslocarem-se para caixas erradas, porque pura e simplesmente encontram uma a meio do caminho que está praticamente disponível. Isso explica a necessidade do terceiro funcionário, porque o sistema estava a funcionar correctamente…

Enfim, este é um disparate completo, que só prejudica o Continente e os seus clientes. Continuo a pensar que quem efectou este aborto de ideia deve estar entrincheirado a arranjar estudos que justifiquem o inexplicável. Estudos esses que o Director da Loja disse existirem… Enfim, andam-se a enganar a eles próprios!

Quanto custa imprimir algo em 3D

Consumo máxiomo de TV CRT

Medidor de consumos (Medição de consumo numa TV antiga)

Uma impressora 3D é algo que por aqui não nos importávamos de experimentar. Aparentemente, ter a possibilidade de criarmos os nossos próprios objetos é algo que atrai muitos curiosos. Existem inclusivamente modelos de peças para objetos que são vendidos nas lojas.

Estou com algumas dúvidas se o custo total de imprimir o objeto poderá ficar superior ao custo de comprar algo semelhante feito industrialmente. A minha hipótese é que os custos dos consumos elétricos de uma impressora 3D irão suplantar a vantagem do seu uso.

O custo deverá funcionar em função da duração do tempo de impressão que por sua vez varia em função da dimensão e precisão de impressão do objeto 3D. Isto se descartarmos como divertimento a parte de procurar o objeto a imprimir.

Ainda não tenho uma impressora 3D, por isso fui procurar à Internet a ver se já alguém se tinha colocado a mesma pergunta e na realidade encontrei.

Um programador de software australiano fez já em 2013 uma análise dos consumos de uma impressora 3D RepRap. No site está a descrição do processo todo, mas ficam aqui as suas conclusões.

  • Em standby a impressora 3D RepRap consome quase 3 vezes mais que uma impressora 2D (Epson Stylus R310 Inkjet) nas mesmas condições.
  • Quando imprime o consumo é 10 vezes na impressora 3D quando comparado com a impressora 2D.

Para já os primeiros números descritos desta forma são um bocado assustadores.